O recado...
Comissão manda recado a Lisboa
"O crescimento europeu, aproveitado pelas empresas exportadoras, pode tirar Portugal da recessão - mas o país tem de ser mais rápido a reduzir o desequilíbrio orçamental na administração pública. Esta foi a mensagem enviada ontem pela Comissão Europeia, a cerca de um mês da apresentação do Orçamento do Estado para 2011."Portugal tem uma boa hipótese de recuperar das dificuldades actuais, mas certamente que a intensificação da consolidação orçamental é indispensável", apontou o comissário dos Assuntos Económicos, Olli Rehn. A recomendação europeia surge depois de o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, ter garantido, a semana passada, aos mercados financeiros cortes duros na despesa pública em 2011, acompanhados de nova subida da carga fiscal (com a redução dos benefícios fiscais). Nos primeiros sete meses deste ano, Portugal era o único dos países problemáticos do euro - que incluem Grécia, Espanha e Irlanda - cujo défice e despesa aumentaram. O facto começa a ser notado pelos mercados, que têm pressionado os juros da dívida portuguesa para novos máximos. Ontem a taxa de juro corrente da dívida a dez anos aliviou ligeiramente, para se fixar em 5,77% (com um spread face à Alemanha acima de 335 pontos)...."
i [informação] , 14.09.2010 .i online
i [informação] , 14.09.2010 .i online
Voltamos à vaca fria...
Num dia, a redução do deficit orçamental é uma tarefa essencial, mesmo podendo provocar um abrandamento do crescimento económico [ou até uma nova recessão]. No outro, a recuperação económica surge à boleia da UE, continuando a ser necessário o rigor orçamental e, já agora, acrescenta-se o problema da dívida soberana...
Num dia, a redução do deficit orçamental é uma tarefa essencial, mesmo podendo provocar um abrandamento do crescimento económico [ou até uma nova recessão]. No outro, a recuperação económica surge à boleia da UE, continuando a ser necessário o rigor orçamental e, já agora, acrescenta-se o problema da dívida soberana...
A sensação residual [para muitos portugueses] é que a crise transformou-se um nó górdio, que ninguém desata.
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