Nem se justificava o contrário

Comentários

Anónimo disse…
Niguém percebe esta nova classificação "a grande banca".
Haverá "pequena banca"?
Aliás a banca é, em questões financeiras, um verdadeiro festival de malabarismos ou de "engenharias financeiras".
Criou, para o facto duas "realidades" aparentemente diferentes, uma real e outra virtual:
"lucros reais" & "lucros fiscais".
Dos "lucros reais" distribui dividendos e, por outro lado, os "lucros fiscais" são simplesmente matéria colectável "podada" - para pagar impostos ao Estado.
A diferença entre os dois é muito grande. Qual será a diferença?. Fica à imaginação dos leitores...

Em 2005, a esmagadora maioria dos bancos portugueses (quase 90% do sector bancário) obtiveram lucros que atingiram quase os 3.000 milhões de euros. Destes 3.000 milhões de euros, metade (1.500 milhões de euros), não pagou imposto ao Estado devido a benefícios fiscais e, ainda, a "estranhos" prejuízos atribuídos às empresas dos grupos bancários.
A taxa real dos impostos (IRC)pagos pela banca ronda os 13%.
Pergunto: qual a empresa (das que pagam impostos, entenda-se) que, em Portugal, paga uma taxa com esse valor?

São situações como estas que enviesam o conceito de justiça fiscal e são o "leitmotiv" para que cada um (pessoa singular), ou cada qual (empresa), tente fugir aos impostos. Uma mentalidade, bem portuguesa que só será abolida quando houver justiça fiscal.
E educação cívica. A fuga aos impostos - como os bancos a fazem - deverá ser considerado um "crime social".
Com todas as consequências que daí advêm.
De resto, serão "caçados" alguns incautos e, os mesmos, isto é, os trabalhadores por conta de outrém e as pequenas e médias empresas, continuarão a "inchar". Para além do que deviam - se houvesse justiça fiscal.

CE:

Ao contrário do título, até aqui tem se justificado o oposto.
E vamos entrar no 3º. ano do governo Socrates. Foi sempre mais fácil encontrar dinheiro noutras paragens - menos poderosas. O IVA, as taxas (moderadoras ou não), os impostos indirectos, etc
O Min. das Finanças este ano pela 1ª. vez abordou este assunto. Ele tornou-se demasiado visível. Não porque os bancos se tenham exposto, ou disposto a melhor contribuir, mas porque os sacrifícios pedidos aos economicamente debeis e à classe mádia, rondam as margens da insuportabilidade.
Teixeira dos Santos abordou este assunto, timidamente, fora da sede própria.
Deferiu-o lá mais para a frente - 2007 ou depois. Refugiou-se no limitado auditório de um Congresso dos Revisores Oficiais de Contas. Eles sabem o que se passa...! Fazem e revêm as contas!
Nenhum português ficou com a noção das alterações a introduzir sobre esta iniludível "fuga" da banca.
Todavia, os portugueses têm uma noção, cada vez mais nítida, de que a repartição de esforços para enfrentar a crise financeira e económica, tem sido desigual.

Este facto, para além de ter um tremendo impacto negativo sobre a colecta (colectiva, pressupõe-se), baixa o nível de confiança no sistema fiscal e... político.

As correcções a este "escandalo fiscal" e aos previlégios da banca, deviam ter começado ...ontem!

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