Ramalho Eanes referiu como trágica a descolonização em que «milhares de pessoas foram obrigadas a partir para um país que não era o seu». Tem razão o ex-PR cujo papel importante na democracia e o silêncio o agigantou depois da infeliz aventura por interposta esposa na criação do PRD e da adesão à Opus Dei, sempre por intermédio da devota e reacionaríssima consorte, que devolveu o agnóstico ao redil da Igreja. Eanes distinguiu-se no 25 de novembro, como Dinis de Almeida no 11 de março, ambos em obediência à cadeia de comando: Costa Gomes/Conselho da Revolução . Foi sob as ordens de Costa Gomes e de Vasco Lourenço, então governador militar de Lisboa, que, nesse dia, comandou no terreno as tropas da RML. Mereceu, por isso, ser candidato a PR indigitado pelo grupo dos 9 e apoiado pelo PS que, bem ou mal, foi o partido que promoveu a manifestação da Fonte Luminosa, atrás da qual se esconderam o PSD e o CDS. Foi nele que votei contra o patibular candidato do PSD/CDS, o general Soares...
Comentários
Qualquer programa de estabilidade e/ou de crescimento que seja apresentado peca sempre por defeito.
A Srª. MerKel, aliás secundada pelo Sr. Barroso, não se contenta com as drásticas medidas de austeridade.
Agora o problema passou a ser a competitividade.
Isto traduzido em medidas concretas é: maior flexibilização das leis laborais, fazer disparar a competição interna e "emagrecer" o aparelho de Estado.
Um outro vector que é altamente influenciador da competitividade - a diminuição da carga fiscal - por ora não pode ser porque temos necessidade de aumentar a receita e pagar a divida soberana.
O erro está em apresentar um pacote de 50 medidas, assim de rajada. Se adoptássemos o modelo de 1 medida/semana os euroburocratas ficariam ocupados durante quase um ano...
E, enquanto o pau ia e vinha, sempre folgavam as costas.