PGR abre inquérito

Procurador-Geral da República determinou a abertura de um inquérito às declarações do bastonário dos Advogados, que disse existirem pessoas com cargos públicos a cometerem crimes pelos quais não são punidos. PS e CDS querem Marinho Pinto no Parlamento.

Comentário: Finalmente alguém investiga os 60.000 documentos fotocopiados por Paulo Portas no ministério da Defesa?

Comentários

Vítor Ramalho disse…
"Em tempos de mentira universal, dizer a verdade é um acto revolucionário"
Vítor Ramalho disse…
Ao admitir voltar a debruçar-se sobre as contas do Partido Socialista respeitantes às últimas autárquicas, a ECFP alude aos artigos 30º. e 31º. do referido diploma. Luís Vilar é acusado, pelo Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Coimbra, de obter do empresário Emídio Mendes um donativo de 10.000 euros e de, a título pessoal, ter entregado 5.000 ao PS. ( ou seja, o empreário Emidio Mendes, presumivelmente, entrega €10.000 a Luis Vilar para a Campanha do PS e Luis Vilar fica com € 5000 e entrega ele ao PS apenas € 5000, sem passar recibo ao suposto verdadeiro doador, Emidio Mendes. Ou seja, passa Luis Vilar por benemérito quando de facto o benemérito foi Emídio Mendes em € 10.000 - o que, por outro lado, constitui violação à Lei Financiamento ilício de partido político por tal donativo ser superior aos limites legais. O que poderiam ter feito seria Emidio Mendes doar € 5000 e os outros € 5000 seria Luis Vilar a doar. Mas não, ele doou € 10.000, mas € 5000 ficaram presumivelmente nos "cofres" de Vilar ).
Segundo a acusação deduzida ao arguido, era propósito do líder partidário de âmbito concelhio ocultar a proveniência empresarial dos 5.000 euros.
e-pá! disse…
O Bastonário da Ordem dos Advogados não parece assustado com o inquérito da PGR, nem aflito por ter sido convocado para uma audição no Parlamento.

Não me parece correcto colocar as suas importantes declarações na pequena criminalidade paroquial ou concelhia, quando o mesmo foi categórico em afirmar que, a mesma, terá sido (ou será) praticada por titulares de altos cargos públicos.
É preciso perdermos o atávico vício de pescar junto ao calhau, a borda da água - isto é, cultivarmos o apetite pelo "peixe miúdo" - que pode saciar as pequenas invejas, os inconfessáveis ódios de estimação, os falsos orgulhos, mas nunca atacam de frente os verdadeiros e grandes problemas.

Nós, em Portugal, não temos políticos profissionais, pelo menos, com estatuto próprio, encartados.
Somos, todos, uns "animais políticos", mas isso é o sentido filosófico da questão.
O que está em discussão após as palvras do bastonário é o sentido material do problema.
Mas teremos muito poucos - a contar pelos dedos de uma mão - que, partindo de uma situação económica modesta, onde muitos tem sido recrutados, os mesmos regressem - depois de cumprirem o seu serviço público (meritório, ninguém quer diminuir)- a uma idêntica situação económica e social. Quando regressam (muitos eternizam o seu contributo à coisa pública) chegam como os homens mais ricos (e mais influentes) da região.
E segundo consta - dizem os titulares - os cargos políticos são mal pagos.
Claro que, antes do início de funções, depositam (alguns, não todos), no TC, a declaração dos seus rendimentos... Mas quando terminam o sua prestação pública tal formalidade não será necessária nem, em minha opinião, relevante.
É, que, apesar da crise de natalidade nacional continuam a existir famílias grandes... qualquer português tem sobrinhos, irmãos, tios, etc, e qualquer "bicho careta" acede - ou tem quem o faça por ele - a um "off shore" onde tudo se torna opaco ou invisível. Não é?

Há aqui muita coisa que não está conforme. Isto é, como diz o povo: não bate a bota com a perdigota.
Esperemos que o bastonário da Ordem dos Advogados nos explique o que, nas suas desasombradas declarações, quis dizer aos portugueses e que, desde logo, começou incomodar os políticos e, de seguida, os orgãos de topo responsáveis pela investigação de alguma da criminalidade que está implicita nas declarações do bastonário.
Que, na minha inocência, penso serem: nepotismo, corrupção, favorecimento, enriquecimento ilícito, inside trading, etc....

A inocência política e um seráfico pudor, que é de bom tom manter sobre questões afins, não começam a ficar deslocadas quando aos poucos e aos soluços, vamos sabendo as peripécias do insuspeito BCP?
Perante as fragilidades de controlo (BdP, CMVM e MF) reveladas a toda a hora, todo o "mercado financeiro" privado, não devia ser investigado?

Há algum tempo o Prof. Saldanha Sanches começou a querer explicar-nos estes problemas - na altura ameaçado com os tribunais - mas, entretanto, tudo ficou em águas de bacalhau...

Será que, neste momento, reunimos as condições prévias da "teoria do caos", definidas por Edward Lorenz?
Será que, inopinadamente, estamos perante o "butterfly effect"?
Isto é, com o bucólico bater de asas de uma solitária borboleta poderemos influenciar o curso natural das coisas e, assim, provocar, por exemplo, um tufão no outro lado do mundo...

Para bom entendedor...
Anónimo disse…
Oh caríssimo Esperança: quando a título de exemplo se lembrar dos documentos do Portas, lembre-se também dos seus amigos do PS que estão abrangidos pelas declarações do Bastonário. É que você é democrata mas é a sua maneira, por isso, todo o cuidado é pouco!!!
Anónimo disse…
ó anónimo de Sáb Jan 26, 03:05:00 PM... logo se vê que o senhor não conhece o Esperança ou não se relaciona com pessoas que o conhecem! Pois se conhecesse, saberia que o Carlos Esperança só é democrata para aquilo que lhe interessa!
O Bastonários também se refere a Socialistas e ao seu partido, mas este senhor apenas vê os outros! É assim a verdade e a honestidade deste senhor!
Todos os seus amigos sabem que anda sempre à procura de um "tachito", quer no partido, quer no centro de documentação 25 de Abril. A verdade é que no inicio as pessoas até que lhe dão ouvidos, mas passado algum tempo, começam a reconhecer o seu nojento facciocismo e o seu triste fundamentalismo! Anónimo, não lhe ligue, pois lá bem no fundo este senhor é um triste! Se eu lhe contasse uma história que um dos seus "supostos" amigos me contou, seguramente iria perceber muitas coisas!
Por isso anónimo, dê-lhe um desconto e não se irrite com o senhor... Perdoe...ah ah ah
jrd disse…
é pa!

Porque será que quando oiço falar em inquéritos, me lembro sempre de Lampedusa?
Veremos quem é que está aflito?
Anónimo disse…
Carlos Esperança

O seu espírito democrático, é atrevido, olhe que as 60.000 cópias do Portas, são o menos.

Quando o Bastonário disser o que sabe, o PS vai tremer, a corrupção é trasversal, atinge todos os partidos, uns mais que outros.

Quer apostar que o PS, é o partido dos mais corruptos ?
e-pá! disse…
Caro jrd

Lampedusa:
- escritor?
ou
- ilha mediterrânica ?
jrd disse…
Caro e pa!
Percebo a ironia.

É claro que me referia a Giuseppe Tomasi di Lampedusa, quando disse.
"É preciso que algo mude para que tudo fique namesma"

Quanto à ilha, o meu comentário também podia ser aplicável. Quem sabe se não é um destino aliciante para os visados'...

bfs

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