A CGTP, a UGT e o sindicalismo português

Os tempos vão maus para o sindicalismo, com o emprego e os salários a encolherem e a desmoralização no mundo do trabalho, submetida à maior ofensiva do pós-25 de Abril.

Os trabalhadores, na angústia da sobrevivência e no medo do desemprego, quando não são os empregadores a dissuadi-los, optam pela não sindicalização ou dispersam-se por grupos sem poder reivindicativo, estratégia sindical ou autonomia política.

Só duas centrais sindicais têm resistido, embora perdendo força, à lenta agonia a que as condenaram a crise económica e os detentores do poder.

A CGTP, cada vez mais fundida com o PCP, a única com capacidade de reivindicativa e força anímica para lutar, tem dificuldades ideológicas na mobilização dos trabalhadores que lhe rejeitam o sectarismo ou têm preconceitos contra a área política que a capturou.

A UGT, progressivamente irrelevante e com piores dirigentes, tem definhado na aliança promíscua com o patronato de quem parece estar a tornar-se porta-voz.

Neste ambiente malsão, os trabalhadores, desmoralizados, ficam à mercê dos patrões e do bando governativo que um frágil sindicalismo deixa progressivamente à solta.

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