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A mostrar mensagens de setembro, 2014

SMN e 'mata-ratos'…

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O aumento do salário mínimo acordado entre o Governo e (alguns) parceiros sociais parece ter ‘incomodado’ Bruxelas. Não vou tecer considerações sobre a justeza desta medida (que muitos portugueses consideram tardia e exígua).  Mas a reacção de Bruxelas, através do porta-voz do comissário europeu para os asssuntos económicos e financeiros, Simon O’Connor, é simplesmente nauseabunda ” link .  Mais uma vez invoca-se a competitividade e o emprego para justificar e impôr ou fazer reverter medidas. Em momento algum, nestes últimos 3 anos, Bruxelas foi capaz de se interessar e opinar sobre o empobrecimento brutal a que fomos submetidos e a destruição sistemática do País (e não só da competitividade e do emprego). Mas o porta-voz europeu aparece muito lampeiro a desqualificar o tímido aumento do salário minímo classificando-o como “temporário” link , parecendo apostado em revertê-lo na próxima ‘ acção de vigilância ’ da troika, prevista para a 2ª. quinzena de Outubro l

Com os nervos à flor da pele

A retumbante vitória de António Costa pôs os nervos em franja a muita gente. À direita porque é mais difícil de o derrotar e à esquerda porque recolhe aí muitas simpatias. Não admira, pois, que militantes de outros partidos «aconselhem» o que os militantes do PS devem exigir a António Costa. É uma pena que os partidos não sejam todos a extensão da nossa vontade, o instrumento dos nossos desejos, o veículo das nossas ambições, mas a realidade é outra. Os partidos são o que cada um deles deseja e não o que os seus adversários pensam que deviam ser. Ao eleitorado cabe escolher quem mais lhe agrada. É a vida. Em democracia. Curiosamente, em vez de ser vista como uma vitória da esquerda, onde os dois últimos e inenarráveis líderes da UGT viram as ambições desfeitas e descoberto o oportunismo, à esquerda e à direita do PS cresceu o azedume, multiplicaram-se as injúrias e chegou-se ao cúmulo de escarnecer a idade de Soares, Alegre, Almeida Santos e Ferro Rodrigues, como se a velhice não f

PS: as primárias e as suas circunstâncias…

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As ‘primárias do PS’ encerraram, na noite de domingo, um penoso e longo ciclo que os socialistas tiveram de enfrentar mas o saldo é francamente positivo. O sobressalto trouxe discernimento, clarificação e outras vantagens. Será cedo para fazer um balanço concreto deste passo e  tirar ilações para o futuro, todavia, a noite eleitoral, no mínimo, conseguiu ‘arrumar a casa’. Tudo correu bem apesar das primárias terem nascido de uma manobra dilatória (4 meses) promovida pela anterior direcção quando confrontada por António Costa. As últimas eleições europeias fizeram soar as campainhas no seio da ‘família socialista’ o que não foi entendido por toda a gente. De facto, em Portugal não existiu um total ‘ crash ’ (como em Espanha e na Grécia) mas o aviso acerca da incapacidade de a demissionária direcção partidária funcionar com alternativa não poderia ser por mais tempo ignorado. A resposta de Seguro quando pressionado para facilitar mudanças e confrontado com a pública e direc

O mau humor de Jerónimo de Sousa

Seria hipócrita para com os meus amigos no PCP se não lastimasse as declarações infelizes do Jerónimo de Sousa, no momento da retumbante vitória de António Costa, o candidato que repudiou a expressão de «partidos do arco do poder». Considerar «uma farsa» as primárias do PS é de quem perdeu o juízo. Perdeu o respeito que eu lhe tinha e a consideração que merecia o líder de um partido com a mais honrosa herança da luta contra a ditadura. Os militantes devem pensar se é esta liderança que defendem ou a unidade de esquerda que ainda há quem deseje na área do PS.

Algumas notas sobre a vitória de António Costa, em jeito de decálogo

1 – A vitória, na expressão que assumiu, ultrapassa a dimensão política do candidato e alarga a confiança no PS; 2 – Os democratas que lhe deram a esmagadora maioria mostraram o respeito que lhes merecem figuras históricas do PS, que não pertencem apenas ao partido, fazem parte da História de Portugal (Mário Soares, Jorge Sampaio, Ferro Rodrigues); 3 – A derrota da direita, em especial de Cavaco Silva e Passos Coelho, não é apenas um ajuste de contas, é o sentimento de repulsa pelos seus mandatos e pela imputação ao PS da irresponsabilidade que lhes cabe no descalabro a que nos conduziram; 4 – A tentativa de demonizar Sócrates, como apoiante de António Costa, saiu frustrada a quem pretende esquecer o BPN, BCP, BPP, Banif, GES/BES, submarinos e sobreiros, e não se esquece de lembrar alegados crimes de que nunca foi arguido o antigo PM; 5 – A mudança que estas eleições mostraram pretender não foi um ajuste de contas com antigos dirigentes do PS mas com os atuais da coligação no p

Parabéns, António Costa

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Não sendo militante do PS, e não me tendo inscrito como simpatizante, não me atrevo a participar nos festejos da retumbante vitória de António Costa. Limito-me a felicitá-lo, a desejar que o PS corresponda ao entusiasmo que o futuro líder despertou e que aceite, como deve, os resultados de uma pugna que o secretário-geral demissionário desenhou. A saída de cena de António José seguro foi digna e esteve à altura de quem compreende que o ressentimento não seria digno do seu passado. Espero, finalmente, que seja breve o cumprimento da profecia de António Costa: «Este é o primeiro dia dos que restam ao atual Governo».

PROTESTOS MÚLTIPLOS MAS INÓCUOS

Os advogados protestam - cheíssimos de razão - contra o mapa judiciário e outras malfeitorias. Mas só protestam contra a ministra Paula von Hafe. É a ministra para aqui, a ministra para acolá, sempre a ministra, a ministra, a ministra... Os professores protestam, com toda a razão, contra as muitas malfeitorias de que são vítimas. Mas só protestam contra o ministro da Educação. É o Crato, o Crato, o Crato... E assim por diante, com todas as classes que protestam. Ora assim não vamos lá. Não se resolve problema nenhum. É que os ministros são simples membros do governo, meros executantes do programa do governo. O verdadeiro responsável é o governo. E este não recua um milímetro nas suas desastrosas políticas, servindo-se dos ministros como de escudos para aparar todos os golpes, ficando ele incólume. É pois contra o governo que é preciso protestar. Senão é como se protestássemos contra o porteiro e não contra o dono da casa. E se protestássemos todos juntos e ao mesmo tempo, o

O Governo, BES e o esquema gasto, estafado e saqueador…

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Começa a desmontar-se mais uma rábula deste Governo. A da sua ‘não-interferência’ no caso BES/GES. Segundo relatos vindos a público na imprensa o Governo tomou a ‘opção política’ de não injectar no BES através do fundo de recapitalização da Troika link .  Não está em causa a ‘bondade’ desta opção anteriormente usada nos casos BANIF, BCP e BPI que apresentavam problemas com a sua capitalização (racio de capital exigido pelo BCE) cujo fim é ainda difícil de prever. Por outro lado, a nova solução ‘Fundo de Resolução’, aparentemente fora do perímetro das Finanças Públicas, embora alimentada por fundos públicos, teoricamente endossada ao ‘sistema bancário’ nacional, sendo de um experimentalismo atroz, não tem provas dadas, nem desfecho seguro (para os contribuintes).  O que parece inegável é que a solução da crise financeira, em nenhum País europeu, e também em Portugal, não passou ao lado dos contribuintes e esse facto deve colocar-nos de sobreaviso.  Sendo as opções polít

28 de setembro – efemérides

1864 – Faz hoje 150 anos que Karl Marx organizou, em Londres, a I Internacional, que deu origem à criação dos primeiros partidos sociais-democratas e socialistas. A política e o mundo nunca mais foram os mesmos. 1978 – Morre, no Vaticano, o papa João Paulo I, após 33 dias de pontificado. Os crentes desconhecem se foi vontade do seu Deus ou decisão dos homens que o rodeavam.

Um país abúlico à espera de D. Sebastião

Os garotos maltratados tornam-se malhadiços. À força de suportarem agressões dos pais e dos colegas, resistem à dor e à humilhação, indiferentes às feridas e cicatrizes que os acompanharão na vida. À semelhança de garotos, a quem a sorte reservou a pobreza, a vergonha e o sofrimento, os países tornam-se malhadiços. Quando mergulham na apatia, refugiam-se na amnésia e suportam a incúria de quem manda e a arbitrariedade de quem decide. Os portugueses que, ainda há 4 anos, desciam à rua, revoltados com os abanões sofridos pela crise financeira internacional e a falta de resposta do governo, sofrem agora a mais implacável ofensiva de quem não olhou a meios para atingir o poder e não abre mão do pote em que se repoltreia à tripa forra. Renunciaram ao direito à indignação. Souberam da condenação alemã, por suborno, dos vendedores de submarinos. Foram condenados os delinquentes e preso um ministro grego subornado. Em Portugal não se passou nada. O banco BPN, arrasta na lama a fina flor

Factos & documentos

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Os seráficos apelos de cavaco Silva

Os seráficos apelos de Cavaco Silva Vindo da clandestinidade onde mergulhara, o homem mais sério de Portugal e um dos mais sérios de Boliqueime, surgiu ontem para proferir o veredicto sobre a colaboração de Passos Coelho na Tecnoforma: “Passos prestou todos os esclarecimentos”. Dada a reputação de Cavaco Silva com as ações da SLN, a casa da Coelha e o alegado caso das escutas, sem falar dos vizinhos e antigos colaboradores, acabou, perante os portugueses mal formados, a comprometer ainda mais o PM de quem se fez porta-voz. Depois, reincidindo na obstinada crença de que está vivo, apelou à colaboração de todos para ajudarem a resolver o problema Citius. Só uma alma generosa, amigo da harmonia partidária, que tanto se esforça por promover, poderia apelar ao empenho coletivo para resolver o enigma de um sistema informático. Aqueles assessores devem ter-lhe dito que o Citius era o local onde se armazenavam os processos judiciais e se tinham perdido 3,5 milhões. Pensou o PR, em seu

O estertor do inocente Passos Coelho

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Um remediado que decidiu, segundo a sua consciência, ser consultor de uma empresa de formação de técnicos de aeródromos e heliportos da Região Centro, entendeu que as atividades extraescolares de aeromodelismo lhe davam equivalência às competências necessárias para o cargo. Não admira, pois, que tivesse prescindido de quaisquer pagamentos que não fossem o ressarcimento de despesas em menus turísticos e deslocações nos autocarros da Carris. Ser acusado de fugir ao fisco quem foge de mostrar as contas bancárias, referidas numa denúncia anónima, é uma calúnia injusta para quem ajudou a formar, com a capacidade que demonstra a governar, mais de mil técnicos cuja ausência de uma única certificação nada prejudicou os formandos porque não existia qualquer vaga. Quem pretende conferir os montantes dos bilhetes de metro e das refeições de serviço de quem graciosamente ofereceu o tempo vago da dedicação exclusiva de deputado, só está interessado no striptease das contas bancárias a des

A suivre…

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Hoje, o primeiro-ministro dignou-se prestar declarações ao Parlamento sobre o imbricado caso Tecnoforma/CPC, seus mandatos de deputado entre 1991-99 e situações fiscais daí decorrentes. Garantiu que não cometeu ilicitudes nomeadamente quanto ao recebimento de quantias regulares de empresas ou de uma ONG com quem admitiu ter colaborado. Concedeu que foi ressarcido de despesas (delocações e alimentação) por essa ONG mas que não usufruiu de um vencimento regular/mensal. Não especificou (apesar de solicitado a fazê-lo) os quantitativos que efectivamente usufruiu por conta dessa esporádica (?) e desinteressada colaboração. Não condescendeu no levantamento do sigilo bancário para fazer a demonstração cabal e factual do que afirmou. Não autorizou que os deputados da Assembleia da República tivessem acesso às declarações fiscais arquivadas e que fazem parte do processo de concessão de um subsídio de reintegração, com base na exclusividade a ser concedida ‘à posteriori’ para exercício

O País, o PS e o futuro

Interessam-me mais o País e o regime democrático do que o PS, mas reconheço que um e outro precisam deste partido. Não tomei posição por qualquer dos candidatos a líder, candidato a PM é uma tolice que não se discute entre dois militantes, resolve-se nas eleições legislativas onde o partido mais votado é convidado a formar Governo. Não me é indiferente o candidato que saia vencedor. Tenho preferências marcadas mas não as manifesto porque não sou militante do PS, não me inscrevi como simpatizante e não quis aumentar o ruído e a sangria em que o PS se esvaiu com militantes a optarem por destruir o inimigo interno em vez de combaterem os adversários que desbarataram o País e comprometeram a democracia. Dos debates ficou-me a ideia de que saíram claramente vencedores Marinho e Pinto e a abstenção. Quanto ao primeiro não tenho a menor dúvida e temo que, depois da decisão, persistam as lutas intestinas que arruínam o partido e arriscam o futuro do PS e do País, se ainda há futuro com a

A FRASE

«Não procures encomendas assinadas pelo general franco, não as encontrarias, os ditadores só usam a caneta para assinar condenações à morte». (No telefonema de felícia para artur paz semedo, in «Alabardas», pág. 29, de José Saramago). Comentário: As 77 páginas de Alabardas, incluindo ilustrações de Günter Grass, outro Nobel da Literatura, são as capelas imperfeitas do Mosteiro da Batalha, onde a beleza do que são antecipam a perfeição que seriam. Saramago, o maior ficcionista português, continuou a sê-lo em todos os dias que ainda foram seus.

O Catur e o funeral do Martins (Crónica) – No 50.º aniversário do começo da guerra

Não adivinhava, quando, há dias, quis libertar-me de uma dolorosa memória e fazer a catarse de uma época, que a publicação da crónica, no mural do facebook, coincidiria com o 50.º aniversário da proclamação da insurreição geral pelo Comité Central da Frelimo. Precisei de confirmar com antigos camaradas alguns pormenores e ocultei os mais macabros, que ainda doem muito. Os telefonemas ditaram a coincidência. Há, pois, cinquenta anos que começou oficialmente a guerra colonial em Moçambique. Triste efeméride que um ditador, na sua obstinação, prolongou. Amargo acontecimento que tantas tragédias semearia. Na coincidência da data há uma sinistra ironia. Volvidas quatro décadas e meia, com fraturas ainda expostas e a sangrar por dentro, não esqueço a sinistra governação salazarista. Foi ela, com os seus sequazes, a responsável dos dramas dos retornados e das cicatrizes que transportaram, das vidas que se esvaíram em ajustes de contas que o ódio acirrou, as tragédias semeadas por quem não

Factos & documentos

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Resolução 2178 do CS da ONU

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A resolução 2178 do Conselho de Segurança da ONU , aprovada por unanimidade a 24 de Setembro de 2014, visa combater o terrorismo link. Trata-se de um propósito que mereceu uma aprovação unânime neste organismo internacional. O extenso documento percorre várias vertentes desta problemática que, de modo crescente, inquieta o Mundo e põe em risco a paz e a segurança internacional e enfatiza especialmente a cooperação internacional e o respeito pela soberania dos Estados membros, no combate a este flagelo. Fundamentalmente, o equacionado pela presente resolução – sublinhando o respeito pela carta do Direitos Humanos e o Estado de Direito – foram questões relativas à mobilidade, circulação e recrutamento de pessoas, bem como, o controlo alfandegário, fronteiriço, dos aeroportos e das listagens de passageiros, dos ditos ‘combatentes do e pelo terror’ no Mundo. Esta resolução com carácter vinculativo deverá ser inscrita e enquadrar as legislações nacionais. Não foi possível – como

O Catur e o funeral do Martins (Crónica)

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Numa placa de bronze da estação do Caminho de Ferro estavam gravadas em relevo, em letras maiúsculas, as seguintes palavras: «Aos 12 dias do mês de Abril de 1964, Sua Ex.ª o Governador Geral de Moçambique, Contra Almirante Manuel Maria Sarmento Rodrigues, deu início aos trabalhos de construção do último troço do Caminho de Ferro para a cidade de Vila Cabral», com letras destacadas para o Governador e a cidade. Era do Catur, onde chegavam de comboio, que partiam as tropas, em viaturas militares, para o distrito de Niassa, rumo a Malapísia, Massangulo e Leone ou, com passagem por Vila Cabral, para Meponda, Litunde, Cantina Dias, Unango, Chiconono, Maniamba, Metangula,  Nova Coimbra, Lunho, Miandica, Cobué, Macaloge, Valadim, Luatize e, no  extremo norte, Pauíla e Olivença. Colunas de viaturas levavam as Companhias cujos militares aguardavam o paludismo, a morte e os aleijões, do corpo e da mente, na guerra inútil e criminosa que uma ditadura quis, até ao golpe de misericórdia, de u

24 de sembro de 2014

Era o homem que afirmava que sentiria a pior vergonha se tivesse um filho gatuno, que perder os pais era uma dor que não se apagava, mas perder um filho seria insuportável. Sabia que o sofrimento nunca é para quem parte e sempre para quem fica. Nunca o vi ajoelhado, republicano e laico, tendo como referência os homens da primeira República, na sua austeridade, dedicação ao serviço público e princípios éticos de quem se rege por valores e não transige. Quando o filho mais velho foi para a guerra colonial deu a um cão o nome de Manholas, o epíteto por que era conhecido o ditador, e, mais tarde, crismou de Apirético a um gato, quando o boletim clínico diário do referido ditador anunciava que «Sua Excelência» se mantinha apirético. Era um homem bom e justo. Generoso e incorruptível. Merecia que os filhos e os netos se reunissem hoje com as famílias que formaram e os bisnetos que vieram, no almoço que evocasse o casal donde saíram, o casamento de 56 anos, o amor que desfrutaram e o ex

A demissão de Gallardón – coerência e intolerância

Alberto Ruiz Gallardón pôs fim a uma carreira política de trinta anos e às aspirações de quem liderou o município e a Comunidade de Madrid e exerceu os mais altos cargos no Partido Popular espanhol. Ontem demitiu-se de ministro da Justiça, da liderança do PP e de deputado, anunciando a renúncia irrevogável à vida política. O antigo aluno dos jesuítas, devoto e reacionário, na demente obsessão misógina, quis revogar o direito de as mulheres abortarem em casos de malformação fetal. Só o risco de saúde física, psíquica e de vida e a violação da mulher ficavam ao abrigo de sanções penais nos casos de IVG. O projeto de lei de Gallardón, encomendado pelo PP, tinha sido aprovado em Conselho de Ministros mas as sondagens esmagadoras que o repudiavam e as convulsões sociais, dentro do próprio partido, fizeram recuar Rajoy, que, pragmático, preferiu esquecer as promessas, temendo as próximas eleições, e sujeitar-se à herança legislativa do PSOE. Deve admirar-se em Gallardón a coerência e a

O Estado Islâmico e a geoestratégia

A alegada coligação internacional já está a invadir a Síria, com alvos que não são claros, e, a partir daí, pode desestabilizar todo o Médio Oriente. Entretanto, atingiram os mais altos postos da organização terrorista os oficiais que não são árabes. São georgianos e chineses que, no futuro, podem levar a guerra à Rússia e à China. Eu não acredito em bruxas mas acredito que a Nato existe.

23 de setembro – efemérides

1817 – A Espanha e o Reino Unido ratificam o acordo que prevê a abolição do tráfico de escravos. Foi há tão pouco tempo. Que Humanidade esta, escrava de livros santos e da perfídia de que o homem é capaz ! 1822 – A Assembleia Constituinte aprovou a primeira Constituição Portuguesa saída da Revolução Liberal de 1820. D. João VI jurá-la-ia a 1 de outubro. Nesse dia, a memória de Gomes Freire de Andrade foi vingada, o garrote que em frente ao Forte de S. Julião da Barra o assassinou ficou como marco ignominioso do absolutismo monárquico e da origem divina do poder. Este primeiro passo, na caminhada para a democracia, sofreria ainda o trogloditismo do Sr. D. Miguel, filho dileto de D. Carlota Joaquina e improvável de D. João VI, caceteiro e absolutista, que, com a ajuda do clero e dos meios embrutecidos, pretendeu o trono e o regresso ao poder absoluto. A História tem retrocessos mas acaba sempre por avançar dois passos, depois de dar um atrás. A monarquia terá, com o senhor D. Mig

Passos Coelho e as trapalhadas legais

Se o primeiro-ministro, ainda que virtual, se furtou ao dever de entregar no Tribunal Constitucional (TC) a declaração de rendimentos e património da cessação de funções de deputado, perdeu a legitimidade para exercer cargos públicos. Se o ora virtual primeiro ministro esqueceu se recebia ou não, o complemento de 5 mil euros de uma empresa de atividade duvidosa, de honestidade suspeita e de eficácia nula, não está em causa apenas o oportunismo e o caso de polícia que o tempo  fez prescrever, revela o carácter pessoal e a ilegitimidade de quem alegadamente governa para exigir ao País os sacrifícios que o empobreceram. Não há maioria da Assembleia da República que possa eticamente esconder desmandos, a havê-los, que permitam a Passos Coelho esconder as contas bancárias de há 14 anos e de as ver confrontadas com o cumprimento das obrigações fiscais. Fiscalmente, os crimes prescrevem mas, politicamente, ficam como nódoa indelével da conduta de quem os praticou. Pode Passos Coelho ser

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Ataque ao site da Comunidade Islâmica de Lisboa: divagações históricas …

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O ataque informático ao site da Comunidade islâmica de Lisboa (CIL) é um incidente provocatório datado e exploratório que não deve ser desvalorizado mas sim interpretado à luz de um longínquo trajecto histórico 'esquecido'. Os apelos jihadistas inscritos no site (não os reproduzo intencionalmente) estão ligados ao conceito do ‘Al-Andaluz’ e integram uma estratégia de disseminação do terror. Esta parece ser a base consensual das interpretações possíveis. Portugal apesar de ter sido um dos países do Ocidente que conheceu a ocupação e naturalemente a influência moura (e não propriamente árabe) pouco sabe sobre as circunstâncias que envolveram o islamismo no processo bélico que então ocorreu. É um período da nossa História relativamente mal-tratado na formação escolar, cultural e cívica dos portugueses. Existem outros episódios, como por exemplo a dominação filipina, mas o 'Interregno' configura um outro assunto. Para além do ênfase atribuído aos primeiros r

O 1.º auto de fé português – 474 anos depois

Em 20 de setembro de 1540 teve lugar, em Portugal, o primeiro auto de fé. No sábado passado fez 474 anos que se realizou em Lisboa, na Praça do Rossio, o primeiro ato de pia devoção inquisitorial, com a presença da Corte, quase seis décadas depois de, em Sevilha, terem sido executadas 6 pessoas, homens e mulheres. A Espanha sempre foi mais devota do que Portugal e mais precoce a incinerar judeus, bruxas, hereges  e outros inimigos da única fé verdadeira. Imagine-se o entusiamo piedoso de ver grelhar um herege, uma bruxa ou um judeu para glória divina! Podia o rei, a rainha e a mais alta nobreza deixar sozinhos os clérigos que se esforçavam para obter confissões de heresia, relações sexuais com o demónio e mais relaxações que só a fogueira redimia!? Quando vejo os chalados de Maomé a rebolarem-se de gozo com uma decapitação ou a lapidação de uma adúltera, com chicotadas públicas ou outras punições aprovadas pelo Profeta, não posso esquecer o entusiasmo com que no Rossio, no terrei

Hawking

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Numa interessante entrevista ao jornal  El Mundo o astrofísico e pensador britânico Stephen Hawking lançou achas para a fogueira no sentido de se reabrir o profícuo e necessário debate entre a Ciência e a Religião. Disse: “No passado, quando não entendíamos a ciência, era lógico crer que Deus criou o Universo. Mas agora a ciência oferece uma explicação mais convincente. O que quis dizer quando disse que conheceríamos a ‘mente de Deus’ era que comprenderíamos tudo o Deus seria capaz de compreender se acaso existisse. Mas não há nenhum Deus. Sou ateu. A religião crê em milagres, mas estes não são compatíveis com a ciência”… link .

Expliquem ao Governo

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Passos Coelho, a Tecnoforma e a memória

Passos Coelho foi acusado de alegados pagamentos da Tecnoforma, tão injustamente como Cavaco Silva de ter adquirido a casa da Coelha de forma pouco transparente. Só a perseguição aos políticos de direita, graças a uma comunicação social, nas mãos de socialistas e comunistas, pode explicar esta sanha para quem usa na lapela a bandeira de Portugal e esconde o cravo para não denunciar simpatias de esquerda. Os perseguidos não são de direita, como a comunicação social julga. Aí, engana-se. São comunistas, bloquistas e socialistas infiltrados no PSD e no CDS para desacreditarem os respeitáveis partidos. Alguém duvida de que Duarte Lima, João Rendeiro, Jardim Gonçalves, Dias Loureiro, Arlindo de Carvalho, Joaquim Coimbra, Oliveira e Costa e muitos outros são agentes do PCP infiltrados para desacreditarem a direita? Ou julgam que a família Espírito Santo não esteve na URSS, na sequência do 25 de Abril, a receber formação ideológica? Agora que o PM é genuinamente de direita, a esquerda

O Vaticano sob ameaça

A segurança da Basílica de S. Pedro foi reforçada na sequência da ameaça de um ataque terrorista e o embaixador do Iraque comunicou à Imprensa italiana que os jihadistas querem matar o Papa. Os jihadistas são assaz chanfrados para tentarem eliminar a concorrência e não restam dúvidas de que o Papa era um troféu simbólico importante para a corja, mas ficaria mal visto o Vaticano se as bênçãos de sucessivos papas não tivessem o poder de esconjurar tão diabólicas intenções num local repleto de santidade. Uma teocracia, a transbordar de água benta e incenso, não pode deixar que demonífugos secularmente usados com eficácia se transformem em placebos. Há, pois, um duplo receio na ameaça, a concretização de um crime e o desprestígio para a parafernália pia com que se invoca a proteção divina. Esperemos que a cruz, capaz de repelir demónios, afaste os criminosos que deviam estar no manicómio ou na prisão.

Santana Lopes – Provedor da Misericórdia de Lisboa

Há dias a comunicação social referiu que uma auditoria à Misericórdia de Lisboa punha em causa a sua viabilidade futura. Tal como as trovoadas de maio, a notícia apareceu de repente e extinguiu-se a seguir. Anteontem, a Visão trazia uma entrevista ao benemérito gestor que tinha começado no dia anterior o segundo mandato para que Passos Coelho o reconduziu. É do conhecimento público a relevante importância social da instituição cujo monopólio dos jogos, com exclusão dos casinos, lhe garante somas astronómicas. Contrariamente às «Santas Casas da Misericórdia», não raro pouco santas e onde a misericórdia começa pelo provedor, a Misericórdia de Lisboa é do Estado. As outras são diocesanas e cabe ao bispo o poder discricionário sobre as nomeações e destituições dos «irmãos mesários». Santana Lopes ofereceu-se para provedor, lugar a desempenha gratuitamente, apesar de se lhe conhecer mais tendência para o esbanjamento do que para a gestão, como deixou provado nas Câmaras da Figueira da F

Passos Coelho e tributárias convicções…

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Uma revista semanal levantou a hipótese do actual primeiro-ministro estar a ser investigado no âmbito de eventual acumulação ilícita de vencimentos quando, entre 1997 e 1999, exercia funções de deputado da República, em regime de exclusividade link . O gabinete do primeiro-ministro declarou que o governante está ‘convicto’ de que cumpriu as suas obrigações link . Ora bem, grande número de portugueses e portuguesas estarão também convictos que não viveram acima das suas possiblidades e não foi por alimentarem essas ‘convicções’ que escaparam a duras medidas de austeridade ou passaram ao lado de tremendos sacrificios.  É público que a empresa onde Passos Coelho trabalhou (Tecnoforma) está a ser investigada pelo Ministério Público (DCIAP). O processo está, como é de Lei, em segredo de Justiça e, como refere o comunicado da PGR, “ não corre, até à data, contra pessoa deteminada ” link .   Idêntica resposta foi proferida em 22 de Fevereiro de 2013 (há ano e meio) link e seg

Quo Vadis, Seguro?

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O que se passa no PS link ? As alterações sugeridas pelo actual candidato a candidato a primeiro-ministro António José Seguro sobre ‘urgentes’ alterações à lei eleitoral, a serem concertadas até ao final deste ano com a actual maioria, configuram, em todo o seu esplendor, aquilo que em política se designa como um ‘tiro no pé’. A partir daqui será difícil, para o ainda líder do PS, gerir a indispensável articulação política com a sua bancada parlamentar, o que traduz um agravamento da situação recorrente que já o levou a ‘anular-se’ no passado (conforme assinalou) e as suas prestações serão (seriam), de futuro no mínimo penosas. A imagem que fica é que nas campanhas eleitorais, ao contrário do que tem sido afirmado, continua a ‘valer tudo’.  As circunstâncias e o timing em a proposta de Seguro surge roçam, de facto, as raias do ‘populismo’. A sua inclusão na agenda política do PS, neste momento, sem prévia discussão política interna é, como diz António Costa, o ‘ epitáfio de

Deus & o Diabo, SARL

Há para aí quem acredite no Deus que ditou a um pastor de camelos, analfabeto e tribal, um livro tão detalhado, onde, da gastronomia ao sexo, da discriminação das mulheres à interdição do álcool, do número de orações diárias às relações sexuais, determinou tudo para se cumprir a sua vontade. Ontem, na Austrália, a polícia frustrou um plano para decapitar pessoas, ao acaso, para infundir o terror de que o misericordioso Profeta gosta. Esse Deus, tão rude e violento como o destinatário, afiançou-lhe que a sua tribo era a predileta, que as outras eram infiéis e deviam ser assassinadas pela seguinte ordem: primeiro judeus, depois, cristãos e, finalmente, todos os que não prestassem vassalagem ao profeta. Antes desse esquizofrénico plagiador já o Deus do cristianismo tinha visitado a região,  feito milagres, pregações e ressuscitado mortos para que todos fizessem o que queria o Deus mais velho, a quem chamava pai, enquanto um pobre carpinteiro era substituído na paternidade, por uma p

Comunicado da Associação 25 de Abril -

PERGUNTA PÚBLICA, AO PRESIDENTE DA REPÚBLICA 18 de setembro de 2014 às 19:55 COMUNICADO PERGUNTA PÚBLICA, AO PRESIDENTE DA REPÚBLICA Constatando os graves problemas que se vivem na Justiça, nomeadamente nos Tribunais, Concluímos que, as Instituições não estão a funcionar regularmente. Considerando que o Presidente da República é, constitucionalmente, o garante do regular funcionamento das Instituições, Perguntamos a S. Exª o que o inibe de intervir para garantir esse regular funcionamento e responsabilizar os causadores de tudo isso. De que está à espera, senhor Presidente da República, para actuar? Lisboa, 18 de Setembro de 2014 O Presidente da Direcção Vasco Correia Lourenço

A Escócia, o referendo e o suicídio europeu

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Ainda espero que o notável, histórico e dramático discurso de Gordon Brown, o escocês que foi primeiro-ministro britânico, possa ter contido, ontem, a loucura independentista dos escoceses, que podem começar, na euforia, por se encharcarem em Whisky e, na ressaca, acabarem a desfazer-se em lágrimas. Não é tanto a mansa cisão da Escócia que inquieta, é o agressivo alvoroço que atiça em outras regiões a incontrolável atomização do espaço europeu e a redefinição inexorável de fronteiras que auguram a destruição da União Europeia e abrem portas aos exaltados nacionalismos, prenunciadores do sangue com que se definem as nações. Quando a Europa, exangue, com a economia parada e um desemprego dramático, não consegue manter a união, torna-se presa fácil da extrema-direita que não para de crescer e das competições religiosas, económicas e culturais que a dilaceram. A Alemanha, que não descansou enquanto não se unificou, compõe-se de 80 milhões de habitantes, mas a Europa, que não descan

O GES, o BES, o BPN, o Banif, o BCP e as desgraças que nos esperam

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Rui Rio, para fazer prova de vida, afirmou nesta última terça-feira que era impagável a dívida portuguesa e inexequível o memorando de entendimento, salvo se o crescimento económico atingisse níveis absolutamente imprevisíveis. Não é preciso um curso de economia para uma profecia ao alcance de um guarda-livros por correspondência. Só um Governo autista, com a missão de desmantelar o Estado, de modo a que nunca mais possa cumprir as suas funções sociais, é capaz de afirmar que o País está melhor, apesar de os portugueses estarem pior. Na Justiça só faltava o amadorismo e irresponsabilidade com que a reforma foi lançada para que 3,5 milhões de processos desaparecessem em Citius avariado. Do BES BOM, depois de anunciado como o mago de uma solução que só o governador do Banco de Portugal seria capaz de congeminar, Vítor Bento partiu sem indemnização e deu lugar a um quadro que certamente já lhe teria sido imposto, pois não é num fim de semana que se negoceia a vinda de um alto quad

O PCP, a UGT e o seu secretário-geral

Pode parecer estranho mas convenço-me de que o secretário-geral da UGT foi escolhido pelo PCP que, há muito, o infiltrou no PS. Quem defende o pluralismo no sindicalismo, na política ou na religião, é com pasmo que assiste às frequentes declarações do líder da UGT, com posições tão gravosas para os trabalhadores, que parece ter como objetivo a destruição da credibilidade que resta à Central que dirige. Carlos Manuel Simões Silva apoia invariavelmente as posições mais conservadoras do patronato e não hesitou em regozijar-se pela escolha de Carlos Moedas para comissário europeu. Só pode ter sido escolha do PCP para deixar sozinha a CGTP.

Campanha suja no Brasil

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Aliados de Marina acusam Dilma de ser o anticristo  Material de campanha distribuído no Rio de Janeiro pelos candidatos a deputado Ezequiel Teixeira e Édino Fonseca, aliados de Marina Silva, incita o ódio homofóbico e prega o extremismo religioso.

Efemérides – 16 de setembro

1973 – O cantor Vítor Jara foi assassinado pelas forças da ditadura de Pinochet, apoiada pela Igreja católica e pela CIA; 1982 – Massacre dos refugiados palestinianos nos campos de Sbra e Chatila, em Beirute Ocidental,  por milícias cristãs libanesas perante a indiferença das tropas israelitas; 2004 – Em entrevista à BBC, o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, considerou ilegal a intervenção no Iraque, perpetrada pelos cruzados Bush, Blair, Aznar e Barroso.

Cimeira de Paris: en passant

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Cimeira de Paris em 15.09.2014 Ontem, reuniram-se em Paris, sob os auspícios do presidente francês, representantes de 30 países que acordaram coligar-se para enfrentar o Estado Islâmico, recorrendo a todos os meios necessários (‘ par tous les moyens nécessaires ’) … link . Estamos perante uma iniciativa diplomática de vulto que visa agregar países para uma coligação com fins específicos e balizados.  Todavia, à margem desta Conferência, os EUA, já divulgaram a estrutura da dita coligação, mais ampla (englobará afinal cerca de 40 países), com diferentes protagonismos e funções que vão da intervenção militar, apoio logístico, fornecimento de armamento, instrução de quadros militares, partilha de informações e bloqueio das fontes de financiamento do Estado Islâmico. No grupo da intervenção militar e do armamento, e sob o alto comando americano, estão incluídos países como a França, o Reino-Unido, Canadá, Austrália, Alemanha, Itália, etc.. No campo da ajuda humanitária e do fin

O SNS e o Governo

Ver Passos Coelho a comemorar os 35 anos do SNS traz à memória os cúmplices do Estado Novo a desfilar pelas ruas das cidades, vilas e aldeias do país, a recitar o refrão: «O povo está… com o MFA, o povo está… com o MFA, o povo…, etc.». A amarga recordação de quem viu os carrascos misturarem-se com as vítimas, em 1974, reaparece com os hipócritas a desfilarem perante um homem bom, generoso e fraterno, António Arnaut. O mais pétreo ultraliberal apresenta-se como um democrata solidário, em luta por uma sociedade mais justa.

35º aniversário do SNS

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Tudo - ou quase tudo - já foi dito e sublinhado neste 35º. aniversário do SNS.  Todavia nunca será demais reafirmar que se trata de uma instituição, nascida sob a tutela da Democracia, que tem servido abnegada e exemplarmente as portuguesas e os portugueses.

A FRASE

«Um governo que decide avançar com a maior reforma judiciária dos últimos 200 anos (segundo as palavras da titular do cargo) sem cuidar dos instrumentos logísticos do quotidiano das instituições abrangidas, só pode ser comparado com um Estado que entrasse em guerra com um exército de objetores de consciência». (Viriato Soromenho Marques, hoje, no DN, pág. 15, em «Colocar Sentinelas»)

Eleições na Suécia...

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A Suécia não tem vivido os tempos difíceis desde que a Europa luta contra a crise financeira que – convém não esquecer – começou em 2007-2008 nos EUA.  Como foi insistentemente sublinhado em Portugal e objecto de estudos internacionais a Suécia fez o seu trabalho de casa atempadamente e muito embora viva, de novo, o espectro de mais uma bolha imobiliária, existe uma considerável solidez financeira e social no País.  Na crise bancária de 90-93 subsidiária do afundamento do mercado imobiliário, a Suécia, então governada por liberais (Carl Bildt), conseguiu então varrer o lixo tóxico de cima da mesa de modo a assegurar a saúde do sector financeiro, com base numa intervenção estatal pontual e na ‘ameaça’ de nacionalização da totalidade do sistema bancário.  Paralelamente, procedeu-se a uma racionalização do Estado Social que, apesar disso, continua a ser um dos mais avançados do Mundo. Claro está que a Suécia na crise do início da década de 90 pode contar um soberano instrum

O Banco novo e a invasão do Iraque

A alegada almofada financeira do BES, à prova do pior dos cenários, como garantiram Cavaco Silva e o governador do BP, era uma espécie de bota da tropa a servir de apoio, durante o sono, nas patrulhas da guerra colonial. Para quem sabia, há vários meses, um e outro, admito que o alegado PM não soubesse, por não perceber, surpreende a incúria que preferiu a autópsia à cirurgia, a invasão do banco à detenção dos administradores e quer agora uma comissão liquidatária em vez de uma administração, como comentou o E-pá. Há uma estranha semelhança entre a atuação do PR, do alegado PM e do governador do BP a lembrar a atuação dos cúmplices que invadiram o Iraque. Primeiro deixaram Ali, o químico, gasear clientes, transformando-lhes depósitos a prazo em obrigações, depois, permitiram que as fraudes persistissem quando, tudo o indica, já eram conhecidas, para, finalmente, afastarem os sunitas da família Espírito Santo e porem xiitas de confiança. O BES guarda segredos que nem ao SIS confes

O novo que em pouco tempo se tornou podre…

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A crise do sistema bancário apensa ao desmantelamento do BES não se cinge unicamente ao banco em causa. Ela por opção do Governo escudado em ‘regras’ oriundas da UE (apressadamente transpostas para o contexto nacional) e por detrás de um outro 'arbusto' chamado Banco de Portugal (BdP), envolve todo o sistema bancário nacional, através do tal ‘Fundo de Resolução’. Deixando de fora todo o embróglio económico resultante no envolvimento do grupo GES neste grave e nebuloso problema que não se circunscreve a Portugal e, dia a dia, vem revelando ramificações interncionais, verificamos que, no estricto âmbito financeiro, as coisas estão muito complicadas e pouco transparentes. Embora tenham surgido na praça pública opiniões abalizadas a certificar que a demissão da equipa dirigente do “Novo Banco” não é um ‘tsumani’ económico e financeiro   link a verdade é que, para o cidadão comum, as soluções apresentadas pelo Banco de Portugal (em 03.08.2014 link revelam-se, hoje, ext