Alegre e as eleições presidenciais
Sinto-me mais próximo de Manuel Alegre do que de José Sócrates. A idade, a memória e os afectos identificam-me irremediavelmente com um dos mais sólidos intelectuais portugueses, escritor de primeira água e resistente sem mácula - um herói civil de Abril.
Não recordar o exílio, não apreciar o poeta da liberdade, não estimar o tribuno das grandes causas e o soldado de todas as batalhas, é injustiça e falta de sensibilidade.
Dito isto, não apoio, neste momento, a candidatura de Manuel Alegre à Presidência. Com pena. Com raiva. Com mágoa.
A política é o que é. Apoiar Manuel Alegre, depois da decisão tomada pelo secretário-geral do PS, é afrontar o líder do partido e o primeiro-ministro.
Há nas movimentações a favor de Manuel Alegre quem se mova por princípios de ética, solidariedade e coerência. Mas há também quem queira ressarcir-se da derrota interna no PS, quem procure ganhar na secretaria o que perdeu nas directas, quem pretenda fazer tábua rasa de uma vitória com mais de 70% dos votos dos militantes.
Sendo as coisas o que são, não há melhor forma de combater o Governo do que através de candidaturas alternativas.
E não digam que as candidaturas não são partidárias. Cavaco Silva aparece pela mão do PSD, com a capitulação resignada do CDS, o apoio folclórico do PPM (partido com mais militantes do que eleitores) e a irrelevante solidariedade do PND.
Não recordar o exílio, não apreciar o poeta da liberdade, não estimar o tribuno das grandes causas e o soldado de todas as batalhas, é injustiça e falta de sensibilidade.
Dito isto, não apoio, neste momento, a candidatura de Manuel Alegre à Presidência. Com pena. Com raiva. Com mágoa.
A política é o que é. Apoiar Manuel Alegre, depois da decisão tomada pelo secretário-geral do PS, é afrontar o líder do partido e o primeiro-ministro.
Há nas movimentações a favor de Manuel Alegre quem se mova por princípios de ética, solidariedade e coerência. Mas há também quem queira ressarcir-se da derrota interna no PS, quem procure ganhar na secretaria o que perdeu nas directas, quem pretenda fazer tábua rasa de uma vitória com mais de 70% dos votos dos militantes.
Sendo as coisas o que são, não há melhor forma de combater o Governo do que através de candidaturas alternativas.
E não digam que as candidaturas não são partidárias. Cavaco Silva aparece pela mão do PSD, com a capitulação resignada do CDS, o apoio folclórico do PPM (partido com mais militantes do que eleitores) e a irrelevante solidariedade do PND.
Comentários
E os acéfalos pensam pela cabeça dos outros. De preferência pela cabeça do secretário-geral.
Não votei para o secretário-geral. Não sou filiado no PS. Desde 1975 que não tenho qualquer militância p+olítica. Tive de 1961 a 1975. Mas sei analisar politicamente as situações.
O que me move é a luta contra a Direita não é a defesa de um partdo.
Perante a casssete neo-liberal defendo quem tem consciência social.
O PS é o partido possível neste momento. Sócrates é o primeiro-ministro necessário.
Ou querem o regresso de Santana Lopes e do seu bando?
Não, não sou ingénuo,sei bem que o candidato da direita é Cavaco Silva, e que o Soares há primeira vista é o candidato que dá a melhor hipótese de vitória ELEITORAL, mas o que é preciso é de uma vitória para PORTUGAL, não para o PS.
Abreijos Aeminienses
As presidenciais já deixaram, há muito, de ser uma coisa séria. Soares? Por amor de Deus... a solução só se apresenta como "a possivel" para quem não quer ver soluções novas.
Manuel Alegre, porque não? É um homem de ideologia, de ideais, um intelectual. Tem o perfil para assumir o cargo. E não será gozado na europa pela sua vetusta idade... não pensem que a idade traz apenas o respeito: é também uma forte tentação para incrementar o anedotário nacional!
Quanto ao Cavaquinho, nem o comento. Preferia que ele não se candidatasse, porque não queria, de forma alguma, que ele assumisse o papel de P.R., por razões de personalidade... óbvias!
è pena que se utilize esse argumento perfeitamente ridiculo e imbecil....pouco proprio de uma sociedade evoluida.
Até noutros tempos as sociedades mais primitivas perceberam que deviam ser governadas por anciãos e dai nada vei de mal......
Actualmente julgo que a idade é irrelevante haja é inteligencia e isso ninguem pode nega-la a Soares.