A guerra israelo-árabe
A tibieza no desmantelamento dos colonatos, a oposição declarada ou os obstáculos levantados à criação e afirmação do estado da Palestina e a ocupação e opressão de territórios árabes, transformam Israel em réu e alienaram-lhe solidariedades.
Por sua vez os EUA, que quiseram resolver o problema da Palestina, com o genuíno empenhamento do presidente Clinton, até ao último dia do seu mandato, conhecedor como era do factor de maior perturbação do mundo árabe, elegeram um presidente sem preparação, sensibilidade e cultura, que manteve o apoio a Israel desistindo de interferir.
Do outro lado o ódio foi crescendo com a pobreza, o desespero e a injustiça. Os líderes religiosos, hábeis a manipular a ignorância e a fé, fazendo apelo ao nacionalismo e à frustração, criaram condições para a espiral de raiva e violência.
O Iraque foi a mãe de todas as imprudências, a decisão de todas as mentiras, o atoleiro de todas as esperanças democráticas, com recurso à ilegalidade e ao crime. Substituiu-se uma ditadura pela guerra étnica e religiosa e precipitou-se o país numa violenta guerra civil e num imenso campo de treino terrorista.
É com a debilidade americana, moral e militar, que surge o conflito de Israel. E, se é verdade que não devemos condescender com o sionismo, também não podemos tolerar a erradicação de Israel, a vitória da barbárie e o terrorismo islâmico.
Algures, em Teerão, um louco fanático ameaça destruir Israel e progride no fabrico de armas nucleares ganhando simpatia em populações pobres e desesperadas do Islão.
Na Síria alastra a intolerância étnica e religiosa. O Hezbollah vê a simpatia aumentar aí e no Líbano depois de o Hamas ter ganho as eleições na Palestina. O Irão emerge como potência regional e apoia, financia e arma todos os grupos terroristas tendo o objectivo declarado de levar a guerra e o fanatismo a todos os países democráticos.
A Europa fala a várias vozes ou hipoteca-se à incompetente e perigosa administração americana. A ONU faz o que pode, que é pouco, e, tal como o Papa, limita-se a fazer apelos vãos à paz.
A segurança mundial e a concórdia são incompatíveis com este foco de tensão que, qual mancha de óleo, alastra para o interior da Europa e dos EUA.
É da Europa, sob os auspícios das Nações Unidas, que pode e deve partir uma solução para resolver a crise, ainda que lhe falte músculo para conter o fascismo islâmico que ameaça a civilização, a liberdade e o bem-estar.
Por sua vez os EUA, que quiseram resolver o problema da Palestina, com o genuíno empenhamento do presidente Clinton, até ao último dia do seu mandato, conhecedor como era do factor de maior perturbação do mundo árabe, elegeram um presidente sem preparação, sensibilidade e cultura, que manteve o apoio a Israel desistindo de interferir.
Do outro lado o ódio foi crescendo com a pobreza, o desespero e a injustiça. Os líderes religiosos, hábeis a manipular a ignorância e a fé, fazendo apelo ao nacionalismo e à frustração, criaram condições para a espiral de raiva e violência.
O Iraque foi a mãe de todas as imprudências, a decisão de todas as mentiras, o atoleiro de todas as esperanças democráticas, com recurso à ilegalidade e ao crime. Substituiu-se uma ditadura pela guerra étnica e religiosa e precipitou-se o país numa violenta guerra civil e num imenso campo de treino terrorista.
É com a debilidade americana, moral e militar, que surge o conflito de Israel. E, se é verdade que não devemos condescender com o sionismo, também não podemos tolerar a erradicação de Israel, a vitória da barbárie e o terrorismo islâmico.
Algures, em Teerão, um louco fanático ameaça destruir Israel e progride no fabrico de armas nucleares ganhando simpatia em populações pobres e desesperadas do Islão.
Na Síria alastra a intolerância étnica e religiosa. O Hezbollah vê a simpatia aumentar aí e no Líbano depois de o Hamas ter ganho as eleições na Palestina. O Irão emerge como potência regional e apoia, financia e arma todos os grupos terroristas tendo o objectivo declarado de levar a guerra e o fanatismo a todos os países democráticos.
A Europa fala a várias vozes ou hipoteca-se à incompetente e perigosa administração americana. A ONU faz o que pode, que é pouco, e, tal como o Papa, limita-se a fazer apelos vãos à paz.
A segurança mundial e a concórdia são incompatíveis com este foco de tensão que, qual mancha de óleo, alastra para o interior da Europa e dos EUA.
É da Europa, sob os auspícios das Nações Unidas, que pode e deve partir uma solução para resolver a crise, ainda que lhe falte músculo para conter o fascismo islâmico que ameaça a civilização, a liberdade e o bem-estar.
Comentários
Desmantelar colonatos e construí-los noutro sítio, desocupar territórios ocupados, direito de regresso de exilados, restrição de movimentos como aconteceu com o Arafat, etc.
Israel provoca o recrudescimento do radicalismo árabe, e depois exige das autoridades que se controlem os radicais extremistas, como se isso fosse possível. Eles nunca mais reconhecerão o direito de existência do estado judeu, e Israel usa permanentemente essa bandeira de propaganda.
É puro fariseísmo, bem à maneira dos patrões americanos. Até um dia. Que não será nada bonito.
Israel seguiu os maus exemplos anteriores, e também parece que não esperaria a resistência que encontrou.
Apesar de condenarmos com firmeza os métodos dos adversários,é fundamental esclarecer que nos três casos houve, à partida, uma clara violação do direito internacional - que no caso do Afeganistão não pareceu logo muito evidente mas sobre o qual hoje já não existem dúvidas entre os especialistas da matéria. A Carta das Nações Unidas apenas prevê o direito de legítima defesa de um Estado em caso de ataque por outro Estado e não admite acções de represália ou preventivas.
Sejamos claros. Não simpatizando com os métodos terroristas do Hezbollah, o facto é que este grupo político armado não tem o estatuto de Estado. Invadir o Líbano a pretexto de que o acolhe e apoia é um crime de agressão militar a um país soberano. Se esta prática se tornar norma onde chegaremos? Neste aspecto, a posição dos Estados-membros da União Europeia deveria ter sido bastante firme, condenando inequivocamente Israel.Afinal parece que não aprenderam com o Afeganistão, onde estão a pagar uma factura por conta de uma situação criada pelos EUA.Mas como poderiam ter aprendido com um Presidente da Comissão Europeia que apoiou a invasão do Iraque? E agora, neste novo conflito que os norte-americanos espicaçaram, parece que vão ser, uma vez mais, os Estados-membros da União Europeia a pagar a pagar também a factura, pois os EUA já afirmaram o seu propósito de não ceder tropas suas para uma eventual força multinacional de interposição. Os EUA ateiam os fogos e a UE faz de bombeiro e paga as facturas!
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