O Vaticano é antiquado, provinciano e… reaccionário
O Papa é santo por profissão e celibatário por devoção. É respeitado pelos católicos em tudo o que diga e faça por mais contraditório e lamentável que seja o seu pensamento. A história do papado é um catálogo de horrores ocultos e de decisões condenáveis.
O Vaticano é a herança dos acordos de Latrão assinados com Mussolini, o líder fascista que tornou obrigatório o ensino da religião católica nas escolas públicas de Itália e que o Papa de turno designou como enviado da Providência. Esse bairro de 44 hectares está ao serviço de uma rede eclesiástica que influencia decisões políticas em todo o mundo.
O Vaticano não está acima das suspeitas e críticas que, de todo o lado, lhe são dirigidas. Os escândalos financeiros em que se envolve costumam parar na imunidade de que goza esse Estado dissimulado. É um offshore para a lavagem de dinheiro e para a protecção de prevaricadores. O arcebispo Marcinkus nunca foi preso porque João Paulo II foi seu protector e negou a extradição pedida pelas autoridades italianas.
O Opus Dei, uma seita reaccionária e poderosa, esteve comprometida nos escândalos Rumasa, Matesa e Banco Ambrosiano, sem falar das relações privilegiadas com o BCP Milenium, em Portugal. É a única prelatura pessoal do papa.
Os Legionários de Cristo, outra seita poderosa que ajeitava a canonização do fundador, viu as pretensões goradas por inúmeros processos de pedofilia que ocultou e acabou por desistir quando ao padre Maciel, falecido com odor a santidade, além da pedofilia que se procurava esquecer, foi descoberta uma filha.
Os crentes, muitos com honestidade ou ignorância, acreditam na bondade do Papa e dos cardeais da Cúria mas têm de ser confrontados não com a mentira do deus que dividem em rodelas na missa mas com as responsabilidades políticas do gerente do Vaticano.
São públicos o carácter reaccionário e anti-semita dos bispos cismáticos de Monsenhor Lefebvre, o pendor nazi e o ódio antijudaico dos seus padres e crentes, tão ferozes que até João Paulo II notou e que, para evitar a vergonha, excomungou. JP2 não aguentou a pressão fascista e excomungou-os da sua Igreja cujo passado era, nesse campo, pouco recomendável.
B16 desexcomungou os bispos e padres desse antro nazi da Fraternidade Sacerdotal de S. Pio X (FSSPX) e, ao fazê-lo, teve a cumplicidade dos crentes que no Diário Ateísta bolçam insultos contra os ateus. São cúmplices, pois.
Comentários
mais uma cambada de senhorinhos que são cavaleiros e dispõem de centos de hectares de lezíria
para produzir uns bicharocos
e empochar uns dinheiros do set-aside
e o qué que eu tenho a ver com uma organização decadente e a sofrer
achaques
as qu'inda mexem é que me chateiam
A cegueira ateísta totalitária (passe as redundâncias...) de que enferma, tolhe-lhe o espírito crítico e independente, que quer mostrar, mas não possui.
Antigos e recalcados traumas, que só um bom psiquiatra poderá, talvez, resolver, levam-no a fazer a catarse contra a Igreja Católica, neste caso, na pessoa do Santo Padre e outros ilustríssimos seus representantes.
O Sr. Carlos Esperança, crente fervoroso que é e sempre foi, julga afastar os seus fantasmas, convocando o ódio doentio pela Igreja.
Não sabe que, assumindo a sua crença, se libertará.
Rezarei por si, pela sua saúde mental e pelo dia em que, finalmente, se libertará das garras opressoras da militância ateísta.
Que o Senhor esteja consigo, o ajude e lhe ilumine o Caminho para a Verdade.
É um prazer voltar a encontrar a sua prosa neste espaço de liberdade onde todos nos podemos exprimir.
Quanto às suas orações, agradecendo a intenção, permita-me que o advirta do desperdício.
O deus do Pai de Família tem por mim a mesma consideração que eu lhe dispenso.
A si, Pai de família, considero-o e aprecio a qualidade do português que escreve.
Cumprimentos republicanos, laicos e democráticos.
Antes de mais, retribuo o cumprimento quanto à qualidade do português escrito.
Tal como eu, o Sr. Carlos Esperança aprendeu a ler e a escrever durante o tal "período das trevas", também conhecido como "Estado Novo".
Ora aqui está uma "pesada herança do salazarismo" que o Sr. Esperança, decerto, não enjeitará...
Ao ver a indigência da escrita dessa mocidade pós-25A que por aí vai...
Adiante.
Bem pode advertir-me do desperdício, mas sempre o advirto eu, agora de volta, do amor que Deus Nosso Senhor guarda até para aqueles que ostensivamente o odeiam.
A si, Sr. Carlos Esperança, também o considero e escusado será lembrar que a qualidade do português por si escrito está acima de qualquer crítica.
Assim, retribuo os cumprimentos que me dirige, desta vez, da minha parte, monárquicos e católicos.