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A FRASE
Por
Carlos Esperança
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A descolonização trágica e a colonização virtuosa
Por
Carlos Esperança
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Ramalho Eanes referiu como trágica a descolonização em que «milhares de pessoas foram obrigadas a partir para um país que não era o seu». Tem razão o ex-PR cujo papel importante na democracia e o silêncio o agigantou depois da infeliz aventura por interposta esposa na criação do PRD e da adesão à Opus Dei, sempre por intermédio da devota e reacionaríssima consorte, que devolveu o agnóstico ao redil da Igreja. Eanes distinguiu-se no 25 de novembro, como Dinis de Almeida no 11 de março, ambos em obediência à cadeia de comando: Costa Gomes/Conselho da Revolução . Foi sob as ordens de Costa Gomes e de Vasco Lourenço, então governador militar de Lisboa, que, nesse dia, comandou no terreno as tropas da RML. Mereceu, por isso, ser candidato a PR indigitado pelo grupo dos 9 e apoiado pelo PS que, bem ou mal, foi o partido que promoveu a manifestação da Fonte Luminosa, atrás da qual se esconderam o PSD e o CDS. Foi nele que votei contra o patibular candidato do PSD/CDS, o general Soares...
Comentários
Continuamos desatentos e a não valorizar o que se está a passar na América Latina.
Há alguns dias tivemos uma Cimeira Ibero-Latinoamericana.
Pouco mais produziu do que o "frisson" mediático do:
"Por qué no te callas?".
Foi a XVII Cimeira que, como sempre, andou a "partir pedra".
Recentemente, com toda a independência política que disfrutam, fora de qualquer contexto paternalista dos seus antigos colonizadores, a Venezuela, o Brasil, a Bolivia, o Equador, a Argentina, o Uruguai e o Paraguai, resolvem formar o BANCO DO SUL, com um capital social de 7 mil milhões de dólares.
Foi o consolidar da caminhada para a autonomia financeira dessa enorme região.
A libertação da tenaz do Fundo Monetário Internacional.
A dramática recessão argentina deu os seus frutos. Os Países sulamericanos souberam tirar ilações. Aprende-se com os erros.
Resultado: o recém-formado Banco aguarda a incorporação do Chile, Perú, Guiana e Suriname.
A América Latina vive um grande momento de inovação política onde os povos tomam nas mãos as rédeas do seu destino, confiam nas suas capacidades, estão dispostos a administrar as suas riquezas e a construir o futuro.
As cimeiras multilaterais vão tornar-se, ou inúteis, ou meros desfiles folclóricos - em grande parte por culpa e incapacidade próprias.
Já não é o anti-ameranismo que os move.
É a sua determinação em ocupar o lugar que têm direito no Mundo.
Deixaram de congregar-se "contra", para confluirem "por" ... autonomia, desenvolvimento, progresso, modernidade.
A XVIII Cimeira Ibero-Latinoamericana será pertinente?
Ou, devemos inquirir:
"Por qué lo hacen?"
Um abraço de um leitor atento
Tem toda a razão mas penso que os meus colegas, que já deram contribuições exemplares, não querem aturar alguns insultadores militantes.