A ENTREVISTA DE PASSOS COELHO
Por dever cívico, fiz ontem o supremo sacrifício de perder quase uma hora do meu serão a assistir à entrevista da TVI ao Dr. Passos Coelho. Ouvi mais do que vi, pois estive quase todo o tempo a olhar para o lado, porque confesso que os meus nervos já toleram mal a visão deprimente dos facies de personagens como o dito primeiro-ministro, o “impressionante” Vítor Gaspar ou o equivalente Miguel Relvas.
Perdi o meu tempo e irritei-me sem qualquer proveito, pois não ouvi nada de novo. Ouvi a troika a falar pela boca do entrevistado. Ora, assim como assim, vale mais conhecer o original do que a cópia. E o original é, por exemplo, a entrevista que o inefável Mr. Abebe Selassié, “olhos e ouvidos” do FMI para Portugal, concedeu há dias ao “Diário de Notícias”.
O conteúdo dessa entrevista pode resumir-se nas seguintes palavras sobre ela escritas por Nicolau Santos no último “Expresso”:
“Ou seja, está tudo a correr conforme os planos, tirando o falhanço no cumprimento das metas do défice, o afundamento do investimento e do consumo privado, o disparo do desemprego, o aumento exponencial das falências, o não acesso ao crédito por parte das pequenas e médias empresas e o brutal aumento de impostos.”
Isto disse Nicolau Santos. Mas a mim fica-me a seguinte dúvida angustiante: não estará a maior parte dessa “exceções”, designadamente o afundamento do investimento e do consumo, o disparo do desemprego, o aumento exponencial das falências, o não acesso ao crédito por parte das pequenas e médias empresas e o brutal aumento de impostos, também “conforme os planos”? Parece-me bem que sim!
Perdi o meu tempo e irritei-me sem qualquer proveito, pois não ouvi nada de novo. Ouvi a troika a falar pela boca do entrevistado. Ora, assim como assim, vale mais conhecer o original do que a cópia. E o original é, por exemplo, a entrevista que o inefável Mr. Abebe Selassié, “olhos e ouvidos” do FMI para Portugal, concedeu há dias ao “Diário de Notícias”.
O conteúdo dessa entrevista pode resumir-se nas seguintes palavras sobre ela escritas por Nicolau Santos no último “Expresso”:
“Ou seja, está tudo a correr conforme os planos, tirando o falhanço no cumprimento das metas do défice, o afundamento do investimento e do consumo privado, o disparo do desemprego, o aumento exponencial das falências, o não acesso ao crédito por parte das pequenas e médias empresas e o brutal aumento de impostos.”
Isto disse Nicolau Santos. Mas a mim fica-me a seguinte dúvida angustiante: não estará a maior parte dessa “exceções”, designadamente o afundamento do investimento e do consumo, o disparo do desemprego, o aumento exponencial das falências, o não acesso ao crédito por parte das pequenas e médias empresas e o brutal aumento de impostos, também “conforme os planos”? Parece-me bem que sim!
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