11.12.2010: o atentado “falhado” em Estocolmo...
Policiais suecos apagam incêndio num automóvel depois do atentado no centro de Estocolmo
A Europa durante muito tempo considerou que estava de fora, ou à margem, da “onda terrorista” actual. Digo actual porque a Europa desde há muitos anos que lida com actos de violência, seja de natureza étnica ou separatistas [País Basco] ou étnico-religiosos [Irlanda do Norte, ex-Jugoslávia, etc.].
Como denominador comum para a maioria destas graves convulsões político-sociais que afectam profundamente a segurança dos cidadãos está: o nacionalismo. O ideário nacionalista cresce à sombra do desaparecimento de modelos imperiais, sejam universais, majestáticos ou regionais.
Os atentados de sábado [os dois atentados quase em simultâneo] em Estocolmo terão sido acções grosseiramente falhadas [gros raté], em termos de objectivos [destruição patrimonial, de devastação sanguinária e de impacto mediático]. A circunstância de algo ter “falhado” aos jihadistas, não deve evitar que a Europa – no rigoroso respeito pelos direitos individuais e colectivos dos cidadãos – reflicta sobre as políticas de segurança no futuro. A cooperação entre os Estados europeus [e com o Mundo] é imperativa e fundamental. Mas, não vale a pena alimentar ilusões: a questão é também política. E, neste campo, a UE está completamente à deriva.
Mais um problema a acrescentar à crise económica e financeira.
A Europa durante muito tempo considerou que estava de fora, ou à margem, da “onda terrorista” actual. Digo actual porque a Europa desde há muitos anos que lida com actos de violência, seja de natureza étnica ou separatistas [País Basco] ou étnico-religiosos [Irlanda do Norte, ex-Jugoslávia, etc.].
Como denominador comum para a maioria destas graves convulsões político-sociais que afectam profundamente a segurança dos cidadãos está: o nacionalismo. O ideário nacionalista cresce à sombra do desaparecimento de modelos imperiais, sejam universais, majestáticos ou regionais.
Hoje, melhor desde o início do séc. XXI, que paira sobre a Europa um outro tipo de ameaça. A segurança do Mundo, logo, também da Europa, foi afectada pelas “novas cruzadas ocidentais”, i. e., a guerra do Afeganistão e a invasão do Iraque.
E a Jihad, terá sido a resposta violenta [e organizada] destinada a afirmar o islamismo à força. Para isso, socorre-se de oportunismos religiosos, de matriz fundamentalista, organizando ataques terroristas contra alvos civis [cidadãos inocentes], acções paramilitares [guerrilha urbana] e sabotagens [patrimoniais] em nome da religião islâmica [um pouco a reedição do conceito das medievais “guerras santas” movidas em defesa da cristandade].
Qualquer crítica aos fundamentos ou a símbolos da crença muçulmana é passível de provocar atentados do tipo “homens-bomba”, como o que se verificou, neste fim-de-semana, em Estocolmo.
Qualquer crítica aos fundamentos ou a símbolos da crença muçulmana é passível de provocar atentados do tipo “homens-bomba”, como o que se verificou, neste fim-de-semana, em Estocolmo.
Mas, por outro lado, a Suécia é um caso atípico. Não existe – em relação ao povo ou ao governo sueco - um substrato evidente, do tipo causa-efeito, como, p. exº., podemos inserir nos atentados de Londres em 2005, ou de conotação mais indirecta o de Madrid, em 2004.
A “atitude sueca” é conhecida por ter uma grande abertura política e humanista [nomeadamente na área social]. Resquícios da Reforma calvinista que perduraram mau grado as tentativas de “contra-Reforma” [falhadas].
Mas a Suécia [e na generalidade os Países escandinavos] sempre foi um País de acolhimento, albergando refugiados, dissidentes ou migrantes. A juventude sueca gosta de conhecer e, muitos, viajam. Percorrem o Mundo, conhecem novas realidades, mantêm contactos e promovem todo o tipo de intercâmbios.
Esta “porta aberta” torna a Suécia vulnerável a situações deste tipo. Porque, como se deduz de um texto do Swedish Securite Service de Julho passado, a Suécia, de certa maneira, julgava-se ao abrigo deste tipo de atentados, esquecendo-se da presença de um contingente militar sueco no Afeganistão...
A “atitude sueca” é conhecida por ter uma grande abertura política e humanista [nomeadamente na área social]. Resquícios da Reforma calvinista que perduraram mau grado as tentativas de “contra-Reforma” [falhadas].
Mas a Suécia [e na generalidade os Países escandinavos] sempre foi um País de acolhimento, albergando refugiados, dissidentes ou migrantes. A juventude sueca gosta de conhecer e, muitos, viajam. Percorrem o Mundo, conhecem novas realidades, mantêm contactos e promovem todo o tipo de intercâmbios.
Esta “porta aberta” torna a Suécia vulnerável a situações deste tipo. Porque, como se deduz de um texto do Swedish Securite Service de Julho passado, a Suécia, de certa maneira, julgava-se ao abrigo deste tipo de atentados, esquecendo-se da presença de um contingente militar sueco no Afeganistão...
Os atentados de sábado [os dois atentados quase em simultâneo] em Estocolmo terão sido acções grosseiramente falhadas [gros raté], em termos de objectivos [destruição patrimonial, de devastação sanguinária e de impacto mediático]. A circunstância de algo ter “falhado” aos jihadistas, não deve evitar que a Europa – no rigoroso respeito pelos direitos individuais e colectivos dos cidadãos – reflicta sobre as políticas de segurança no futuro. A cooperação entre os Estados europeus [e com o Mundo] é imperativa e fundamental. Mas, não vale a pena alimentar ilusões: a questão é também política. E, neste campo, a UE está completamente à deriva.
Mais um problema a acrescentar à crise económica e financeira.
Comentários
Tomei a liberdade de publicar o texto no DA.
Na Suécia a influência religiosa é luterana e não calvinista, se a memória me não falha. Por isso, no DA retirei o adjectivo calvinista à «Reforma», deixando apenas o substantivo.
Espero ser desculpado.
A reforma religiosa na Suécia foi, com certeza, luterana.
Mas o movimento calvinista é que posteriormente, em minha opinião, vai influenciar o modelo nórdico [político, económico e social].
Qual atentado em Estocolmo? Foi um atentado? Um atentado de quem? Y por alma de quem? Y ..........................
Um texto magnificamente escrito! Pena é acreditar no Pai-Natal!!
É o que se passa! Este atentado existiu tanto como existe o pai Natal a descer pela chaminé Y a dar presentes às criancinhas!
Amigo: a Suécia está a violar um princípio Basilar da Cidadania Europeia desde 1 de Julho de 2010!
Existe a todo Y qq estrangeiro que prove que tem cerca de 15 000 no banco para poder permanecer no seu território!
Nada mais conveniente eum Um atentado destes! Com um mail - mto Curioso - ... As Ruas Suecas são calcorreadas por gente de Todas as partes do Mundo . Ainda n há passeios só exclusivos para andarem os Suecos! ( Lá chegarão se não travam a sua trapaça de que são os mais civilizados do Planeta! ... )
Tudo é Fak! Tudo é fake! Nada como ver para crer!
Do que n sabemos devemos abster-nos de fantasiar ... Y acho que andamos todos a fantasiar muito sobre a Suposta existência da Civilidade Sueca! ...
Granda Tanga! Que grande trapaça! Que Intrujice!
PS.: já nem sei se estou a correr riscos a deixar estes comment's por aqui.
A Sueciazinha ... abre correspondência como Salazar nunca teve lata para se atrever a fazê-lo ... etc. etc. que o Salazar nunca se atreveu!
etc. etc. etc. O Nazismo começou na Suécia!! Um dado importante! Mas importante do q qq reparo religioso!
A Alemanha fez Y esta a fazer o acto de contrição!!
Pois. N deviam ser só eles a dar a cara à vergonha! Pois. Pois. Pois.
PS.: Memorizem: CIVILIZADOS SÃO OS PORTUGUESES.
PS.: já nem sei se estou a correr riscos a deixar estes comment's por aqui.
A Sueciazinha ... abre correspondência como Salazar nunca teve lata para se atrever a fazê-lo ... etc. etc. que o Salazar nunca se atreveu!
etc. etc. etc. O Nazismo começou na Suécia!! Um dado importante! Mas importante do q qq reparo religioso!
A Alemanha fez Y esta a fazer o acto de contrição!!
Pois. N deviam ser só eles a dar a cara à vergonha! Pois. Pois. Pois.
PS.: Memorizem: CIVILIZADOS SÃO OS PORTUGUESES.
Y o tom dramático " Agora é a vez dos vossos filhos começarem a mor..." ... Bem Y vão para uma Rua em que a percentagem de muçulmanos é equiparável a malta do resto do Planeta?
Os S. são um bocadinho burros! Mas têm mta sorte! Há mta gente que engoliu sem verificar ou confirmar a sua civilidade! ... Conquistamos o estatuto de Burros se continuarmos a acreditar Y a permitir estas Palhaçadas da Suéci!Basta!!! De Tanga!
Pois.
Parece-me um pouco "exagerado" dizer que a "Jihad" eh resposta ah invasao do Afganistao. Que eu saiba esta foi a resposta ao atentado contra a America no 11 de Setembro...
Para nós, a "guerra do Afeganistão" é uma intervenção militar organizada, com suporte numa decisão do CS da ONU, portanto, à luz do Direito Internacional, legítima.
Para [alguns] muçulmanos será um pretexto para mais uma "Jihad"...
Foi esta a perspectiva que quis transmitir... Provavelmente fui pouco claro.
Lendo melhor o post, e à luz dessa explicação, fui eu que percebi mal.