Aeroporto da OTA e debate parlamentar (2)

Conforme diz Medina Ribeiro:

O relatório da ANA, de 1994, pode ser visto no site ADFER, do qual se pode concluir:

«Da análise global de um conjunto de aspectos objectivos, a melhor opção é Montijo B e a PIOR a Ota;

No aspecto operacional a melhor opção é o Rio Frio a e a PIOR a Ota;

Na perspectiva da engenharia a melhor é Montijo B e a PIOR a Ota;

No aspecto ambiental a melhor é Rio Frio e a pior é Montijo A;

Na perspectiva da acessibilidade a melhor é o Montijo A e B e a PIOR Rio Frio;

No aspecto do esforço financeiro nas infra-estruturas e da própria TAP a melhor é Montijo B e a PIOR a Ota;

Na perspectiva da operação simultânea com a Portela e dos investimentos inerentes a melhor solução é o Montijo B e a PIOR a Ota.

Conclusões da ANA de 1994, esmagadoras para a decisão do governo em 1998, que, com base no risco de colisão com aves, conduziu à precipitada escolha da Ota»

PS: resultado da 'ditadura' dos ambientalistas.Lamentável, a falta de trabalho de casa das oposições.

a) B. Monteiro

Comentários

Anónimo disse…
É inaceitável a fixação teimosa do governo na solução da OTA.
Havendo ou não decisões precedentes, da autoria de governos anteriores de má memória, isso não desresponsabiliza o governo presente de buscar as melhores soluções e não as piores.
É que além da OTA, e do Montijo A e B, e de Rio Frio, etc, há mais soluções. Aparentemente melhores. Pelo menos não tão polémicas. Como a Marateca, um pouco mais a leste.
É dramático ter um ministro das Obras Públicas que declara a OTA como compromisso pessoal. Isto é inacreditável.
Se tudo isto não fosse português, ninguém acreditava e dava vontade de rir.
Um pouco como o TGV, cuja existência só se justifica (provavelmente) na ligação a Madrid. Tudo o resto não é coisa que um comboio de velocidade elevada não possa fazer. Como o pendular, assim ele pudesse ser cabalmente explorado.
Mas um país de recursos limitadíssimos, e um povo esmifrado pelas imposições do défice, sem dinheiro para o essencial e a emigrar de novo para tudo quanto é mundo, não pode dar-se ao luxo de andar a enterrar milhões em charcos à beira do Tejo.
Apetecia dizer que compromete o futuro, se esse dito futuro não estivesse já comprometido há séculos, por opções suicidas e oportunistas dos senhoritos que o governaram.
Já outra coisa são as trapalhadas académicas que rodeiam o 1º ministro, e que o não tocam a ele. Considerar importante ser governado por um engenheiro formado com vinte valores, é ver o problema com o olho errado.
O que essa questão deixa a descoberto é a canalhice das universidades privadas, a desorganização completa, a corrupção, o engano e o esbulho dos alunos, a vilania no maior esplendor.
O país tem que agradecer essa fraude e esse forrobodó ao senhor Cavaco Silva e às duas dúzias de ministros da Educação do seu partido. E à mãozinha cúmplice que o PS lhe deu nesse trabalho. Aprendizes de feiticeiro todos eles.
Mas essa facura já está a pagamento, que remédio senão engoli-la. Mas a OTA não, porra!
Vão brincar com o c...!
Anónimo disse…
Não é culpa de quem permitiu a existência do ensino superior privado dos seus desmandos. esses deram um contributo inestimável ao País, pois permitiram a criação de centros de saber geridos por privados, sem o espartilho e a arrogância redutora das universidades públicas. Existem muitas e boas escolas privadas.
O que falha é a entidade reguladora, o ministério dependente do governo que devia fiscalizar e não o faz. Essa gente é que são os verdadeiros culpados detas trapalhadas.
Tudo o resto são casos de polícia e tribunais.

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