Portugal - País sem olfacto
A população de parte do concelho de Porto de Mós não pode beber nem cozinhar com água da rede pública desde anteontem, devido a uma descarga clandestina de efluentes de uma suinicultura, que atingiu um furo de captação de água.
Se o Governo pretende fazer a eliminação térmica dos resíduos industriais perigosos através de um método cientificamente testado – a co-incineração – não faltam rivais que se lhe oponham. Basta a glória efémera de aparecerem na televisão, a possibilidade de fingirem coragem ou a oportunidade de serem apreciados no partido em que militam.
A certos zeladores do ambiente, alguns sem nunca lerem um livro sobre a matéria ou sequer um artigo científico, satisfá-los ouvir o líder do partido a debitar inanidades. Basta isso para logo acusarem os governantes de insensatos, corruptos e criminosos.
Têm uma pituitária tão rudimentar como o senso crítico, um amor aos lixos do tamanho do ego e um gosto pela litigância de má fé que estarrece.
Não vi nem ouvi tais zeladores do ambiente a condenarem as descargas da suinicultura e da avicultura que, com metódica malvadez e criminosa obstinação, vão envenenando os lençóis freáticos, tornando irrespirável o ar e reduzindo o País a uma chiqueiro.
As multas compensam, os autarcas têm mais faro para os votos do que para as pocilgas e os interesses locais, mesquinhos e provincianos, impõem-se aos interesses nacionais e à saúde das populações.
A nossa aptidão para a arruaça e o horror à ponderação acabam por transformar Portugal numa lixeira a céu aberto.
A certos zeladores do ambiente, alguns sem nunca lerem um livro sobre a matéria ou sequer um artigo científico, satisfá-los ouvir o líder do partido a debitar inanidades. Basta isso para logo acusarem os governantes de insensatos, corruptos e criminosos.
Têm uma pituitária tão rudimentar como o senso crítico, um amor aos lixos do tamanho do ego e um gosto pela litigância de má fé que estarrece.
Não vi nem ouvi tais zeladores do ambiente a condenarem as descargas da suinicultura e da avicultura que, com metódica malvadez e criminosa obstinação, vão envenenando os lençóis freáticos, tornando irrespirável o ar e reduzindo o País a uma chiqueiro.
As multas compensam, os autarcas têm mais faro para os votos do que para as pocilgas e os interesses locais, mesquinhos e provincianos, impõem-se aos interesses nacionais e à saúde das populações.
A nossa aptidão para a arruaça e o horror à ponderação acabam por transformar Portugal numa lixeira a céu aberto.
Comentários
Sim as descargas das suiniculturas são condenáveis. Sim o poder autárquico está refém dessa gente. É o Portugal saído do 25 de Abril, em que muita gente teve esperança, mas que cada dia se revela muito pior.
Por isso temos lutar pelo verdadeiro socialismo, aquele que vai juntar o melhor do 24 com o melhor do 25. Viva o dia 26 de Abril