Um obsceno mutismo...
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Os tempos são outros. Os monólogos vicentinos, impregnados de sátira e crítica social, já não são protagonizados na corte por ilustrados artistas. Primeiro, por não termos corte, depois, porque o “artista” não será um emérito representador [apresentador] ...
Os eleitores terão – neste particular momento de crise – outro tipo de exigências. Em 2011, Cavaco Silva volta a [re]editar a "peça" de há 19 anos, com os mesmos adereços. Perante propostas de um calendário de debates refugia-se em evasivas. Agarra-se ao formalismo da entrega oficial dos documentos de candidatura...
Prolonga, artificialmente, uma intacta [e falsa] longevidade seu mandato com se nada estivesse para acontecer. Virá a público - pour épater les bourgeois - falar de equidade e pedir tempo para avaliações sérias...
Só aceitará os debates nas vésperas da eleição. Quando já não forem exequíveis por impossibilidade temporal.
E, até lá, não come pão-de-ló...
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