Antes das 11 horas da manhã, uma numerosa comitiva de polícias, militares da GNR, e alguns outros do Exército, tomaram posições em frente à Igreja de Santa Cruz. Bem ataviados esperavam a hora de deixarem a posição de pé e mergulharem de joelhos no interior do templo do mosteiro beneditino cuja reconstrução e redecoração por D. Manuel lhe deu uma incomparável beleza. Não era a beleza arquitetónica que os movia, era a organização preparada de um golpe de fé definido pelo calendário litúrgico da Igreja católica e decidido pelas hierarquias policiais e castrenses. Não foi uma homenagem a Marte que já foi o deus da guerra, foi um ato pio ao deus católico que também aprecia a exibição de uniformes e a devoção policial. No salazarismo, durante a guerra colonial, quando as pátrias dos outros eram também nossas, não havia batalhão que não levasse padre. Podia lá morrer-se sem um último sacramento!? Éramos o país onde os alimentos podiam chegar estragados, mas a alma teria de seguir lim...
Comentários
Mais valia ter feito uma carreira de ministro, com súplica de socialista e bênção de instrumentos de desenvolvimento da humanidade. Isto sim é um pout-pourri da conceptualização da etnicidade socialista…
Para além da falta de ética republicana a situação adquiriu raias do burlesco...
Vejam a cena: um alto responsável político a solicitar benzedura a um campo de treino "para ensinar a matar" e um clérigo matreiro, escusando-se, a suplicar pela Paz!
Quando será que os políticos afinam a pontaria e aproveitam as oportunidade para respigar como alguns?
Entretanto, os meios de comunicação do Estado, transmitiram a mensagem de Natal do Cardeal Patriarca, dirigida aos portugueses (sejam ateus, agnósticos, muçulmanos, judeus, hindus, protestantes, etc.).
Ecléctica postura!