De acordo. Contudo, o CDS apanhou por tabela e o seu 'glissement' regional pouco significado tem no contexto nacional embora, ontem, Paulo Portas, tenha comentado os resultados dos Açores, com algum ressabiamento (político), dirigido (?) para Lisboa...
Na verdade, a aposta do PSD em Berta Cabral foi uma jogada fortíssima e criou grandes expectativas dentro do próprio partido. Com um currículo na vida pública regional muito variado e marcado, especialmente pelas vitórias conseguidas em 2001 e 2005(na governação regional socialista) para a Câmara Municipal de Ponta Delgada, Berta Cabral, foi uma poderosa tentativa usada para colher dividendos (fáceis) do natural desgaste dos Governos de Carlos César. Esta aposta, à partida, considerada por muitos vencedora (e isso será o fundamental na análise destas eleições) ruiu estrondosamente sob os desmandos da coligação nacional PSD/CDS. Berta Cabral, foi uma indeflectível apoiante de Passos Coelho para a liderança do PSD e de quem viria a ter de fugir a sete pés, na parte final da campanha, devido ao desastroso impacto nestas ilhas da governação que o seu líder partidário protagoniza no Continente. Este 'golpe de rins' não caiu bem nos Açores e teve evidentes reflexos nas urnas. Aliás, começa a ser notório - inclusive para o próprio PSD - que a gestão Relvas/Coelho irá ter profundos reflexos em todos os actos eleitorais que terão lugar daqui para a frente.
A sobrevivência do PSD, enquanto partido de poder, começou a ruir nestas eleições regionais. E sabemos - do passado - como as bases deste partido reagem a esta eventualidade. A 'instabilidade' veio (dos Açores) para se instalar no interior do partido 'maioritário' a nível nacional. É só esperar pelas autárquicas para ver. As contabilidades eleitorais ou as transferências de votos, pouco acrescentam, ou para usar uma linguagem orçamental, não 'mitigam' o desaire político que, ontem, foi anunciado.
Antes das 11 horas da manhã, uma numerosa comitiva de polícias, militares da GNR, e alguns outros do Exército, tomaram posições em frente à Igreja de Santa Cruz. Bem ataviados esperavam a hora de deixarem a posição de pé e mergulharem de joelhos no interior do templo do mosteiro beneditino cuja reconstrução e redecoração por D. Manuel lhe deu uma incomparável beleza. Não era a beleza arquitetónica que os movia, era a organização preparada de um golpe de fé definido pelo calendário litúrgico da Igreja católica e decidido pelas hierarquias policiais e castrenses. Não foi uma homenagem a Marte que já foi o deus da guerra, foi um ato pio ao deus católico que também aprecia a exibição de uniformes e a devoção policial. No salazarismo, durante a guerra colonial, quando as pátrias dos outros eram também nossas, não havia batalhão que não levasse padre. Podia lá morrer-se sem um último sacramento!? Éramos o país onde os alimentos podiam chegar estragados, mas a alma teria de seguir lim...
“Comemora-se em todo o país uma promulgação do despacho número Cem da Marinha Mercante Portuguesa, a que foi dado esse número não por acaso, mas porque ele vem na sequência de outros noventa e nove anteriores promulgados...” “A minha boa vontade não tem felizmente limites. Só uma coisa não poderei fazer: o impossível. E tenho verdadeiramente pena de ele não estar ao meu alcance.” “Neste almoço ouvi vários discursos, que o Governador Civil intitulou de simples brindes. Peço desculpa, mas foram autênticos discursos.” “A Aeronáutica, como várias vezes disse, é um complemento da navegação marítima, pois com o progresso da técnica e a rapidez da vida de hoje, era necessário por vezes chegar mais depressa.” “O caminho certo é o que Portugal está seguindo; e mesmo que assim não fosse não há motivo para nos arrependermos ou para arrepiar caminho” [1964] “Eu devo dizer que as incompreensões e as críticas – e quando me refiro ás críticas refiro-me àquelas que não sã...
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Na verdade, a aposta do PSD em Berta Cabral foi uma jogada fortíssima e criou grandes expectativas dentro do próprio partido. Com um currículo na vida pública regional muito variado e marcado, especialmente pelas vitórias conseguidas em 2001 e 2005(na governação regional socialista) para a Câmara Municipal de Ponta Delgada, Berta Cabral, foi uma poderosa tentativa usada para colher dividendos (fáceis) do natural desgaste dos Governos de Carlos César.
Esta aposta, à partida, considerada por muitos vencedora (e isso será o fundamental na análise destas eleições) ruiu estrondosamente sob os desmandos da coligação nacional PSD/CDS.
Berta Cabral, foi uma indeflectível apoiante de Passos Coelho para a liderança do PSD e de quem viria a ter de fugir a sete pés, na parte final da campanha, devido ao desastroso impacto nestas ilhas da governação que o seu líder partidário protagoniza no Continente.
Este 'golpe de rins' não caiu bem nos Açores e teve evidentes reflexos nas urnas.
Aliás, começa a ser notório - inclusive para o próprio PSD - que a gestão Relvas/Coelho irá ter profundos reflexos em todos os actos eleitorais que terão lugar daqui para a frente.
A sobrevivência do PSD, enquanto partido de poder, começou a ruir nestas eleições regionais. E sabemos - do passado - como as bases deste partido reagem a esta eventualidade. A 'instabilidade' veio (dos Açores) para se instalar no interior do partido 'maioritário' a nível nacional. É só esperar pelas autárquicas para ver.
As contabilidades eleitorais ou as transferências de votos, pouco acrescentam, ou para usar uma linguagem orçamental, não 'mitigam' o desaire político que, ontem, foi anunciado.