Vergonha

O Supremo Tribunal de Justiça absolveu uma mulher acusada de maus tratos a menores.

E considerou que «o bom pai de família» «dá palmadas no rabo do filho». Se não o fizer é negligente.

A Educadora teve pena suspensa por amarrar criança deficiente.

Respeitar os Tribunais é discordar da jurisprudência que provoca vómitos, lutar contra o espírito medieval e defender os Direitos Humanos e, em particular, os Direitos da Criança.

Entre os Tribunais e a minha consciência só tenho uma opção.

Comentários

Anónimo disse…
Eu entregava já este senhor a uma casa pia que eu cá sei!
JN disse…
Até parece uma sentença do Pacheco Pereira
Anónimo disse…
Ou estes senhores, parece que são vários, e tão senis que já confundem as calças com o dito.
Anónimo disse…
O lado pobre da solum (rai de coisa!):
Venho só esclarecer, nesta terceira seguida (já muuuiito rara!), que a minha segunda veio na sequência directa da primeira, como seu complemento. E não tem que ver com o seu comentário. Porque V. é um fulano que eu respeito, embora não tenha apanhado o seu humor.
Anónimo disse…
Belisquei-me, acordei e, voltei a cair no absurdo dos intocáveis. Deplorável justiça que faz jurisprudência baseada em métodos e conceitos medievais.
O povo, na sua verdadeira essência, deveria saber quem são estes doutores, qual a bitola utilizada, que formação sócio-pedagógica possuem e se estão devidamente salvaguardadas todas as faculdades mentais.
De repente, salta-me à memória a "estória da fila do multibanco" em que o sr. dr. juiz teve carradas de razão e o desgraçado, culpado, ainda teve de lhe pedir desculpa com o barrete enrodilhado nas mãos trémulas da nossa revolta colectiva.
FP-Coimbra
Anónimo disse…
Carlos Esperança confesso que tenho dificuldades em entender onde começa a sua revolta. Será imediatamente na palmada na criança ou só na amarração daquelas num quarto escuro? É porque quanto á primeira nenhum mal vejo na bendita palmada, que quando bem administrada tem efeito determinante na educação da criança.
Anónimo disse…
Pobre País que tem tão maus julgadores
Anónimo disse…
O STJ não absolve ninguém, apenas aprecia o correcto desenrolar do julgamento e eventuais irregularidades.
O STJ apenas anulou o julgamento anterior,
Anónimo disse…
Anónimo das 6:57 PM:

Confesso que tenho dificuldades em entender onde começa a sua compreensão.

Os castigos corporais (chamados paternais) eram permitidos aos professores, por lei.

Essa permissão caducou depois do 25 de Abril.

Parece que a cultura da violência se mantém.


Salazar dizia que uns sopapos dados a tempo podiam ser muito úteis.

Creio que se referia à PIDE e não à pedagogia infantil.
Anónimo disse…
É uma jurisprudência reaccionária.

A lei acaba de aumentar a punição criminal da violência doméstica.

O acórdão vem dizer que uns açoites no sítio certo à hora certa só fazem bem.

Vale isto também para o tratamento dispensado pelos maridos às mulheres, quando estas não agem em conformidade?
Manel disse…
Se isto é ser um bom pai de família, segundo o que dicidiu o dito juíz, eu fui um mau pai.
Quando olho para a minha filha, até agora, até pensava que não tinha sido mau pai. Agora um mui douto juíz vem provar que eu não prestei como pai.
Como é que vou resolver este meu problema?
Anónimo disse…
O Sr. CE antes de vir mandar as suas bojardas deveria ler o acórdão na íntegra e não acreditar tão piamente (sim, piamente!) nas atoardas lidas na imprensa que de Direito sabe Zero!
Leia e depois peça desculpa!
Anónimo disse…
Pode ler o acórdão na íntegra aqui
http://www.dgsi.pt/jstj.nsf/954f0ce6ad9dd8b980256b5f003fa814/7b3cde591793c8b18025714d002b118c?OpenDocument
Anónimo disse…
Carlos Esperança confesso que continuo a não perceber onde começa a sua revolta, que já extrapolou para a Pide e para Salazar. Prefiro manter a dúvida quanto á sua posição relativa á "palmada na criança" do que alimentar a sua revolta deambulante que iria prosseguir pela história, quiçá até á repressão monarquica dos republicanos.
Anónimo disse…
Anonimo das 6:57 PM said...

A leitura do acórdão deixa-me perplexo pela compreensão pelos castigos corporais.

Não é um problema só de justiça, é um problema cultural.

Não discuto tecnicamente as razões do não provimento do recurso do MP.
Anónimo disse…
Ainda ao arrogante anónimo das 6:57 PM:

De direito, a imprensa e eu sabemos zero - diz.


Mas de pedagogia sei um pouco mais do que os venerandos conselheiros que proferiram o acórdão.

Como alguns conselheiros do STJ são meus amigos (não os que subscreveram o acórdão) podiam ter-me solicitado que os esclarecesse.
Anónimo disse…
Atenção Carlos Esperança não meta os anónimos todos no mesmo saco. O arrogante foi o das 04:14!
Anónimo disse…
A mim - para além da jurisprudência - que funciona como uma torre de marfim inacessível e os juriconsultos pretendem que assim continue, espanta-me a qualidade das peças literárias produzidas nos famosos acordãos.
Dissertam sobre tudo: sociologia, pedagogia, sexologia, educação, etc. E, em muita coisa, têm de meter água. Não vivemos nos tempos de Aristóteles nem pisamos terras bizantinas. O último grande enciclopedista foi Hegel ao publicar sua "Enciclopédia das Ciências Filosóficas" e, daí para cá, tem surgido alguns dislates que dão estampa em deliberações de instituições que, excedendo os seus limites, emitem juízos. Este último, do STJ, foi mais um!
Anónimo disse…
Uma palmada na hora certa nunca fez mal a ninguém! Ninguém está a falar em "espancamento"!

Bem vejo actualmente meninos a fazer birras em centros comerciais e restaurantes, a incomodar todos os que os rodeiam, com excepção dos pais que nada fazem ou dizem.

Não percebo tamanha revolta ó CE!

Parece-me que há aí uns assuntos mal resolvidos...
Anónimo disse…
Também acho que uma palmada na hora certa nunca fez mal a ninguém.

O que me preocupa é que os professores de hoje em dia não são como os profesores que eu (felizmente) tive..

A maioria deles são uns frustrados, que não gostam nem têm jeito para ser professores.. E que o são por falta de opções profissionais e não por vocação..

Nesses eu não confio..
Anónimo disse…
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