Visão, Expresso, DN e Marcelo Rebelo de Sousa
Alguns leitores lembrar-se-ão da queixa que fiz aos órgãos da comunicação social sobre o facto de publicarem uma mentira quanto à opinião de Fernando Pinto, director da TAP, a respeito do aeroporto da OTA. Estão publicadas aqui no «Ponte Europa».
O referido gestor desmentiu uma vez, depois nunca mais reclamou contra a mentira que lhe atribuía uma opinião negativa quanto ao previsto aeroporto.
Face à falta de ética das referidas publicações, reclamei para a Alta Autoridade para a Comunicação Social.
Aqui fica a resposta que recebi e que deixo à consideração dos leitores e dos partidos políticos. Fiquei mais esclarecido juridicamente e muito decepcionado. A mentira compensa.
Exmo. Senhor Carlos Esperança,
aesperança@mail.telepac.pt
Ofício nº 1734 /AACS/2005 AGO05PI211
Assunto: Queixa contra órgãos de comunicação social.
Em referência à queixa formulada por V. Exª. contra os órgãos de comunicação social "Visão", "Expresso" e "Diário de Notícias", cumpre esclarecer que, nos termos do nº 1 do art. 25º da Lei nº 2/99, de 13 de Janeiro (Lei de Imprensa), o direito de rectificação deve ser exercido pelo próprio titular (neste caso, o Senhor Dr. Fernando Pinto), ou pelo seu representante legal, mas não por terceiros. Nestes termos, não sendo V. Exª. representante legal do titular, não se aplica à situação em apreço a figura do direito de rectificação.
Quanto à carta enviada ao Director do "Diário de Notícias", mais se esclarece que, nos termos da lei, constitui direito deste último determinar o conteúdo do periódico que dirige e, nesta medida, publicar, ou não, as cartas que lhe são remetidas.
Com os melhores cumprimentos,
Lisboa, 17 de Agosto 2005
O Presidente
Armando Torres Paulo
Juiz-Conselheiro
O referido gestor desmentiu uma vez, depois nunca mais reclamou contra a mentira que lhe atribuía uma opinião negativa quanto ao previsto aeroporto.
Face à falta de ética das referidas publicações, reclamei para a Alta Autoridade para a Comunicação Social.
Aqui fica a resposta que recebi e que deixo à consideração dos leitores e dos partidos políticos. Fiquei mais esclarecido juridicamente e muito decepcionado. A mentira compensa.
Exmo. Senhor Carlos Esperança,
aesperança@mail.telepac.pt
Ofício nº 1734 /AACS/2005 AGO05PI211
Assunto: Queixa contra órgãos de comunicação social.
Em referência à queixa formulada por V. Exª. contra os órgãos de comunicação social "Visão", "Expresso" e "Diário de Notícias", cumpre esclarecer que, nos termos do nº 1 do art. 25º da Lei nº 2/99, de 13 de Janeiro (Lei de Imprensa), o direito de rectificação deve ser exercido pelo próprio titular (neste caso, o Senhor Dr. Fernando Pinto), ou pelo seu representante legal, mas não por terceiros. Nestes termos, não sendo V. Exª. representante legal do titular, não se aplica à situação em apreço a figura do direito de rectificação.
Quanto à carta enviada ao Director do "Diário de Notícias", mais se esclarece que, nos termos da lei, constitui direito deste último determinar o conteúdo do periódico que dirige e, nesta medida, publicar, ou não, as cartas que lhe são remetidas.
Com os melhores cumprimentos,
Lisboa, 17 de Agosto 2005
O Presidente
Armando Torres Paulo
Juiz-Conselheiro
Comentários
Especializados em passar a 'bola',neste caso devolvê-la, em não assumirem qq responsabilidade,em comprovarem que não servem para nada, que se não existissem ninguem dava por isso.
O pior, é que muitos deles são sustentados pela mangedoura governamental,sem um pingo de vergonha na cara.
Especialidade:«não te comprometas».
Uma cultura exemplar de tomada de «não decisões». Conheci alguns assim na tropa,inclusive generais.
Caro Prof,não temos que ficar «decepcionados» com esta gente, razão porque acabo frequentemento com um «Nada a fazer».
Revoltado, apesar de tudo.
Valha-me a solidariedade de quem não deitou fora os neurónios, preza a ética e tem o sentido cívico da intervenção.
Obrigado.
Há quem não se dê conta que é o direito à informação que está em causa. A AACS sabe de direito mas renuncia aos direitos de cidadania.
O Eça é que conhecia esta gente e, no nosso tempo, o Francisco Sousa Tavares.
ehehhehehheehe
Só ha tres caminhos, mandar esta turba às malvas e passar temporadas a banhos de civilizaçao, cortar a direito com a pena sem olhar a quem doi, em descriçoes criticas que desmascarem os instalados, ou virar a cara e assobiar para cima.
Ainda bem que nao és dos ultimos
PS: bom carlos foi por certo um lapso mas nao esqueça o sousa tavares filho, abraço fraterno
Não esqueço o Miguel Sousa Tavares que herdou a coragem do pai e a sensibilidade da mãe.
Mas não posso esquecer que eram de Francisco (pai) algumas das páginas mais vigorosas que li e que deviam fazer parte de uma antologia da literatura da coragem.
Recordo-me da sua última absolvição, por injúrias à magistratura, onde, em plena audiência, declarou que era sua intenção ofender os juizes, o que os ditos deram por não provado.