Al-Qaeda
A morte de Abu Mussab al-Zarqawi, número dois da rede de Ben Laden, é uma magra vitória para os EUA, que não conseguem pôr termo à onda de atentados, sequestros e assassínios que semeiam o caos e o terror no Iraque.
Apenas no Paraíso haverá alegria para 70 virgens reservadas para cada terrorista que morra na guerra santa contra os infiéis, no caso de Zarqawi, xiitas incluídos.
Apenas no Paraíso haverá alegria para 70 virgens reservadas para cada terrorista que morra na guerra santa contra os infiéis, no caso de Zarqawi, xiitas incluídos.
Comentários
Para já, é obvio que os EUA não podiam repetir a mesma trajectória que foi delineada e executada em relação ao ditador Saddam Hussein. O seu julgamento tem-se revelado uma autêntica balbúrdia jurídica e, atrás disso, o desprestígio das actuais instituições iraquianas condicionadas pela determinantes influência dos EUA. Tanto que, nos últimos tempos, sobre esse julgamento - nikles!
A morte de Zarqawi, em meu entender, não vai trazer qualquer pacificação da sociedade iraquiana. Antes pelo contrário pode acicatar os "ânimos".
É que hoje o problema do Iraque transcende personagens (sejam terroristas ou "governantes") e atinge profundamente a sociedade deste País. A invasão americana - para além de ter sido sustentada em mentiras - molestou profundamente o equilíbrio social e, sejamos objectivos, religioso, desse País. Sempre soubemos que a democracia não se impõe, ou "exporta", sendo fundamentalmente uma difícil (por vezes longa) conquista dos povos.
A questão política actual do Iraque, não pode ser centrada em al-Zarqawi mas na lenta e sangrenta incubação de uma guerra civil e o consequente desmembramento de uma Nação que acabará repartida entre curdos, xiitas e sunitas. Pelo meio, muitas mortes.
O final desta história é fácil de prever. Apesar das vitórias pontuais (p. exº.: a eliminação física de Zarqawi)parece evidente que os EUA, e os seus aliados "atlantistas", estarão condenados carregar às costas a herança histórica do "afundamento" de um País.
Em nome da democracia!
Os assassinos não se matam (para eliminar incómodos), levam-se a julgamento e executa-se uma sentença.
Não precisa de morrer. Mas também não precisava de mentir.
Agora, o facto é que a sua projectada "passeata" a Bagdad - supostamente sob os aplausos e vivas dos iraquianos - deu naquilo que deu (e que vemos e ouvimos todos os dias).
Sei, estou fartinho de ouvir que a culpa será sempre dos que não o (Bush) apoiaram.
Não o apoiei. Não tenho remorsos.
PS - Antes que venha o sermão, adianto que não apoiava o regime ditatorial de Saddam.
Mas, isso são coisas diferentes...