O fecho de maternidades e o humor


O encerramento de algumas maternidades é uma decisão que suscita a unanimidade dos técnicos e a fúria das populações, acicatadas pelos autarcas, bairrismo e alguns partidos políticos.

A segurança, que apenas os centros bem apetrechados garantem, é motivo suficiente para justificar a medida, que junta à melhoria da saúde materna uma economia de meios de que o país carece.

Algumas dessas maternidades não dispunham de um único pediatra especializado em neonatologia nem de anestesiologista em permanência.

Só a paixão partidária ou o bairrismo podem contestar o acerto destas medidas, ao contrário de outras que parecem um ataque ao S.N.S. e que merecem, essas sim, a vigilância e oposição dos portugueses.

Comentários

Anónimo disse…
Completamente de acordo com o fecho das maternidades que não reunem condições de bom funcionamento.
Falta, porém, o mais acertado e, logo, o mais difícil. Falo de uma "carta hospitalar portuguesa".
Aí, sim, haveria um eficiente combate ao desperdício o que, nos tempos que vivemos, era acertado.
Deixariamos de lado medidas pontuais - que ninguém entende a lógica - como o fecho do Hospital do Desterro, a desactivação progressiva do Hospital de Torres Novas, etc.

O mais difícil seriam sempre os mesmos: autarcas, partidos políticos, etc.
Mas todos sabemos que no caderno de reivindicações de qualquer presidente da Junta está um Hospital, uma Universidade, uma auto-estrada à porta...
Neste quadro irrealista dissolve-se qualquer humor e não se apanham "boleias"...
Anónimo disse…
Se a equipa do Sócrates resolver atirar-se da ponte abaixo, estou mais do que certo que o sr. Esperança vai atrás deles ... e culpa os autarcas. Nas próximas autárquicas apoia cegamente o palermoide que o PS escolher... Valha -me deus...
Anónimo disse…
"Os deputados são preguiçosos, incultos e eleitos de forma errada"
Maria Filomena Mónica, dixit,
autora de "Dicionário Biográfico Parlamentar" (2006)
Vítor Ramalho disse…
Se fosse outro governo de outro partido a tomar esta decisão, lá estava o Esperança a dar-lhes na cabeça.
Se as maternidades não têm condições então vamos, resolver o problema dotando-as dos meios materiais e humanos necessários.
miguel p disse…
há realmente a questão, levantada inconscientemente pelo anónimo anonymous da 01:11 que vale a pena, começar a reflectir: quem deve ser o candidato ps á camara contra, ao q tudo indica, pina prata?
primeiro é preciso convencer vbatista a não se meter nisso, depois é escolher.
seriamente e para ganhar.
Anónimo disse…
Meu caro Miguel P:
Não foi de forma inconsciente que o disse. É que o PS, tanto a nível nacional (será que ainda existe?)como distrital só erra, porque existem muitos C. Esperança que lhes dão cobertura.
Anónimo disse…
Vitor Ramalho:
E onde é que V. vai buscar os tais meios materiais necessários? Isso, o cacauzito!
E já agora também os meios humanos? Os obstetras, os anestesistas, os pediatras, os neo qualquer coisa, os enfermeiros do ramo! Todos multiplicados por três turnos, para fazer um dia inteiro!
Fora o resto!
miguel p disse…
anonymous, eu votaria hoje com maior convicção no sócrates, do que o fiz em fevereiro.
sem grandes hesitações mas sem seguidismo ou unanimismo virtual.

quanto ao ps distrital, foram, quanto a mim, cometidos erros estratégicos em sitios concretos, mas a avaliação dos militantes foi clara nas ultimas eleições para a federação... os militantes têem o partido que escolheram.
o que talvez safe a coisa é faltar muito tempo, para 2008...
Vítor Ramalho disse…
Caro UFO said...por exemplo ao TGV.
Relativamente à falta de pessoal, gostaria de ver o governo aumentar significativamente o número de vagas em Medicina.
JN disse…
Em relação ao assunto escrevi algo no piolhodasolum.blogspot.com

Em resumo, o que me custa não é que se fechem maternidades, tribunais, etc,etc.
O que me custa é que nada se dá em troca. É o definhar de um pais, a tombar para o mar.

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