Assim vai o Mundo…
Hoje, a União Europeia - e muito especificamente Portugal - voltou a sentir a cíclica paranóia dos mercados financeiros.
Para isso bastou um artigo de David Enrich publicado no The Wall Street Journal sob o título: "Europe's Bank Stress Tests Minimized Debt Risk" link
Este jovem repórter do WSJ, no seu artigo, questiona o modelo utilizado para a realização dos testes de stress aos bancos europeus.
Para isso bastou um artigo de David Enrich publicado no The Wall Street Journal sob o título: "Europe's Bank Stress Tests Minimized Debt Risk" link
Este jovem repórter do WSJ, no seu artigo, questiona o modelo utilizado para a realização dos testes de stress aos bancos europeus.
Segundo o Wall Street Journal os testes de stress realizados há poucos meses a cerca de uma centena de bancos europeus, não reflectiram a exposição de cada instituição relativa à dívida soberana grega, espanhola e portuguesa. Tal insinuação teve como consequência imediata um gravoso aumento dos spreads na venda dos títulos de dívida pública, devido a referências sobre um provável incumprimento [por parte dos países do Sul europeu e da Irlanda].
Portugal, amanhã, ao colocar no mercado financeiro uma nova tranche de obrigações vai sofrer um pesado agravamento das taxas de juro. Os CDS's (uma espécie de seguro em relação a um eventual incumprimento) sobre a dívida portuguesa - segundo agências especializadas - registam a maior subida do Mundo!.
E, assim vai o Mundo…
Na verdade, o lobby financeiro norte-americano não dá tréguas às hesitações e fragilidades europeias.
Não observa a Europa, neste caso a Zona Euro, como uma união de Estados, com moeda única. Prefere dividir para, metodicamente, desestabilizar e... lucrar. E, dada a fluidez da situação financeira, bem como a ausência de coesão na política económica e financeira europeia, consegue fazê-lo.
Amanhã, quando o Estado português colocar - como estava planeado - no mercado financeiro novos títulos de dívida pública [a 3 e a 10 anos] os portugueses, no futuro, vão ter de pagar mais…
Este sucinto parágrafo foi o suficiente para “enervar” o mercado:
“Among other warning signs, the costs of insuring many bank and government bonds against default in countries such as Portugal, Ireland, Greece and Italy have jumped above their pre-stress-test levels.”
Até quando os cordelinhos da crise financeira internacional continuarão a ser manipulados pela Wall Street [bolsa, imprensa especializada, boys, etc.]?
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