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Anónimo disse…
João Silva confessa começar a ficar farto
Escrito por Rui Avelar
10-Out-2007
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João Silva confessa começar a ficar farto
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O antigo autarca João Silva (Coimbra) está a ponderar desvincular-se do Partido Socialista e já deu conta disso ao secretário-geral, soube o “Campeão”.

Antigo vereador da Câmara de Coimbra, sob a presidência de Manuel Machado, e membro da Assembleia Municipal no quadriénio 2002/05, o cidadão foi ignorado pelo PS local, há dois anos, aquando da formação das listas para os órgãos autárquicos.

“Como tenho as quotas pagas até ao final do ano, vou reflectir neste período [de dois meses] e tomar uma decisão, que é dolorosa, no princípio de 2008”, declarou ao nosso Jornal o militante socialista.

João Silva invoca “aquilo que vem acontecendo, nos últimos tempos, no PS/Coimbra” para alegar “impossibilidade de continuar enquanto militante a pactuar com determinadas situações”.

“É difícil continuar a afirmar-me como socialista e de Esquerda e militar num partido que, a nível local, vive coligado com uma maioria de Direita na Câmara e tem sido incapaz de apresentar qualquer proposta coerente, socialista e de Esquerda”, desabafou.

De resto, alega, o PS/Coimbra tem alienado o seu património político de índole autárquica e tem-se posto de cócoras, nomeadamente perante Carlos Encarnação, de forma chocante e inacreditável.

Por outro lado, acrescentou João Silva ao “Campeão”, “por tudo o que tem vindo a público, o PS/Coimbra não é o dos valores e da ética” em que se filiou.

“Não sou juiz e, por isso, não julgo quem quer que seja, mas a minha intervenção política em nome de ideias e valores e no respeito por princípios éticos não me permite continuar a militar num partido onde reina o silêncio perante graves situações”, vincou.



“Silêncio chocante”



Para o desencantado militante socialista, “o mais chocante é o silêncio que reina em Coimbra, a incapacidade de reacção evidenciada por um partido morto por dentro e apático e que assiste ao ruir das suas estruturas morais sem reagir”.

“Este não é, obviamente, o meu PS”, acentua.

Em carta acabada de enviar a José Sócrates, João Silva começa por aludir a outra mensagem, datada de Janeiro de 2007, em que lhe deu conta de um conjunto de preocupações relativamente à situação do Partido Socialista em Coimbra.

Na primeira missiva (vide a nossa edição de 15 de Março de 2007), o militante assinala ter sido impelido a escrever pela “dolorosa convicção de que a forma como o PS faz hoje política em Coimbra é profundamente desastrosa e levará a uma nova derrota autárquica em 2009”.

“Apesar do ostracismo a que fui votado a nível local, tenho dado permanentemente a cara como socialista em intervenções diversas”, acrescenta ele na segunda carta.

“Entendo escrever de novo [a José Sócrates] tão-só por que, tendo desempenhado funções autárquicas, é difícil aceitar, impávido e sereno, o que se está a passar em Coimbra”, assinala o autor da carta em alusão à acusação deduzida pelo Ministério Público a Luís Vilar (líder concelhio do PS).

Para o antigo vereador, “um dos patrimónios do Partido Socialista em Coimbra é o da integridade e bom nome dos seus autarcas que, num período de 12 anos, com Manuel Machado como presidente da Câmara, nunca se viram envolvidos em situações menos claras à luz da lei”.

Desconhecendo se há alguma «doutrina» do PS sobre o comportamento a adoptar em situações como a da dedução de acusação a Luís Vilar (que permanece como líder partidário de âmbito concelhio e vereador), João Silva previne José Sócrates que, “a manter-se uma situação de inacção, com incalculáveis custos políticos para o partido a nível local”, considera inevitável a sua desvinculação.

O ex-autarca diz saber que a sua posição e o provável afastamento não constituirão preocupação para os dirigentes do PS/Coimbra, os quais, assinala ele, talvez até vejam o gesto com alívio.

“Quero continuar a viver honradamente e de cabeça erguida, na minha cidade, e na actual situação começa a ser difícil”, conclui João Silva na carta acabada de enviar ao líder do PS.
Anónimo disse…
DISCRIMINAÇÃO SOCRÁTICA
EM 2006 O GOVERNO DEU:
Á CARRIS (LISBOA)-45.458.519,53€
AOS STCP (PORTO)-16.318.442,67€
AOS SMTUC (COIMBRA)-0,00 (zero)€
Anónimo disse…
Como as três Câmaras eram do PSD pode-se ver que o culpado é o autarca de Coimbra.

Ou os Governos de Cavaco, Durão e Santana procederam de forma diferente?

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