Ramalho Eanes referiu como trágica a descolonização em que «milhares de pessoas foram obrigadas a partir para um país que não era o seu». Tem razão o ex-PR cujo papel importante na democracia e o silêncio o agigantou depois da infeliz aventura por interposta esposa na criação do PRD e da adesão à Opus Dei, sempre por intermédio da devota e reacionaríssima consorte, que devolveu o agnóstico ao redil da Igreja. Eanes distinguiu-se no 25 de novembro, como Dinis de Almeida no 11 de março, ambos em obediência à cadeia de comando: Costa Gomes/Conselho da Revolução . Foi sob as ordens de Costa Gomes e de Vasco Lourenço, então governador militar de Lisboa, que, nesse dia, comandou no terreno as tropas da RML. Mereceu, por isso, ser candidato a PR indigitado pelo grupo dos 9 e apoiado pelo PS que, bem ou mal, foi o partido que promoveu a manifestação da Fonte Luminosa, atrás da qual se esconderam o PSD e o CDS. Foi nele que votei contra o patibular candidato do PSD/CDS, o general Soares...
Comentários
Mas, se esta escabrosa situação estivesse a apodrecer, ainda poderiamos indignar-nos [sem custos].
Continua, no entanto, a ser alimentada a peia de é necessário salvar o "banco/bordel".
A razão invocada é conhecida, trata-se de evitar contaminações [só se for de doenças sexualmente transmissíveis]...
Entretanto, ninguém se habilita a carregar com o BPN, nem de borla...[tal é a fama!]
E, no intuito de resolver situações [irremediáveis], a curto prazo, a actual gestão pretende mais uma "injecção" de 500 milhões de euros.
Se esse reforço de capital se efectuar antes de 31 de Dezembro, lá via por água abaixo o cumprimento do defice orçamental previsto para 2010...
Terá sido por isso que o ministro Teixeira dos Santos, só se disponibizou a deslocar-se ao Parlamento, para tentar explicar mais esta "operação", a 11 de Janeiro de 2011...
Até lá deverá ficar tudo em stand by.
Entretanto, sobra tempo para pensar noutras soluções... justas, menos onerosas e mais dignas. Enfim, que respeitem os portugueses, i.e., os contribuintes...
De facto, já demos [demasiado] para este peditório!