CENTENÁRIO DA REPÚBLICA

Por
Amadeu Carvalho Homem *

MEMORIAL REPUBLICANO XXXI

XXXI - O ÓDIO DE JUNQUEIRO

Quando o Ultimatum varreu Portugal, em ondas de retórica e de impotência, já Abílio Guerra Junqueiro, transmontano de Freixo de Espada-à-Cinta, era uma notabilidade. Para isso contribuiu a opinião, geralmente adoptada, que o apresentava como um poeta de dimensão excepcional. Em Coimbra, versejara copiosamente n’A Folha, de João Penha; e dera mostras das suas preferências democráticas escrevendo poemetos à radicação da terceira república francesa (A vitória da França. 4 de Setembro de1870) e ao advento da república espanhola de 1873 (À Espanha livre). Pouco depois irá obter um sucesso retumbante com o livro A morte de D. João, obra de sátira ao decadente romantismo carnal de um velho ridículo, falso ícone de conquistas amorosas ultrapassadas.

* Historiador

Texto integral em LIVRE E HUMANO

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