P. R. - Apreensão e perplexidade
A nomeação do ex-secretário de Estado da Defesa e da Administração Educativa, Abílio Morgado, como consultor do Presidente da República para os Assuntos de Segurança Nacional, foi uma surpresa.
O novo consultor foi considerado responsável pelas colocação falhada dos professores para o ano lectivo 2004/2005 – um desastre sem precedentes –, e esteve ligado a uma polémica sobre alegados favorecimentos na colocação de professores, um dos quais em Viseu por despacho directo dele próprio.
Por outro lado, a nomeação dos cinco conselheiros de Estado, mereceu da Comissão Política do PCP um comunicado em que afirma: «Com esta decisão, Cavaco Silva rompe deliberadamente com o anterior critério que garantia, através da conjugação dos representantes eleitos pela Assembleias da República e dos elementos designados pela Presidência, a representação dos principais partidos neste órgão». E acrescenta: «não pode deixar de sublinhar o facto de a opção pelas cinco personalidades escolhidas assentar num estreito critério de cumplicidades partidárias e de círculos de amigos, em claro prejuízo de uma desejável observação de factores de representatividade e diversidade política que as competências e funções do Conselho de Estado necessariamente recomendam».
Não duvido da isenção do Presidente da República mas, com estas nomeações, arrisca-se a prolongar as reservas dos portugueses que não lhe confiaram o voto.
Fontes: Diário de Notícias e Diário Digital (15-03-2006)
O novo consultor foi considerado responsável pelas colocação falhada dos professores para o ano lectivo 2004/2005 – um desastre sem precedentes –, e esteve ligado a uma polémica sobre alegados favorecimentos na colocação de professores, um dos quais em Viseu por despacho directo dele próprio.
Por outro lado, a nomeação dos cinco conselheiros de Estado, mereceu da Comissão Política do PCP um comunicado em que afirma: «Com esta decisão, Cavaco Silva rompe deliberadamente com o anterior critério que garantia, através da conjugação dos representantes eleitos pela Assembleias da República e dos elementos designados pela Presidência, a representação dos principais partidos neste órgão». E acrescenta: «não pode deixar de sublinhar o facto de a opção pelas cinco personalidades escolhidas assentar num estreito critério de cumplicidades partidárias e de círculos de amigos, em claro prejuízo de uma desejável observação de factores de representatividade e diversidade política que as competências e funções do Conselho de Estado necessariamente recomendam».
Não duvido da isenção do Presidente da República mas, com estas nomeações, arrisca-se a prolongar as reservas dos portugueses que não lhe confiaram o voto.
Fontes: Diário de Notícias e Diário Digital (15-03-2006)
Comentários
Foi por isso que elegeu Cavaco Silva.
Não foi para tudo continuar na mesma...
O campónio de Santa Comba pôs a escumalha dos poderosos de ontem (que o desprezavam) toda de joelhos, em adoração, só porque lhes ofereceu a cabeça da populaça numa bandeja.
Daqui por alguns anos saberemos o que é que o campónio de Boliqueime sacrificou aos poderosos de hoje.
O que já se vê, menos do que se imagina, não é de bom augúrio.
E isso não surpreende, quando se atenta no marrar do bicho. O que irrita, o que toda a vida irritará, é haver cretinos com renda de casa para pagar, e que de novo se põem a aplaudir. Ai Portugal, Portugal!
e que tal
"favorecimentos na colocação"
DE ALGUNS COLEGAS SEUS DE BLOG...
...quando denúncia isso?
Assuma a sua identidade e diga lá o que rumina, insinua ou calunia.
Eu não sei quem são os meus colegas do Ponte Europa colocados por esse «ajudante» do PR.
Eu sei que o senhor sabe.
O texto fala do pessoal que o PR legitimamente nomeou mas cujo perfil deixa muitos eleitores inquietos.
As nomeações do PR - assessores, conselheiros e membros do Cons. de Estado - mostram, à saciedade, como vai ser "o presidente
de todos os portugueses..."