O regresso do fascismo através de um sindicato


"Há uma cultura em certos sectores políticos, nomeadamente no PS, de não conviverem bem com a independência dos juízes e dos tribunais, com a autonomia do Ministério Público", afirmou António Martins ao Correio da Manhã, acrescentando que na sua opinião houve um "completo erro de casting" na equipa do Ministério da Justiça "começando pelo ministro, mas continuando no secretário de Estado".

Nota: Quem fiscaliza este exótico sindicato e o militante político que o dirige?

Comentários

Os sindicatos dos juízes e dos agentes do Ministério Público são os piores cancros da Justiça em Portugal. Comportam-se declaradamente como partidos políticos - o próprio Procurador-Geral da República o disse - de oposição ao Partido Socialista e, de um modo geral, aos poderes legislativo e executivo, em cuja esfera de acção interferem desbragadamente - veja-se esta entrevista do sindicalista Martins - sem o mínimo respeito pelo pricípio constitucional basilar da separação de poderes.
Com esse comportamento os magistrados só se descredibilizam.
A classe dos juízes, ainda há não muito tempo uma das mais respeitadas pela opinião pública, é hoje uma das mais desacreditadas. As pessoas podem ter medo dos juízes - e têm boas razões para isso... - mas não têm por eles o mínimo respeito. E a culpa não é do Governo, como eles dizem, mas sim do seu sindicato, que age como um grupo de arruaceiros, de politiqueiros de baixo estofo, de meros funcionários públicos movidos apenas pela defesa dos seus injustificados privilégios e pela cobiça do "vil metal".
Mas eu se fosse ao Governo não me preocupava nada com os ataques dos juízes e dos procuradores. É que estes já desceram tão baixo na consideração popular que o povo, quado os vê lutar contra o Governo, toma o partido deste contra eles. Os tiros saem-lhes pela culatra!
A única coisa que nos deve preocupar como cidadãos é que os juízes, ao desacreditarem-se assim , desacreditam a própria Justiça, que é um pilar absolutamente essencial do Estado de Direito.
Parece-me que os juízes dignos desse nome, se querem recuperar o prestígio que tinham e que lhes é devido -para bem deles e do país -têm de começar por desautorizar o espúrio sindicato que pretende representá-los.
e-pá! disse…
A situação atingiu o intolerável num regime democrático, onde a separação de poderes é um dos seus pilares.

Julgo que as afirmações do Sr. Dr. juiz António Martins, a coberto de uma pretensa "imunidade sindical" que, manifestamente, exorbita, merecem ser apreciadas pelo Conselho Superior da Magistratura.

Depois deste arrasoado de deslocadas considerações tornam-se caricatas as atoardas da ASJ dirigidas ao Bastonário da Ordem dos Advogados que há muito vem denunciando esta "deriva justicialista"...
Para reforçar o meu comentário anterior, leia-se este excelente post que acabo de ler no blog www.incursoes.blogs.sapo.pt:


http://incursoes.blogs.sapo.pt/1451354.html

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