Momento Zen de segunda
João César das Neves (JCN) na sua homilia de hoje – como a Igreja criou a Europa – perdeu a cabeça. Não podendo apoiar-se na História, tanto pior para a História. Não podendo contar com os factos, tanto pior para os factos. Primeiro está a salvação da alma, a verdade vem depois.
Eis afirmações que os historiadores negam mas que JCN subscreve: «A Igreja Católica, vencendo o paganismo obscurantista e civilizando os bárbaros, foi uma poderosa força dinâmica, estabelecendo os valores de tolerância, caridade e progresso que criaram a sociedade contemporânea. A Idade Média, conhecida como "Idade das Trevas", foi uma das épocas de maior desenvolvimento e criatividade técnica, artística e institucional da História».
Para JCN «segundo a tese comum, a Igreja manteve o continente na obscuridade e miséria durante séculos até que a emancipação, com o Humanismo e Iluminismo, permitiu a ciência, liberdade e prosperidade actuais. Esta visão, divulgada por discursos, livros de escola e tratados de História, é simplesmente falsa».
JCN julgará que foi o Iluminismo que organizou as Cruzadas, criou a Inquisição, fez conversões forçados, defendeu o esclavagismo, expulsou os judeus e os muçulmanos, apoiou as monarquias absolutas, criou o direito divino e cometeu numerosos crimes.
JCN, citando um autor desconhecido, certamente avençado pelo Vaticano, explica como o Cristianismo gerou a liberdade, os direitos do homem, o capitalismo e o milagre económico no Ocidente.
Só não explica a razão pela qual o Vaticano não subscreve a «Declaração Universal dos Direitos do Homem» que considera de inspiração ateia.
Eis afirmações que os historiadores negam mas que JCN subscreve: «A Igreja Católica, vencendo o paganismo obscurantista e civilizando os bárbaros, foi uma poderosa força dinâmica, estabelecendo os valores de tolerância, caridade e progresso que criaram a sociedade contemporânea. A Idade Média, conhecida como "Idade das Trevas", foi uma das épocas de maior desenvolvimento e criatividade técnica, artística e institucional da História».
Para JCN «segundo a tese comum, a Igreja manteve o continente na obscuridade e miséria durante séculos até que a emancipação, com o Humanismo e Iluminismo, permitiu a ciência, liberdade e prosperidade actuais. Esta visão, divulgada por discursos, livros de escola e tratados de História, é simplesmente falsa».
JCN julgará que foi o Iluminismo que organizou as Cruzadas, criou a Inquisição, fez conversões forçados, defendeu o esclavagismo, expulsou os judeus e os muçulmanos, apoiou as monarquias absolutas, criou o direito divino e cometeu numerosos crimes.
JCN, citando um autor desconhecido, certamente avençado pelo Vaticano, explica como o Cristianismo gerou a liberdade, os direitos do homem, o capitalismo e o milagre económico no Ocidente.
Só não explica a razão pela qual o Vaticano não subscreve a «Declaração Universal dos Direitos do Homem» que considera de inspiração ateia.
Comentários
Assim, ao Esperança (e amigos) aconselho a leitura do livro «O Principio Esperança» do ateu marxista Ernst Bloch (e já agora uma leitura mais atenta do livro «Assim falou Zaratustra»). Só para perceberem melhor a influência do cristianismo na cultura ocidental. Se for demasiada areia para a vossa camioneta, leiam as crónicas do padre Anselmo Borges no DN de sábado. Pode ser que assim se libertem de determinadas obsessões com a religião e de determinados inimigos de estimação (ou adversários, como «alguns» eufemisticamente dizem). Estimo as melhoras...
O Dr. J. Sábio das Neves é um cromo que dispensa apresentação para quem lê a sua coluna na qual já comparou a homossexualidade com a pedofilia, considerando a primeira uma abominação que de acordo com Leviticus 18:22 não pode ser perdoada em qualquer circunstância. Eis aqui uma carta aberta, aparentada de um primo nosso conhecido, apanhada a circular na Internet que não resisto partilhar com os leitores do PE:
Caro Dr. J. Sábio da Neves,
Muito obrigado por todos os seus esforços para nos educar de acordo com a Palavra de Deus. Tenho aprendido imenso com a sua coluna, e tento partilhar essa sabedoria com o máximo de pessoas possíveis.
Quando alguém tenta defender a homossexualidade, simplesmente recordo-lhes que, de acordo com o Lev. 18:22, se trata de uma abominação. Fim de discussão. Contudo, como gosto de ter sempre resposta para tudo, gostaria de saber a sua opinião acerca de outras matérias:
Quando queimo um boi em sacrifício a Deus, sei que tal produz um aroma que Lhe é agradável – Lev. 1:9. O problema são os meus vizinhos. Reclamam que o cheiro os incomoda. Posso exterminá-los?
Tenho andado a pensar em vender a minha filha como escrava, tal como descrito em Êxodo 21:7. Hoje em dia, quanto acha que seja um preço justo para pedir por ela?
Bem sei que não é permitido o contacto com mulheres durante o período das impurezas menstruais. Lev. 15:19-24. A questão é, como distingui-las? Tenho perguntado, mas a maioria delas fica ofendida.
Lev. 25-44 declara que posso ser proprietário de escravos desde que sejam adquiridos em nações vizinhas. Um amigo meu diz que isto se aplica a Marroquinos, mas não a Espanhóis. Pode clarificar? Porquê que não posso ter um Espanhol?
Tenho um vizinho que insiste em trabalhar no Dia do Senhor. Êxodo 35:2 considera claramente que deve ser condenado à morte. Estou moralmente obrigado a matá-lo eu mesmo?
Um amigo meu acha que comer amêijoas é uma abominação – Lev. 11:10, é uma abominação menor que a homossexualidade. Eu não concordo. Qual a sua opinião?
De acordo com Lev. 11:6-8, tocar na pele de um porco morto torna-nos impuros, mas se usar luvas posso jogar futebol?
O meu tio tem uma quinta. Ele viola Lev. 19:19 plantando duas colheitas diferentes no mesmo terreno, assim como a minha tia que usa roupas feitas de dois tecidos diferentes (algodão/mistura de polyester). Além disso, pragueja e blasfema imenso. Acha que é mesmo necessário reunir toda a vila para apedrejá-los? (Lev. 24:10-16). Não poderíamos resolver isto entre família fazendo uma fogueira para os queimar vivos, tal como resolvemos com os problemas de incesto? (Lev. 20:14)
Sei que tem estudado estas matérias extensamente e estou confiante que pode ajudar.
Mais uma vez obrigado por nos recordar que a Palavra de Deus é eterna e imutável.
Seu devoto fã,
A.P.