Vasco Graça Moura
Sob o título «As bolas de sabão» Vasco Graça Moura (VGM) faz hoje, no DN, uma viagem pela pintura, num exercício de erudição que lhe assenta bem.
Termina a borrar a pintura, como é hábito de um inveterado devoto do PSD, em crise de orfandade por um líder a que faça o panegírico.
O homem é assim, tão louvaminhas do seu partido e caceteiro com o partido que estiver no poder, se não for o seu.
Termina com fino recorte literário, ausência de rigor e superior indigência crítica, assim:
«Estão a ser alegremente lançadas para o ar, não às dúzias e dúzias, mas às grosas e grosas, essas bolhinhas governamentais, transparentes e vazias, "claras, inúteis e passageiras", como dizia o Caeiro, que "são translucidamente uma filosofia toda".O Governo aprendeu a fazer bolas de sabão».
VGM aprendeu a fazer bolas, a partir do nariz, com o indicador e o polegar. É o destino do almocreve de serviço em períodos maus. VGM aprendeu a fazer dessas bolas mas, de tanto escarafunchar, arrisca-se, com a insistência, a trazer os neurónios agarrados.
Comentários
Ao contrário de ti, Carlos, eu concordo (por uma vez) com o último parágrafo da crónica.
(*)obloguedocastelo.blogs.sapo.pt
Acho graça à coincidência. Quanto à discordância é previsível. E saudável.