O PR, o silêncio e o caos
Quando Portugal parece estar em estertor, quando o Governo parece uma barata tonta, a colocar os últimos rapazes nas derradeiras gamelas, e a fina flor da alta burguesia está a contas com a Justiça, o PR, em estado cataléptico, remeteu-se ao silêncio total ou entrou em retiro espiritual. Dele não há notícias nem reparos ao pântano onde os seus amigos mergulharam, arrastando o País numa espiral onde se afundam a ética, os bons costumes e os últimos cabedais.
Talvez a digerir o repasto onde nasceu a sua primeira candidatura a PR, na mais infeliz decisão de Ricardo Salgado, um jantar em que este reuniu conspiradores profissionais, Marcelo, Barroso e o então disponível candidato Cavaco, com as respetivas mulheres, o certo é que não aparece agora no Faceboock, na TV, ou em recados para os jornais.
O principal responsável deste trágico Governo, refugiou-se algures entre uma multidão de seguranças, ou encontra-se em digressão com os netos em bucólica deambulação por entre vacas sorridentes, ou em isolamento total com receio de escutas.
O País não pode continuar a ter um PR que foge nem um PM que permanece.
Talvez a digerir o repasto onde nasceu a sua primeira candidatura a PR, na mais infeliz decisão de Ricardo Salgado, um jantar em que este reuniu conspiradores profissionais, Marcelo, Barroso e o então disponível candidato Cavaco, com as respetivas mulheres, o certo é que não aparece agora no Faceboock, na TV, ou em recados para os jornais.
O principal responsável deste trágico Governo, refugiou-se algures entre uma multidão de seguranças, ou encontra-se em digressão com os netos em bucólica deambulação por entre vacas sorridentes, ou em isolamento total com receio de escutas.
O País não pode continuar a ter um PR que foge nem um PM que permanece.
Comentários
Quando um PR, garante político da Constituição, sugere ao Tribunal Constitucional que tome em consideração as ‘obrigações internacionais’ (vulgo o Tratado Orçamental) em prejuízo da Lei Fundamental link não estamos perante um gritante caso de interferência presidencial junto de outros órgãos de soberania a arrepio dos compromissos que assumiu perante os portugueses?
Saberá o PR que o Tratado Orçamental não foi (deliberadamente) inscrito na Constituição (como desejava a Srª. Merkel secundada por Passos Coelho) e que, portanto, não ‘preenche’ qualquer preceito constitucional não podendo ser equiparado a tal?
Porque o PR não assume de modo transparente e directo que solicitou o pedido de fiscalização preventiva dos diplomas a ‘mando’ do Governo?
Teria aí uma boa razão para quebrar o aparente silêncio e evitar o caos que se avizinha!
Não foi na qualidade de PR mas na de emissário do Governo.