Antes das 11 horas da manhã, uma numerosa comitiva de polícias, militares da GNR, e alguns outros do Exército, tomaram posições em frente à Igreja de Santa Cruz. Bem ataviados esperavam a hora de deixarem a posição de pé e mergulharem de joelhos no interior do templo do mosteiro beneditino cuja reconstrução e redecoração por D. Manuel lhe deu uma incomparável beleza. Não era a beleza arquitetónica que os movia, era a organização preparada de um golpe de fé definido pelo calendário litúrgico da Igreja católica e decidido pelas hierarquias policiais e castrenses. Não foi uma homenagem a Marte que já foi o deus da guerra, foi um ato pio ao deus católico que também aprecia a exibição de uniformes e a devoção policial. No salazarismo, durante a guerra colonial, quando as pátrias dos outros eram também nossas, não havia batalhão que não levasse padre. Podia lá morrer-se sem um último sacramento!? Éramos o país onde os alimentos podiam chegar estragados, mas a alma teria de seguir lim...
Comentários
É aceite por todos que esta situação está associada, mais do que ao aumento da esperança média de vida, ao declínio de nascimentos.
As causas apontadas para a redução de nascimentos são várias, podendo-se destacar como a mais pertinente, a dificuldade em gerir vida familiar e profissional, situação que em termos históricos está associada á emancipação da mulher.
Em termos sociais a emancipação da mulher deveria ter sido complementada com a mesma celeridade com a adaptação dos homens á nova realidade.
Só o esforço de partilha de deveres que a sociedade moderna obriga permite colmatar o enorme "fosso doméstico" que a partida das mulheres para o mercado de trabalho originou.
Neste contexto parece-me despropositado procurar superar um problema de raiz cultural com a atribuição de beneficios estatais ao aumento das famílias.
Quem chega a casa saturado depois de um exaustivo dia de trabalho não vai alimentar o sonho de vir a ter filhos apenas para ver a sua carga fiscal reduzida.
A medida não deixa todavia de ser importante para quem já os tem ou pensava vir a ter.
Para os outros, que são muitos, seria todavia mais importante o apoio da sociedade civil que se pode manifestar de múltiplas formas, mas desde logo por um discurso optimista que afaste os receios e os egoismos que normalmente ferem de morte os sonhos das pessoas que pensam vir a ser pais.
Nota: A Coreia do Norte tem umas magníficas auto-estradas na capital, é pena é a população não ter carros.
Não passou tudo de markting (e do mais baixo)...
el s.