Marcelo e Montenegro, o Sr. Feliz e o Sr. Contente, acompanhados do outro que o golpe urdido no Palácio de Belém com a PGR levou à presidência da AR, foram ontem prestar justas homenagens às vítimas do trágico acidente de helicóptero no rio Douro. Podiam ter evitado atrasar a missa para exibirem na igreja a compunção aos familiares e ao País, mas a laicidade é a vítima dos tartufos de uma República laica. Eles são assim! Ontem, só às 23 horas pude ver os programas que desejava, agora que aprendi a fazê-lo. Vi o bruxo de Fafe, alter ego do PR e possível sucessor na homilia semanal do costume. Falou de forma ligeira da gravidade do roubo dos computadores no próprio Ministério da Administração Interna porque ficava para o humor de Ricardo Araújo Pereira (RAP) que no mesmo canal teria depois o seu programa. Referiu-se ao discurso de Pedro Nuno dos Santos como brilhante e eficiente por ter conseguido afastar a pressão da AD para aprovar sem condições o OE/2025. Também considerou igual...
Comentários
A exibição do poder das armas não é pedagógica. Também não infunde temor ou sequer respeito. O poder, hoje, assenta noutros valores.
De facto, continuam as guerras, em minha opinião, todas elas de difíceis ou anacrónicos festejos.
Os tempos são outros.
Até agora, no Mundo, não temos vivido a Paz, gozamos momentos (escassos) de "silêncio das armas", que sendo parecido é outra coisa.
De modo que as paradas fazem-me lembrar Esparta, onde as "virtudes" bélicas eram exaltadas e gravadas em pedra.
Assim:
"Surgiu então, parece, um homem sábio e astuto,
Compôs um conto, uma doutrina feiticeira
Vedando a verdade com véus de falso saber.
Cingiu assim os homens com o jugo do pavor,
Infundiu-lhes encantos e temores feiticeiros,
Mudando a desordem em lei serena e ordem"
Crítias, ...
(tio de Platão, um dos líderes dos 30 tiranos atenienses por conta de Esparta)
Caminhamos por aí?
As virtudes bélicas hoje em dia chamam-se "relações publicas" factor importante para angariar mão-de-obra e recursos para as forças armadas.
Não quererá o e-pá que o desfile dos três ramos das forças armadas portuguesas decorra, como em Atenas, num recinto privado e somente para consumo interno.
A democracia não precisa de provas de força, sejam elas quais forem, mas também não necessita de ser constantemente (re)lembrada que é preciso acautelar o presente contra os salvadores da pátria.
Utilizar o passado para profetizar a desgraça é sempre contraproducente…
"A democracia não precisa de provas de força, sejam elas quais forem, mas também não necessita de ser constantemente (re)lembrada que é preciso acautelar o presente contra os salvadores da pátria."
A minha concepção é: sempre que um País (qualquer que seja) está em crise política, económica ou social é preciso acautelar contra o surgimento de "salvadores da pátria".
Quanto maior for a crise, mais cautela.
Continuo a não concordar consigo, continuo a achar que o prazo de validade dos salvadores da pátria é sempre muito curto...
A História não nos ensinou isso!
O último que tivemos durou 48 anos... e o seu prazo de validade foi interrompido por um acidente "de cadeira".