Parada militar no 10 de Junho

Foi a primeira vez, em democracia, que as celebrações da data trouxeram o regresso de um desfile militar, a que o Comandante Supremo passou revista.

O espectáculo de ontem será repetido nos próximos quatro anos.

Comentários

Anónimo disse…
As paradas militares fazem-se, ainda, em todo o Mundo para celebrar feitos militares que mudaram os destinos dos povos ou dos países.
A exibição do poder das armas não é pedagógica. Também não infunde temor ou sequer respeito. O poder, hoje, assenta noutros valores.
De facto, continuam as guerras, em minha opinião, todas elas de difíceis ou anacrónicos festejos.
Os tempos são outros.
Até agora, no Mundo, não temos vivido a Paz, gozamos momentos (escassos) de "silêncio das armas", que sendo parecido é outra coisa.

De modo que as paradas fazem-me lembrar Esparta, onde as "virtudes" bélicas eram exaltadas e gravadas em pedra.

Assim:

"Surgiu então, parece, um homem sábio e astuto,
Compôs um conto, uma doutrina feiticeira
Vedando a verdade com véus de falso saber.
Cingiu assim os homens com o jugo do pavor,
Infundiu-lhes encantos e temores feiticeiros,
Mudando a desordem em lei serena e ordem"

Crítias, ...
(tio de Platão, um dos líderes dos 30 tiranos atenienses por conta de Esparta)

Caminhamos por aí?
Mano 69 disse…
Ó Carlos Esperança essa sua visão diacrónica do 10 de Junho anda a necessitar de um especialista.
Mano 69 disse…
«De modo que as paradas fazem-me lembrar Esparta, onde as "virtudes" bélicas eram exaltadas e gravadas em pedra.»

As virtudes bélicas hoje em dia chamam-se "relações publicas" factor importante para angariar mão-de-obra e recursos para as forças armadas.
Não quererá o e-pá que o desfile dos três ramos das forças armadas portuguesas decorra, como em Atenas, num recinto privado e somente para consumo interno.
A democracia não precisa de provas de força, sejam elas quais forem, mas também não necessita de ser constantemente (re)lembrada que é preciso acautelar o presente contra os salvadores da pátria.
Utilizar o passado para profetizar a desgraça é sempre contraproducente…
Anónimo disse…
Mano 69
"A democracia não precisa de provas de força, sejam elas quais forem, mas também não necessita de ser constantemente (re)lembrada que é preciso acautelar o presente contra os salvadores da pátria."

A minha concepção é: sempre que um País (qualquer que seja) está em crise política, económica ou social é preciso acautelar contra o surgimento de "salvadores da pátria".
Quanto maior for a crise, mais cautela.
Mano 69 disse…
Caro e-pá

Continuo a não concordar consigo, continuo a achar que o prazo de validade dos salvadores da pátria é sempre muito curto...
Anónimo disse…
Mano 69

A História não nos ensinou isso!
O último que tivemos durou 48 anos... e o seu prazo de validade foi interrompido por um acidente "de cadeira".
Anónimo disse…
Excellent, love it! » » »

Mensagens populares deste blogue

Divagando sobre barretes e 'experiências'…

26 de agosto – efemérides