Ramalho Eanes referiu como trágica a descolonização em que «milhares de pessoas foram obrigadas a partir para um país que não era o seu». Tem razão o ex-PR cujo papel importante na democracia e o silêncio o agigantou depois da infeliz aventura por interposta esposa na criação do PRD e da adesão à Opus Dei, sempre por intermédio da devota e reacionaríssima consorte, que devolveu o agnóstico ao redil da Igreja. Eanes distinguiu-se no 25 de novembro, como Dinis de Almeida no 11 de março, ambos em obediência à cadeia de comando: Costa Gomes/Conselho da Revolução . Foi sob as ordens de Costa Gomes e de Vasco Lourenço, então governador militar de Lisboa, que, nesse dia, comandou no terreno as tropas da RML. Mereceu, por isso, ser candidato a PR indigitado pelo grupo dos 9 e apoiado pelo PS que, bem ou mal, foi o partido que promoveu a manifestação da Fonte Luminosa, atrás da qual se esconderam o PSD e o CDS. Foi nele que votei contra o patibular candidato do PSD/CDS, o general Soares...
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"Para além de Rui Pereira, os socialistas propuseram ainda os nomes de Ana Maria Guerra Martins, professora da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, e de Carlos Alberto Fernando Cadilha, juiz conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça. Por outro lado, João Eduardo Cura Mariano Esteves, juiz-desembargador do Tribunal da Relação do Porto; José Manuel Cardoso Borges Soeiro, juiz-conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça; e Maria Lúcia Amaral, professora da Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa constam da lista escolhida pelo PSD".