Dívidas das autarquias

O DN de ontem anunciava em letra garrafais, na primeira página, que «Há dívidas escondidas em muitas autarquias», denúncia que o secretário de Estado do Desenvolvimento Regional corrobora, e que só surpreende quem anda arredado do País e do que se passa à sua volta.

Quando Portugal passa por um aperto orçamental sem precedentes, algumas autarquias e, quiçá, as Regiões Autónomas, parecem passar ao lado da crise e perpetuar no poder caciques a quem ninguém confiaria a gestão de empresas cujo capital social excedesse o salário mensal de tais autarcas.

Fala-se de dívidas escondidas e de «situações de insolvência» que o Governo adia, à semelhança dos clubes de futebol cuja situação se vai tornando insustentável à medida que o recurso às bolsas de terrenos das autarquias e às alterações dos PDMs se esgota.

Claro que há um dia em que o regabofe se extingue, em que 308 Câmaras Municipais e milhares de Juntas de Freguesia se tornam insustentáveis para o erário público e para a condescendência dos portugueses.

Nesse dia, declarada a falência, não vejo outra alternativa que não seja a aplicação do código de falências, com as sanções legais aos gestores levianos e a entrega dos respectivos municípios a administradores de falências, à imagem e semelhança do que sucede com qualquer outra empresa.

A este respeito gostaria de ouvir gestores, juristas e, sobretudo, os partidos políticos que podem ver os seus mais carismáticos autarcas a prestar contas à justiça, neste caso por mera incompetência, sem ter em conta a contabilidade criativa e eventuais fraudes que, aqui e ali, podem andar associadas.

Carlos Esperança

Comentários

Anónimo disse…
Levantada hipótese actualizar contribuições prédios rústicos, para folgar «os mesmos» - autarcas, mais que autarquias.
A ignorância ao mais alto nivel.
Tal qual com os DL emparcelemento de há muito - papel DR, mais papel.
Lá estarei, concelho Fundâo, para oferecer uma dezena terrenos ao Estado ou a quem quizer.
m disse…
O Ministro António Costa já disse que é preciso diminuir o número de freguesias, pois há muitas que não têm justificação (com menos de mil eleitores). Concordo plenamente e espero que de seguida se faça o mesmo às autarquias. Em muitos casos estas são, na realidade, o palco privilegiado de muitos caciques locais que assim se perpetuam (perpetuavam?! antes da lei de limitação de cargos públicos) no poder.
Não vale a pena escamotear o evidente: eu sou transmontano e devo dizer que, salvo três ou quatro excepções, os concelhos daquela provincia têm menos residentes do que, por exemplo, Santo António dos Olivais.
Também não ignoro que a questão territorial é importante, mas a questão mantém-se: será que precisamos de 308 municípios?
Anónimo disse…
o DESCARAMENTO DA TROPA LARANJA:

ENQUANTO DECORREM AS FESTAS DA CIDADE, A VEREADORA DO DESPORTO RESOLVEU FAZER DOIS CONCERTOS NO JARDIM DA SEREIA,QUE NÃO INTEGRAM O PROGRAMA DAS FESTAS, MAS O MAIS GRAVE, É QUE O CONCERTO É PROMOVIDO PELA BIOEVENT, PROPRIEDADE DO NAMORADO DA VERADORA E LIDER DISTRITAL DA JSD

OUTRA VERGONHA:

ALGUNS DOS CARTAZES QUE PROMOVIAM AS ÁGUAS DE COIMBRA,PROMOVEM AGORA O ENCONTRO DE NEGÓCIOS, O QUE REVELA UMA GRANDE MISTURA ENTRE O QUE É DA CÂMARA E O QUE É DAS ÁGUAS
DE QUEM SÃO OS PAINÉIS?
Anónimo disse…
a lei de financiamento autarquico deve ser revista....há empreedimentos que não podem continuar a passar pelas autarquias,é urgente o redimensionamento administrativo do territorio,menos freguesias e menos concelhos.
o Pais precisa da regionaliz~ção com urgencia senão qualquer dia temos uma piscina olimpica em cada conselho mais um pavilhao multiusos e varios foruns biblioteca e casas da musica é um fartote
Anónimo disse…
Toda a razão. Precisamos de mais uma guerra civil. Em 1834 tinhamos 900 concelhos. Em 1836reduzimos para quatrocentos e tal e chegámos mais ou menos ao nº actual em 1856. Depois disso criaram-se mais uns quantos, poucos. Mas é completamente verdade que no interior temos inumeros concelhos com menos de 5000 habitantes permanentes e imensas freguesias que não passam das 200 ou 300 almas. Isto não é sustentável. Com todo o respeito pelo passado histórico dos concelhos e pelas idiossincrasias de cada freguesia, impõe-se como medida de fundo na racionalização do Estado, uma rápido "emparcelamento" municipal. Vão-se poupar milhões...
Anónimo disse…
então o cidade que é deste blog não se pronuncia sobre o actual estado do PS e das sondagens que andam para aí...
Anónimo disse…
sondagens?
há alguam esperança, ou a cidade já deu o que tinha a dar e ficou ruivo de vergonha
Anónimo disse…
NINGUÉM COMENTA A SONDAGEM?
Que espírito democrático têm os socialistas?
(eu já desconfiava, eu já desconfiava; tenho 17 anos e quando começar a votar nunca votarei em vocês!)
Anónimo disse…
então não falam da sondagem do diário de coimbra?
tristeza! vamos ver se publicam a sondagem que o batista encomendou pra sair nas Beiras do seu amiguinho Paulo Marques.´
sois uns tristes.
e o Mário Ruivo? Se percebermos que andas a usar a ISSS pra fins partidários tás linchado. olha que temos lá muitos amigos...
Anónimo disse…
O Mário Ruivo, desde que foi para a SS nunca mais deu sinal de vida!

É da vida.
Anónimo disse…
As sondagens valem o que valem, agora.

O Batista vai dar que falar
Se não se acautelarem, vai ter um bom resultado.

Pode até ganhar
Anónimo disse…
EU TENHO ESPERANÇA, QUE O DOUTOR CIDADE VENHA A TERREIRO E SE DEMITA DO BAPTISTA E DO PS E QUE REGRESSSE À USC
Anónimo disse…
Fala mas é do dinheiro do erário público gasto numa revisteca pró-imigracionista distribuida gratuitamente no passado domingo, quando o teu partido no Governo fala de contenção no gastos e no despessimo dos anteriores governos. Tenham vergonha seus xuxias de merda.
Ricardo Alves disse…
Afonso Fraga,
você dá má fama à extrema direita.
Anónimo disse…
ao das 11:04
Cada um acredita no que quiser, até no Pai Natal.
É verdade. O Batista vai dar que falar tal é a merda de resultado que vai ter!

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