Acumulação de pensões
Há tempos, aqui no «Ponte Europa», regozijei-me com a decisão de Sócrates que pôs termo à acumulação integral de várias remunerações, limitando uma delas a um terço.
Disse mais: que não condenava quem as recebia mas quem permitiu, condenando a lei que as consentiu.
Respondeu-me um leitor que uma pessoa honrada não recorre ao que a lei permite mas ao que a sua consciência lhe dita. Retorqui-lhe que não era esse o meu entendimento, pois não é com actos individuais que se põe termo às injustiças.
Mantenho o que então pensava.
Calculo apenas como se sentirá esse leitor, agora, ao saber que Cavaco Silva acumula três pensões: uma por ter sido funcionário do Banco de Portugal, outra como professor catedrático, através da CGA, e uma terceira por ter sido primeiro-ministro, num total de 9356 euros mensais.
Este facto não belisca a honestidade do candidato à presidência da República, apenas destrói a alegada generosidade com que defende os interesses nacionais, agravada pelo facto de ter pedido a reforma da Universidade Nova de Lisboa, não para se dedicar a ao bem público, mas para receber por inteiro o salário de professor numa universidade privada.
À luz destes elementos, compreende-se melhor a traição a Fernando Nogueira, o desinteresse por Durão Barroso e a animosidade a Santana Lopes, bem como o desprezo pelo PSD.
Este facto não o torna indigno da mais alta magistratura na Nação, apenas revela o seu carácter e a forma eficiente como acautela os seus interesses pessoais.
Disse mais: que não condenava quem as recebia mas quem permitiu, condenando a lei que as consentiu.
Respondeu-me um leitor que uma pessoa honrada não recorre ao que a lei permite mas ao que a sua consciência lhe dita. Retorqui-lhe que não era esse o meu entendimento, pois não é com actos individuais que se põe termo às injustiças.
Mantenho o que então pensava.
Calculo apenas como se sentirá esse leitor, agora, ao saber que Cavaco Silva acumula três pensões: uma por ter sido funcionário do Banco de Portugal, outra como professor catedrático, através da CGA, e uma terceira por ter sido primeiro-ministro, num total de 9356 euros mensais.
Este facto não belisca a honestidade do candidato à presidência da República, apenas destrói a alegada generosidade com que defende os interesses nacionais, agravada pelo facto de ter pedido a reforma da Universidade Nova de Lisboa, não para se dedicar a ao bem público, mas para receber por inteiro o salário de professor numa universidade privada.
À luz destes elementos, compreende-se melhor a traição a Fernando Nogueira, o desinteresse por Durão Barroso e a animosidade a Santana Lopes, bem como o desprezo pelo PSD.
Este facto não o torna indigno da mais alta magistratura na Nação, apenas revela o seu carácter e a forma eficiente como acautela os seus interesses pessoais.
Comentários
Já agora vejam porque é que as reformas mostram que CS nao é politica profissional.
http://blogdelsniper.blogspot.com
Será que os fins justificam os meios?
Soares alugou à Nação parte da Fundação paga com o dinheiro de todos nós (não é, João?), porque não tem outros rendimentos?
Será?
Houve quem fosse dar aulas gratuitas para bairros degradados.
O comentário é meu. Acontece que publicar textos fora do meu computador me cria problemas.
Mas o que importa são as afirmações sobre Cavaco Silva que nenhum dos admiradores comenta, limitando-se a insultos a quem os escreveu.
Isso são amendoins para quem se move nas esferas da alta finança, de que ele tanto gosta.
Quem nos dera "mamar" também umas pensões assim! Parabéns dr. Cavaco, tiro-lhe o meu chapéu!...