Antes das 11 horas da manhã, uma numerosa comitiva de polícias, militares da GNR, e alguns outros do Exército, tomaram posições em frente à Igreja de Santa Cruz. Bem ataviados esperavam a hora de deixarem a posição de pé e mergulharem de joelhos no interior do templo do mosteiro beneditino cuja reconstrução e redecoração por D. Manuel lhe deu uma incomparável beleza. Não era a beleza arquitetónica que os movia, era a organização preparada de um golpe de fé definido pelo calendário litúrgico da Igreja católica e decidido pelas hierarquias policiais e castrenses. Não foi uma homenagem a Marte que já foi o deus da guerra, foi um ato pio ao deus católico que também aprecia a exibição de uniformes e a devoção policial. No salazarismo, durante a guerra colonial, quando as pátrias dos outros eram também nossas, não havia batalhão que não levasse padre. Podia lá morrer-se sem um último sacramento!? Éramos o país onde os alimentos podiam chegar estragados, mas a alma teria de seguir lim...
Comentários
Convém estar alerta!
O desmantelamento da escola pública, através de cheques-ensino e outras propostas demagógicas é o primeiro passo para uma sociedade ainda mais desigual e menos coesa.
Caro André Pereira
Você é daqueles que quanto mais Estado melhor estado… da nação.
O ensino cooperativo e privado são importantes no ensino actual e não tem que deixar de existir para haver uma sociedade mais coesa e igual.
Não me diga que isso ainda é tiques de dirigente (partidário) estudantil numa universidade pública?
É preciso ter lata!
(Príncípio inviolável: a educação dos filhos é da responsabilidade dos pais - ponto final. Pelo menos, na educação dos meus filhos não manda o Estado nem outras "corporações" que todos conhecemos...)