A pitonisa de Delfos

O presidente da República diz que as divergências entre o Governo e agricultores já duram há demasiado tempo e quer entendimento entre ministro e agricultores (leia-se CAP).

As declarações foram feitas na feira de Santarém, uma feira que guarda memórias de muitos presidentes.

Falta esclarecer, neste diálogo, entre lobos e cordeiros, de que lado está o PR.

Sabemos de que lado esteve quando foi primeiro-ministro.

Comentários

Mano 69 disse…
Claro que está do lado de todos os portugueses ou você acha que ele ia tomar partido. Viu algum dos presidentes anteriores fazer isso?
Manel disse…
O Presidente estava a referir a necessidade de apoios para um projecto agrícola inovador. Era só isso.

http://blog-do-manel.blogspot.com/2006/06/um-novo-projecto-agrcola.html
Anónimo disse…
Mano 69:

Se alguém disser que quer o entendimento entre o Irão e os EUA, o que quer dizer? - Nada.

Quando Cavaco Silva diz que quer «entendimento entre o ministro e os agricultores» quererá dizer que quer a capitulação do ministro perante a CAP?

La Palisse não diria melhor.
Mano 69 disse…
1.º A CAP é o organismo mais representativo dos agricultores, por alguma coisa se chama Confederação dos Agricultores de Portugal.
2.º Sendo assim é o interlocutor válido e legítimo entre os agricultores e o ministro da agricultura.
3.º Quando o presidente da Republica refere que "as divergências entre o Governo e agricultores já duram há demasiado tempo e quer entendimento" é isso mesmo que quer dizer e que se entendo. Não há aqui retórica e ilações...
4.º Eles, ministro e agricultores (leia-se CAP), vão ter que forçosamente que se entender sob pena de ser mais fácil remodelar o ministro do que acabar com a agricultura em Portugal.
5.º Sou um apoiante incondicional dos pequenos e médios agricultores, pois como sabe a agricultura é "a arte de empobrecer alegremente".
Anónimo disse…
O "assédio político" da CAP ao PR é, mesmo para um homem de direita, incomodativo.
Começou em Beja (Ovibeja), continua em Santarém (Feira da Agricultura)e, acabará, não sabemos onde.
As "tiradas" do PR sobre questões da agricultura, vazias de conteúdo, fizeram o mesmo percurso. Não ouvimos, da boca do PR, nada de estruturante, nada de estratégico, sobre as perspectivas ou sobre o futuro da agricultura ou, ainda, sobre a agonia do Mundo Rural, neste País. Todavia é muito aplaudido pela CAP... e, na "onda"
manda recados ao governo.
A sua ida à feira de Santarém é, no entanto, extemporânea.
Julgo (não tenho a certeza) que essa feira é (tem sido) subsidiada pelo Ministério da Agricultura - o que é normal. Se assim for, os organizadores mostraram um elevado "civismo" ao não convidarem um dos seus patrocinadores. E, nas suas costas, o PR aproveita para "acicatar" dizendo que quer pacificar.
Estamos a ir bem...
Anónimo disse…
Manel:
O Presidente, em Santarém, ao lado da CAP, falava em apoios para um projecto agrícola inovador.
Fez muito bem, e seguiu as boas tradições. Francisco Xavier também se deslocou à Índia, a missionar pagãos.

CE: Voilà! Ou, como dizia o outro: That is the question!
Anónimo disse…
Mano 69:

4.º Eles, ministro e agricultores (leia-se CAP), vão ter que forçosamente que se entender sob pena de ser mais fácil remodelar o ministro do que acabar com a agricultura em Portugal.

RE: Falso. Foi mais fácil acabar com a agricultura em Portugal, antes dos últimos ministros da dita terem tomado posse.

5.º Sou um apoiante incondicional dos pequenos e médios agricultores, pois como sabe a agricultura é "a arte de empobrecer alegremente".

RE: Quem apoia os pequenos e médios agricultores (ainda por cima, de forma incondicional) não pode ser solidário com a CAP.

Veja lá, mano 69, como resolve o paradoxo.
Anónimo disse…
O Presidente, hoje e por enquanto, vai branqueando como pode o Primeiro-Ministro que há anos foi.
As palavras de ordem já não são a euforia do oásis, o ruído das betoneiras, o pugresso galopante e a distribuição atarefada dos fundos duma PAC suicida aos donos das terras.
As suas bandeiras de ontem mostram hoje a absoluta ausência de ideias sobre o que seja transformar e desenvolver o país.
Não serão as actuais preocupações sociais, que nunca mostrou antes, que agora o levarão ao céu. E menos ainda se se deixar apanhar pelos abraços de urso da direita, que o elegeu. Continuamos no reino dos aprendizes de feiticeiro.
Anónimo disse…
..é fartar.....
Anónimo disse…
Mas alguém está à espera que os "agricultores", habituados a cerveja, marisco, Mercedes, Algarve, Sevilha, putas e vinho verde, aceitem de ânimo leve a imposição, justíssima, de começarem a justificar os totolotos que ganham sem mexer uma palha?
Viver à grande sem vergar a mola é porreiro...
Depois, quando se tem de trabalhar, investir, e justificar com esforço o que se tem ganho, é uma dor de costas, pá... f***-se!
E depois? Os stands da Mercedes, BMW e Range Rover? Vão à falência? E há subsídios para esses?
E a "casita del bosque", em Sevilha? Vai continuar a importar aquelas brasileiras, ucranianas e moldavas, tão fresquinhas e dentro do prazo?
Como é que é?
Quanto ao autómato de Boliqueime, e às banalidades que profere, não sei...
Será remorso por ter sido o principal impulsionador do negócio "marialva" e seus clientes (leia-se "agricultores")?
Será só para "marcar agenda"?
Entendam-se, menininos. Então? Ñão me deixem ficar mal agora. A mim, que vos dei tanto e tão bom a descobrir!
Mas o gajo de Boliqueime não pode apagar a história. Não tem moral para isso.
Ele é CULPADO!
Em vez de dizer "entendam-se" devia dizer "trabalhem, porra! e não tragam à liça velhas questões que me mancham o currículo!"
Mano 69 disse…
Cada cavadela sua minhoca...
Manel disse…
Permitam a correcção: cada CAVACADELA cada minhoca!
Anónimo disse…
Há problemas que se arrastam neste País. Por dezenas de anos...
É o caso da "questão agrícola", onde se esbanjaram milhões de €'s (portugueses e da UE), para desenbocarmos numa escancarada e escandalosa falência e na situação agónica do Mundo Rural - o que vai ter terríveis consequências no tecido social.
Quem começou esta caminhada para o desastre? Os governos de Cavaco!
Manda a verdade dizer que os outros governos que entretanto foram sendo eleitos, deram continuidade a esta política desastrosa.

O facto de termos um PR que foi 10 anos 1º. ministro e, portanto, imiscuiu-se (participou) em situações políticas que prolongam os seus reflexos até hoje, retira-lhe credibilidade.
E, se alguma coisa continuamos necessitados é que - pelos menos - o topo da hierarquia do Estado, seja credível.
Portanto, de acordo.
Cada cavadela sua minhoca!
ou,
cada CAVACADELA cada minhoca!
à escolha...
Anónimo disse…
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