A ONU e o Irão
«Não vamos, de certeza absoluta, voltar a suspender o enriquecimento de urânio.»
O desafio do embaixador iraniano na Agência Internacional de Energia Atómica, é a resposta oficial de Teerão ao prazo de 30 dias dado na última quarta-feira, à noite, pelo Conselho de Segurança da ONU, para o Irão suspender as actividades nucleares.
Por ora não será fácil obter o consenso da Rússia e da China às represálias que os outros membros do Conselho de Segurança preparam. Mas não tenhamos dúvidas de que a lei da força vai ser usada.
Os países com armas nucleares não têm moral para impedir o acesso ao clube nuclear de novos países mas sobra-lhes força. Ao Irão mingua-lhe força mas sobra-lhe vontade e vê, nessa ousadia, a forma de conservar um poder anacrónico e uma ditadura teocrática.
Os dados estão lançados. A guerra pode começar em breve. Avizinha-se uma nova tragédia.
Comentários
Partindo desta premissa, seguiam-se confrontos cívicos e, dadas as características regionais, alinhamentos religiosos. A luta política (saudável, civilizada) e a tolerância religiosa (diálogo) tomariam o lugar dos confrontos.
Esta simples (simplista) e ingénua proposição, parecendo pobre e vazia, seria um enorme avanço civilizacional. Todavia, não toma em linha de conta os interesses locais e regionais instalados e a interferência (jogo)das grandes potências mundiais, pelo que, no aeropago político internacional (ONU), esteja na ordem do dia o fantasma de novo confronto bélico.
CE: completamente de acordo!
"Avizinha-se uma nova tragédia."
«Um desarmamento global e não só nuclear. Restariam as forças de segurança, despojadas de capacidade bélica que hoje possuem».
RE: Não considero uma «simples (simplista) e ingénua proposição».
É uma necessidade de sobrevivência planetária.