Um dos homens que em Portugal sabe desta ‘poda’ (financeira), isto é, das suas ' maningâncias ' assente num saber camoniano (de 'experiência feito') é João Rendeiro (de sua graça) que resolveu produzir sobre o ‘caso GES/BES’, em desenvolvimento, algumas afirmações deveras preocupantes. Trata-se de um expert que sendo, neste momento, um dos principais arguidos no processo BPP ostenta publicamente o ‘ savoire faire ’ relativo a estas coisas e é tido pelos ‘ mercados ’ como um analista qualificado (que terá apreendido com o ‘desastre BPP’). Este ex-banqueiro (actualmente está inibido de exercer essa ‘profissão’) que virou comentador económico-financeiro na blogosfera ( link ; link ) admite que o impacto na economia gerado pela ‘crise GES/BES e associados’ poderá ser quantificado numa queda do PIB que atingirá 7,6% link . Até aqui as preocupações políticas (do Governo e dos partidos) têm-se centrado sobre quem vai pagar a falência do Grupo (BES incluído) e as c
Comentários
É como pôr o Carlos Esperança a comentar uma Missa!
Estes argumentos de autoridade não valem a ponta de um corno.
Espero que refute os factos pois não sou devoto da fonte.
Mas... factos, são factos. Ou não?
Ideológica e socialmente, estamos ao nível do pensamento ultra-puritano dos pais fundadores do Mayflower, para quem os círculos puritanos da Holanda já não serviam no séc.XVIII. Politicamente estamos ao nível do pensamento que moveu as cruzadas no séc.XIII.
Nestas bases, é de concluir que o mundo, e o planeta, e a vida dos homens que nele habitam, não podiam estar em melhores mãos. E que não são de estranhar novas catástrofes.
É claro que a América não é apenas a clique de fanáticos, débeis mentais e corruptos que a governam hoje. Mas ver em tudo isto apenas anti-americanismo, como parece fazer o Anónimo das 12:47, é capaz de ser um bilhete de entrada para o bom espectáculo que a coisa promete. A ver vamos.
Todos os fanatismos e fundamentalismos me preocupam, pois não são mais que um travão civilizacional.
A situação é, para um leigo nestas matérias,bastante confusa.
A Igreja Metodista Unida (UMC) afirma que “O Presidente Bush e o Vice-Pres. Cheney são membros da nossa denominação". Todavia, ao contrário do que seria de esperar, a Assembleia Geral da Igreja Presbiteriana (PCUSA) lançou um apelo aos dirigentes dos EUA para que “se precavenham contra o unilateralismo” que alimenta a noção de que “o poder faz o direito”, colocando os EUA contra a mais vasta comunidade das nações.
Uma crítica ao estilo das igrejas, sob o manto da retórica e das meias-palavras. Mas, indubitavelmente, o retirar do tapete à política externa dos EUA.
E, assim, desaparecia, para o comum dos mortais, a almejada inspiração divina.
Aliás, tendo a igreja baptista actualmente "muitos ramos" e diversas facções, será de salientar que, a primitiva Igreja Baptista, para além do baptismo adulto por imersão tem como base doutrinária outros 2 posicionamentos, valiosos para o comportamento político dos seus aderentes:
1. liberdade de consciência do indivíduo;
2. Separação entre Igreja e Estado.
Esta ultima noção, vigorava entre os Baptistas, mesmo antes do Iluminismo.
Muitos dos políticos e homens influentes na vida pública ou privada americana pertenceram a esta Igreja. São exemplos os ex-presidentes: Harry Truman; Jimmy Carter e Bill Clinton. E, para a geração dos 50-60, o magnata do petróleo: John Rockefeller.
Agora, Bush e os seus colaboradores aparecem na
Convenção Baptista do Sul (SBC), uma organização (dissidente?)surgida há uma dezena de anos e que hoje é a maior união baptista dos EUA. Convém referir que a Convenção Baptista do Sul, desde logo, manifestou total apoio a George W. Bush no seu propósito de derrubar o regime de Saddam Hussein.
Na última Convenção que teve lugar em Junho deste ano na Carolina do Norte, Condoleezza Rice apareceu aí para defender a política da administração Bush no Iraque. Perante um auditório de 12.000 baptistas foi longamente ovacionada quando, citando (elogiando) a acção americana no Iraque se referiu aos resultados no terreno, exemplificando esses sucessos, com a morte de al-Zarqawi.
Sobre o terrorismo, nessa Convenção, teorizou:
"Os EUA, quando possível, trazem terroristas para a justiça , mas quando é necessário trazem a justiça para os terroristas." Interessante, trocadilho entre o "possível" e o "necessário". É a isto se subordina á ética política americana de hoje. A exportação arbitraria (ele chama-lhe "necessária") da justiça.
Isto, proferido por uma eventual candidata republicana (ultra-conservadora) às próximas presidenciais nos EUA - como foi referido nesta Convenção.
É esta promiscuidade político-religiosa e de violação dos direitos fundamentais (a justiça "possível" e/ou "necessária") que sustenta o pensamento dos políticos que actualmente dirigem o País mais poderoso (em termos bélicos)do Mundo. E que - finalmenmte percebemos! - quer manter indefinidamente o novo Gulag de Guantánamo,... e esconder outras atrocidades que o desenrolar do tempo vem revelando e ... ,estou certo, continuará a revelar.
Carlos Esperança:
Vai ser uma herculea e persistente tarefa contrariar e denunciar, tantos fundamentalismos de múltiplas origens.
Porque, tenhamos presente, todos potencialmente desenbocam em guerras.
Levam à letra o Apocalipse, e a segunda vinda de Cristo, que levará os seus para um céu salvífico. E recolhem o dízimo e as ofertas, lavrando afanosamente os terrenos da aflição e do desespero humano.
Estes discursos estão ao alcance de qualquer um por aí, nas IURD's, Maná's e outras. O que eu não imaginava é que tais atitudes e posições são assumidas expressamente por quem vai tendo nas mãos os destinos do mundo. Quem assim acredita no Armagedão não pode fazer outra coisa senão desejar que ele chegue. Ou mesmo provocar a sua chegada.
C.Rice in "Southern Baptist Convention", jun 2006.
Condoleeza Rice finalmente - em alienante ambiente místico e criacionista - explicitou o actual pensamento político norte-americano no combate ao terrorismo!
Ao terrorismo internacional (al-Qaeda, etc.) contrapõe o "terrorismo de Estado". Baseado no escabroso princípio de que a força faz a lei.
É isso que está a fazer no Irão e, a isso, quer obrigar, sob o diáfono manto da NATO, os ditos seus aliados "atlantistas", no Afeganistão.
Não podemos ser cúmplices destes crimes anti-humanitários e alimentar esta escalada de violência. Sabemos que a violência gera mais violência.
A Europa tem de afirmar-se por outros princípios democráticos e, de modo determinado, distanciar-se destes fanáticos propósitos.