Antes das 11 horas da manhã, uma numerosa comitiva de polícias, militares da GNR, e alguns outros do Exército, tomaram posições em frente à Igreja de Santa Cruz. Bem ataviados esperavam a hora de deixarem a posição de pé e mergulharem de joelhos no interior do templo do mosteiro beneditino cuja reconstrução e redecoração por D. Manuel lhe deu uma incomparável beleza. Não era a beleza arquitetónica que os movia, era a organização preparada de um golpe de fé definido pelo calendário litúrgico da Igreja católica e decidido pelas hierarquias policiais e castrenses. Não foi uma homenagem a Marte que já foi o deus da guerra, foi um ato pio ao deus católico que também aprecia a exibição de uniformes e a devoção policial. No salazarismo, durante a guerra colonial, quando as pátrias dos outros eram também nossas, não havia batalhão que não levasse padre. Podia lá morrer-se sem um último sacramento!? Éramos o país onde os alimentos podiam chegar estragados, mas a alma teria de seguir lim...
Comentários
Totalmente de acordo com as suas apreciações, aliás acusações consensuais a toda a "frente anti-Barroso" liderada firmemente por Daniel Cohn-Bendit e de modo hesitante e ávido de compromissos por Poul Rasmussen (o incansável defensor da "flexisegurança") presidente do PSE.
Chegou a aventar-se a possibilidade do problema Barroso vir a criar uma fractura na tradicional "concertação" do Parlamento Europeu o que, em meu entender, seria uma benesse: libertaria a UE de peias intoleráveis, impostas pelos PPE's!
A situação que o Parlamento Europeu viveu nos últimos anos, mais parece ter sido vítima de uma captura ad eternum pelo PPE...e seus aliados.
Mas, diga-se a verdade, a Esquerda europeia (latu sensu), tem imensas culpas no cartório...
Alguns dos nossos políticos vivem um nacionalismo revivalista, inconsequente, que é aproveitado para nos mobilizar cá dentro, mas como é óbvio não tem qualquer reflexo na UE. Pelo contrário é a exibição saloia das nossas frustações comunitárias.
Concordo com a sua sugestão de ler o blog " Les coulisses de Bruxelles", onde fundamentadamente se interroga - "Barroso : l’investiture renvoyée aux calendes grecques?"
link
Ora, com as suas declarações, Cavaco está ilegitimamente a "condicionar" e a "fazer pressões" sobre esses deputados!
« Quand je suis parti, Daul, Schulz et Verhofstadt s’engueulaient encore », raconte Daniel Cohn-Bendit, le président du groupe Vert.
Também não vi referido os apoios a Barroso dos eurocépticos. Como diz Quatremer:
En outre, le fait que les deux groupes eurosceptiques du Parlement soutiennent la candidature de Barroso ne plaide évidemment pas en sa faveur. Car il apparaît de plus en plus qu’il est le candidat de ceux qui veulent moins d’Europe. Il n’est dès lors pas exclu que les défections soient nombreuses au sein du PPE lors du vote d’investiture qui aura lieu à bulletins secrets. Déjà, plusieurs députés de ce groupe m’ont confié qu’ils ne voteraient en aucun cas pour l’ancien Premier ministre portugais.