BCP – Millennium
Os pios amores entre Jardim Gonçalves e Teixeira Pinto foram dilacerados pelo afiado gume do vil metal. Não os separou a fé nem, que se saiba, as divergências na defesa da limpidez do negócio. Nem os magros salários estiveram na origem do divórcio, palavra que soa a pecado aos castos tímpanos dos gestores desavindos.
A nomeação de uma Administração pelo Governo ou, melhor, pelo Banco de Portugal e pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários era a medida que se impunha, com carácter transitório, para gerir, sim, e averiguar os ilícitos criminais, se os houve, para logo a seguir entregar o caso aos tribunais e às Finanças, se fosse caso disso.
Não sei se se está perante um escândalo similar aos que abalaram a vizinha Espanha (Rumasa e Matesa) ou aos que atingiram, em Roma, o IOR do Vaticano e o Banco Ambrosiano. A haver crime, não é uma administração negociada entre os accionistas e o Governo que averigua eventuais fraudes, é uma administração à margem dos accionistas que não souberam quem sentaram na cadeira do poder ou que, sabendo, se calaram para beneficiar de proventos ilícitos ou eventuais fugas ao fisco.
O BCP poderia ser o laboratório onde as autoridades fiscais aprendessem como alguns bancos se comportam para com o Estado do país onde estão domiciliados.
Não auguro grandes devassas onde parece haver compromissos prévios entre o Governo e os accionistas privados do BCP e onde o PSD vende o dever de oposição e vigilância mendigando um emprego para presidente da CGD.
A nomeação de uma Administração pelo Governo ou, melhor, pelo Banco de Portugal e pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários era a medida que se impunha, com carácter transitório, para gerir, sim, e averiguar os ilícitos criminais, se os houve, para logo a seguir entregar o caso aos tribunais e às Finanças, se fosse caso disso.
Não sei se se está perante um escândalo similar aos que abalaram a vizinha Espanha (Rumasa e Matesa) ou aos que atingiram, em Roma, o IOR do Vaticano e o Banco Ambrosiano. A haver crime, não é uma administração negociada entre os accionistas e o Governo que averigua eventuais fraudes, é uma administração à margem dos accionistas que não souberam quem sentaram na cadeira do poder ou que, sabendo, se calaram para beneficiar de proventos ilícitos ou eventuais fugas ao fisco.
O BCP poderia ser o laboratório onde as autoridades fiscais aprendessem como alguns bancos se comportam para com o Estado do país onde estão domiciliados.
Não auguro grandes devassas onde parece haver compromissos prévios entre o Governo e os accionistas privados do BCP e onde o PSD vende o dever de oposição e vigilância mendigando um emprego para presidente da CGD.
Comentários
Há molusco a mais, na vida política do meu país.