Arre porra que é demais


Regougue, crocite e uive, senhor Passos Coelho, primeiro-ministro por ironia do acaso e coveiro da democracia pela devoção ideológica ao modelo económico que o implacável ministro das Finanças acredita ser ótimo, contra todas as evidências.

Refundem as cabeças formatadas nas alfurjas das juventudes partidárias e no ódio ao 25 de abril. O binómio Gaspassos é a tragédia saída das eleições que o PR estava ansioso por convocar. Relvas e Portas é a outra dupla com que se completam as quatro patas que sustentam a manjedoura do poder. Dois excelentes coladores de cartazes e dois rapazes instruídos e de mau fundo, completam a cúpula do poder e a cópula a que nos sujeitam.

O país implode com tanta austeridade e a única receita, depois de falharem, é insistirem em mais austeridade e na ameaça de nos deixarem morrer sem alimentos, medicamentos ou qualquer tipo de assistência. Arre porra que é demais!

Quem execrou o PEC 4 e não para de esbulhar sempre os mesmos, terá autoridade para reivindicar a legitimidade eleitoral por mais tempo? Querem matar os velhos, porque já não produzem, e expulsar os jovens a quem destruíram os postos de trabalho?

Quando a ministra da Justiça, com um curso tirado sem equivalências, promete regalias aos magistrados, em segredo, e um sindicato indigno as comunica confidencialmente aos associados, convenceram-se de que não havia magistrados honestos que não aceitam privilégios num país cuja economia devastaram?

Que chantagem é essa que o mais perigoso de todos os primeiros-ministros que tivemos anda a fazer sobre o PS? Quer manter-se no poder até ao último euro que encontrar na posse dos que votaram em si e obter a cumplicidade do líder a quem não teria permitido onerar os portugueses com mais sacrifícios?

À inaptidão nas negociações internacionais, donde traz o garrote que nos é imposto, sem ponta de esperança, sem perdão de juros, sem diminuição da dívida, emendando a usura, Passos Coelho vinga-se da geração que pôs fim à guerra colonial e nos filhos e netos.

O país é a coutada de ódios e ressentimentos que a extrema-direita acalenta há 38 anos.
Depois do esbulho implacável, estamos com uma dívida à beira de 200.000 milhões de euros. Estão convencidos de que alguém dá alguma coisa pelos famintos que sobrarem e os velhos que teimarem viver num país sem agricultura, pescas, indústria ou serviços? O OE 2013 é a espada de Dâmocles suspensa sobre as nossas cabeças, com a promessa de lhe aumentarem o peso.

Têm de ir-se embora. Custe o que custar. Arre porra que é demais.

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