Um país abúlico à espera de D. Sebastião
Os garotos maltratados tornam-se malhadiços. À força de suportarem agressões dos pais e dos colegas, resistem à dor e à humilhação, indiferentes às feridas e cicatrizes que os acompanharão na vida.
À semelhança de garotos, a quem a sorte reservou a pobreza, a vergonha e o sofrimento, os países tornam-se malhadiços. Quando mergulham na apatia, refugiam-se na amnésia e suportam a incúria de quem manda e a arbitrariedade de quem decide.
Os portugueses que, ainda há 4 anos, desciam à rua, revoltados com os abanões sofridos pela crise financeira internacional e a falta de resposta do governo, sofrem agora a mais implacável ofensiva de quem não olhou a meios para atingir o poder e não abre mão do pote em que se repoltreia à tripa forra. Renunciaram ao direito à indignação.
Souberam da condenação alemã, por suborno, dos vendedores de submarinos. Foram condenados os delinquentes e preso um ministro grego subornado. Em Portugal não se passou nada. O banco BPN, arrasta na lama a fina flor do cavaquismo e, enquanto o país geme sob a carga fiscal, andam à solta os responsáveis pelo maior escândalo financeiro de sempre. Depois, BPP, BCP e Banif deixaram de ser notícia quando um escândalo, à escala mundial, lançou o caos nos mercados e o medo dos banqueiros, caso GES/BES, tratado com benevolência pela comunicação social e sepulcral silêncio pelo poder.
O país tolhido de medo, com PR, Governo e maioria que, por falta do código de barras, mantêm o prazo, aguarda pela manhã de nevoeiro das próximas eleições para se lançar nos braços de um D. Sebastião qualquer que nos precipite no Alcácer Quibir que quiser.
À semelhança de garotos, a quem a sorte reservou a pobreza, a vergonha e o sofrimento, os países tornam-se malhadiços. Quando mergulham na apatia, refugiam-se na amnésia e suportam a incúria de quem manda e a arbitrariedade de quem decide.
Os portugueses que, ainda há 4 anos, desciam à rua, revoltados com os abanões sofridos pela crise financeira internacional e a falta de resposta do governo, sofrem agora a mais implacável ofensiva de quem não olhou a meios para atingir o poder e não abre mão do pote em que se repoltreia à tripa forra. Renunciaram ao direito à indignação.
Souberam da condenação alemã, por suborno, dos vendedores de submarinos. Foram condenados os delinquentes e preso um ministro grego subornado. Em Portugal não se passou nada. O banco BPN, arrasta na lama a fina flor do cavaquismo e, enquanto o país geme sob a carga fiscal, andam à solta os responsáveis pelo maior escândalo financeiro de sempre. Depois, BPP, BCP e Banif deixaram de ser notícia quando um escândalo, à escala mundial, lançou o caos nos mercados e o medo dos banqueiros, caso GES/BES, tratado com benevolência pela comunicação social e sepulcral silêncio pelo poder.
O país tolhido de medo, com PR, Governo e maioria que, por falta do código de barras, mantêm o prazo, aguarda pela manhã de nevoeiro das próximas eleições para se lançar nos braços de um D. Sebastião qualquer que nos precipite no Alcácer Quibir que quiser.
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