BPP - o Adão (ainda) não foi de visita à Eva...
Segundo notícias transmitidas no Telejornal de hoje da RTP 1, o Banco de Portugal terá recusado a demissão de Fernando Adão da Fonseca das suas actuais funções no BPP...
Manuel Pinho foi demitido quando fez o tal gesto dos "corninhos".
Invocou-se o decoro e o respeito pelos orgãos do Estado. Os orgão do Estado não se restringem aos 3 poderes tradicionais. Abrangem todo o aparelho do Estado.
O senhor Fernando Adão da Fonseca é o representante nomeado pelo Governo junto do BPP, através do Banco de Portugal, organismo supervisor da actividade financeira.
Foi para lá, não por uma "birra", mas porque existiam indícios de gestão danosa e de eventuais irregularidades da anterior administração. Foi para lá para prestar um serviço ao Estado.
A meio caminho parece ter mudado de camisola e, ao o ouvirmos, mais parece um representante dos clientes do banco do que um gestor encarregue pelos orgãos do Estado - pago por todos nós - para detectar irregularidades, inconformidades e actividades especulativas e, se possível, elaborar sugestões, ou propostas de soluções - quanto ao incerto futuro - para submeter ao Ministério das Finanças.
Aliás na "comunicação interna" aos funcionários, a quem achou, por bem, dever justificar-se – não à tutela - descreve que a sua nomeação, para a presidência provisória do BPP, teria como objecto a “protecção dos interesses dos depositantes e outros credores e recuperação e saneamento do banco”. E parece que a mais nada se sentia obrigado!
Um autêntico enviesamento das suas atribuições e uma, chamemos-lhes, singular interpretação das suas competências e funções.
O senhor Fernando Adão da Fonseca está, neste momento, a prestar um serviço público. Foi requisitado para isso. Isto é, pode-se equipará-lo a um alto quadro da função pública (...um "banqueiro" detesta esta comparação).
Chegados aqui, vale a pena atentar sobre as suas declarações julgo que após a recusa do Governo à proposta apresentada pela Orey Financial - SGPS, S.A..
Disse:
"a insolvência resultará numa ‘verdadeira guerra civil’ entre todos e com todos, clientes, fornecedores, colaboradores, administradores antigos e novos, Banco de Portugal, CMVM, Sistema Financeiro, Ministério das Finanças e Governo, Assembleia da República, Tribunais portugueses e estrangeiros, Ministério Público”.
Um cenário 'que, se ocorrer, todos viremos a lamentar, embora tarde demais' ”. link
Esta declaração, pública, sublinhe-se, é apelo à insurreição dos clientes do Banco contra os organismos reguladores e supervisores da actividade financeira e bancária em portugal, com poderes decisórios, como é o Banco de Portugal, a CMVM e o Ministério das Finanças.
Mas é mais. É, também, um elaborado e sedicioso requisitório contra as decisões do Governo sobre este assunto.
Pergunto:
- Algum responsável em funções públicas pode dirigir-se, nestes insidiosos termos , aos seus colaboradores e funcionários do banco e, invectivar, deste modo, os clientes contra tudo e todos?
- Como explicar que uma "comunicação interna" tenha chegado tão rapidamente à redacção do "Jornal de Negócios"?
- Ou, antes disso, trata-se de um indecoroso recado para os organismos tutelares?
Ao contrário do que se anunciou na RTP 1, o senhor Adão já devia ter sido mandado para junto da Eva (isto, se eu fosse "criaccionista"!).
Isto é, exonerado das funções e objecto de procedimento disciplinar.
O sector bancário necessita de interiorizar, de uma vez por todas, que depois desta crise está sobre rigorosa vigilância popular e nada lhe será perdoado.
Ou, então, se vale tudo, expliquem-me qual a razão porque Manuel Pinho foi pela borda fora?
Manuel Pinho foi demitido quando fez o tal gesto dos "corninhos".
Invocou-se o decoro e o respeito pelos orgãos do Estado. Os orgão do Estado não se restringem aos 3 poderes tradicionais. Abrangem todo o aparelho do Estado.
O senhor Fernando Adão da Fonseca é o representante nomeado pelo Governo junto do BPP, através do Banco de Portugal, organismo supervisor da actividade financeira.
Foi para lá, não por uma "birra", mas porque existiam indícios de gestão danosa e de eventuais irregularidades da anterior administração. Foi para lá para prestar um serviço ao Estado.
A meio caminho parece ter mudado de camisola e, ao o ouvirmos, mais parece um representante dos clientes do banco do que um gestor encarregue pelos orgãos do Estado - pago por todos nós - para detectar irregularidades, inconformidades e actividades especulativas e, se possível, elaborar sugestões, ou propostas de soluções - quanto ao incerto futuro - para submeter ao Ministério das Finanças.
Aliás na "comunicação interna" aos funcionários, a quem achou, por bem, dever justificar-se – não à tutela - descreve que a sua nomeação, para a presidência provisória do BPP, teria como objecto a “protecção dos interesses dos depositantes e outros credores e recuperação e saneamento do banco”. E parece que a mais nada se sentia obrigado!
Um autêntico enviesamento das suas atribuições e uma, chamemos-lhes, singular interpretação das suas competências e funções.
O senhor Fernando Adão da Fonseca está, neste momento, a prestar um serviço público. Foi requisitado para isso. Isto é, pode-se equipará-lo a um alto quadro da função pública (...um "banqueiro" detesta esta comparação).
Chegados aqui, vale a pena atentar sobre as suas declarações julgo que após a recusa do Governo à proposta apresentada pela Orey Financial - SGPS, S.A..
Disse:
"a insolvência resultará numa ‘verdadeira guerra civil’ entre todos e com todos, clientes, fornecedores, colaboradores, administradores antigos e novos, Banco de Portugal, CMVM, Sistema Financeiro, Ministério das Finanças e Governo, Assembleia da República, Tribunais portugueses e estrangeiros, Ministério Público”.
Um cenário 'que, se ocorrer, todos viremos a lamentar, embora tarde demais' ”. link
Esta declaração, pública, sublinhe-se, é apelo à insurreição dos clientes do Banco contra os organismos reguladores e supervisores da actividade financeira e bancária em portugal, com poderes decisórios, como é o Banco de Portugal, a CMVM e o Ministério das Finanças.
Mas é mais. É, também, um elaborado e sedicioso requisitório contra as decisões do Governo sobre este assunto.
Pergunto:
- Algum responsável em funções públicas pode dirigir-se, nestes insidiosos termos , aos seus colaboradores e funcionários do banco e, invectivar, deste modo, os clientes contra tudo e todos?
- Como explicar que uma "comunicação interna" tenha chegado tão rapidamente à redacção do "Jornal de Negócios"?
- Ou, antes disso, trata-se de um indecoroso recado para os organismos tutelares?
Ao contrário do que se anunciou na RTP 1, o senhor Adão já devia ter sido mandado para junto da Eva (isto, se eu fosse "criaccionista"!).
Isto é, exonerado das funções e objecto de procedimento disciplinar.
O sector bancário necessita de interiorizar, de uma vez por todas, que depois desta crise está sobre rigorosa vigilância popular e nada lhe será perdoado.
Ou, então, se vale tudo, expliquem-me qual a razão porque Manuel Pinho foi pela borda fora?
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