Freitas do Amaral
A saída de Freitas do Amaral, do Governo, ao que tudo indica por razões de saúde, é a interrupção ou o fim de uma carreira política de invulgar fulgor e dimensão cívica.
Freitas do Amaral já foi estimado e odiado por quase todos os portugueses, em momentos diferentes, mas nunca lhe faltou o carácter e uma enorme coragem.
O país deve-lhe o empenhamento de uma vida, a fidelidade a princípios que não se compadecem com a conveniência e um exemplar sentido de serviço público.
Conservador e católico, tolerante e culto, é uma referência ética que soube defender sempre a dignidade de Portugal e prestigiar os numerosos cargos que ocupou.
Não sendo da família política em que me revejo, não posso deixar de prestar a este vulto da República homenagem às qualidades que o exornam e à sua dimensão de homem de Estado.
O caso de Timor foi a mais recente oportunidade de manifestar clarividência e afirmar o seu raro sentido de prudência. Soube defender a honra de Portugal perante os obscuros interesses que se cruzam no jovem país sem capitular perante as grandes nações.
Obrigado, Freitas do Amaral.
Freitas do Amaral já foi estimado e odiado por quase todos os portugueses, em momentos diferentes, mas nunca lhe faltou o carácter e uma enorme coragem.
O país deve-lhe o empenhamento de uma vida, a fidelidade a princípios que não se compadecem com a conveniência e um exemplar sentido de serviço público.
Conservador e católico, tolerante e culto, é uma referência ética que soube defender sempre a dignidade de Portugal e prestigiar os numerosos cargos que ocupou.
Não sendo da família política em que me revejo, não posso deixar de prestar a este vulto da República homenagem às qualidades que o exornam e à sua dimensão de homem de Estado.
O caso de Timor foi a mais recente oportunidade de manifestar clarividência e afirmar o seu raro sentido de prudência. Soube defender a honra de Portugal perante os obscuros interesses que se cruzam no jovem país sem capitular perante as grandes nações.
Obrigado, Freitas do Amaral.
Comentários
Como quem anda pela vida e aprende.
Não há muitos assim, por aí.
E também não surpreende que alguns robertos de feira o vejam como traidor e renegado, e lhe defenestrem o retrato.
Não alinho nestes circunstancialismos.
Nunca gostei de ver F. do Amaral neste governo. Claro que por razões distintas dos "ressaibrados" CDS's.
Concedo que Freitas do Amaral depois de passar pela ONU, chegou (ideologicamente) diferente a Portugal. Saliento a sua posição sobre a guerra do Iraque. Mas, para mim, a sua evolução ideológica continua envolta em mistério e permanece enigmática. Há sempre algumas dificuldades em compreender as mudanças. Mas, integrá-las é, ainda, mais difícil.
A sua inclusão no governo de Sócrates pretendia alargar a base de apoio.
Em minha opinião, este objectivo não foi, nem de perto nem de longe, conseguido.
Foi um ministro com responsabilidades diplomáticas e, nesse campo, apesar dos esforços para desenvolver uma acção equilibrada e consensual, acabou por veicular demasiadas "gaffes".
A sua dor nas costas pode (maquiavelicamente) ter aliviado a cabeça de Sócrates...
Creio que as nossas posições não são sigmificativamente divergentes.
Não fui, nem sou, da família ideológica de Freitas, mas reconheço-lhe verticalidade e, desde a invasão do Iraque, que o aprecio, enquanto desprezo Durão Barroso cuja candidatura Freitas apoiou.
Quanto à «dor nas costas» trata-se de problemas de coluna que atingem 3 vértebras.
Sei o suficiente para avaliar a gravidade da situação.
Severiano Teixeira é dos maiores especialistas portugueses na área da defesa. Boa sorte!
Quanto ao Prof. Freitas do Amaral, muita sorte na operação cirúrgica e rápida recuperação! Contaremos sempre com ele. Portugal tem poucos assim.
Pode estar descansado!
Leia o Expresso desta semana.
O Prof. F do Amaral quando regressar, tratado e repousado, no próximo Outono, tem um lugar de assessor à sua espera.
Apesar de longos anos de carreira política não aprendeu a contactar com a comunicação social. Num (ainda) chefe da diplomacia é desastroso.
As conversas com o 1º. ministro não podem ser, descuidadamente, passadas, como confidências, aos jornalistas. Depois, queixa-se dos jornais...
Ele sabe que, em democracia, não deve haver lugares reservados ou cativos.
Isso é no futebol, nos restaurantes ou no cinema.
AH AH AH AH AH AH
Que ingénuo...