Debate Alegre / Cavaco. Assim, não
Manda a verdade dizer que o debate não foi estimulante. Se alguém ganhou o debate foi a Judite de Sousa e não contribuiu para o esclarecimento que se impunha.
Cavaco não respondeu a uma só pergunta pertinente. Ignorou a cobardia do seu silêncio perante a humilhação feita a Portugal na República checa, quando, durante a sua visita, o respectivo presidente teve o mau gosto de brincar com o défice português.
Ignorou a crítica de Alegre por ter feito uma visita à Madeira impedido por Alberto João Jardim de fazer uma sessão no Parlamento Regional, por ser um «bando de loucos», e acabar por reunir-se com os partidos num hotel, sem respeito pela função presidencial.
Acusou a Administração do BPN de ter sido incapaz de recuperar o banco, um caso grave de polícia, como se o que estivesse em causa não fossem as acções da SLN que ele e a filha Patrícia compraram e venderam sem se saber quem os convidou e fez os preços, sendo a SLN a infiel proprietária do referido banco. É falso que os obscuros meandros estejam na declaração de bens do Tribunal Constitucional, que referiu.
Remeteu para o site da PR a explicação do mais grave atropelo ao regime democrático, a insinuação de que o Governo estaria a fazer escutas a Belém, intriga a que estão ligados os nomes de Fernando Lima, seu assessor, e José Manuel Fernandes, director do Público, a configurar uma tentativa de subversão do regime.
Finalmente, sem responder a uma única pergunta, limitou-se a reiterar a sua seriedade em relação aos impostos (até paga a mais para evitar problemas, segundo disse), como se isso estivesse em dúvida, e sem que Alegre o confrontasse com a ficha da PIDE onde o desprezo pela ortografia e as razões da denúncia da mulher do sogro ficaram por explicar.
Assim, não.
Cavaco não respondeu a uma só pergunta pertinente. Ignorou a cobardia do seu silêncio perante a humilhação feita a Portugal na República checa, quando, durante a sua visita, o respectivo presidente teve o mau gosto de brincar com o défice português.
Ignorou a crítica de Alegre por ter feito uma visita à Madeira impedido por Alberto João Jardim de fazer uma sessão no Parlamento Regional, por ser um «bando de loucos», e acabar por reunir-se com os partidos num hotel, sem respeito pela função presidencial.
Acusou a Administração do BPN de ter sido incapaz de recuperar o banco, um caso grave de polícia, como se o que estivesse em causa não fossem as acções da SLN que ele e a filha Patrícia compraram e venderam sem se saber quem os convidou e fez os preços, sendo a SLN a infiel proprietária do referido banco. É falso que os obscuros meandros estejam na declaração de bens do Tribunal Constitucional, que referiu.
Remeteu para o site da PR a explicação do mais grave atropelo ao regime democrático, a insinuação de que o Governo estaria a fazer escutas a Belém, intriga a que estão ligados os nomes de Fernando Lima, seu assessor, e José Manuel Fernandes, director do Público, a configurar uma tentativa de subversão do regime.
Finalmente, sem responder a uma única pergunta, limitou-se a reiterar a sua seriedade em relação aos impostos (até paga a mais para evitar problemas, segundo disse), como se isso estivesse em dúvida, e sem que Alegre o confrontasse com a ficha da PIDE onde o desprezo pela ortografia e as razões da denúncia da mulher do sogro ficaram por explicar.
Assim, não.
Comentários
Defensor e Lopes tinham ensaiado o caminho...
Valupi no Aspirina também lhe deu
dicas...
Alegre ficou nas covas e mais uma vez fez um bom trabalho a Cavaco...
Eu passei a um filme, irritado com muitas dores na alma...
abraço
Partilho a frustração com o debate. Ou com o desastre?
Já se imaginou o que sucederia se Sócrates tivesse transaccionado acções da SLN e pusesse a correr que temia estar a ser escutado, o que, aliás, sucede à revelia da lei e do respeito institucional?
Os debates têm de ser preparados. Tem de ser feito o trabalho de casa. M Alegre vale mais do que, ontem, transmitiu.
E, não se pode queixar de Cavaco que, por diversas vezes, deu o flanco...
As campanhas eleitorais oferecem escassas oportunidades de esclarecimento dos portugueses. Não conseguir aproveitá-las é um lamentável desperdício.
Porque de resto nestes debates tocam-se em muitos assuntos pela rama... E não se avança!
Frustação é, de facto, a palavra que define este debate.
feitas por senhores da oposição, empresarioas, que às vezes é a mesma coisa
no contexto dos varios ataques as dividas soberanas
e eu terei contraposto, do próprio PR, que se permitiu falar da "situação insustentavel do país"...
Sexa. anteontem falava da responsabilidade do que se diz aos credores internacionais...
teria sido opportuno se Alegre, ao menos, lhe tivesse contraposto estas declarações e custos respectivos na subida em alta dos juros nos dias que se seguiram...
Nada... foi frustrante...
para mim a unica coisa boa do debate, foi por antitese, o efeito viagra euforia de cavacu
que o fez perder o tino e desbaratar suas energias indecentes sobre sua gente da CGD
mostrando mais uma vez a sua má formação moral e outras...
enfim abraço, e aluta continua