O CDS e a democracia
O partido onde se acoitaram alguns dos mais radicais políticos da direita – Manuel Monteiro e Paulo Portas –, partido que até a fotografia do fundador expulsou da sede, voltou ao seio da União Democrática Internacional (IUD).
Esta semana o CDS recebeu uma carta, assinada por John Howard, primeiro-ministro australiano e dirigente da IUD, anunciando a reintegração.
Convém lembrar que o CDS/PP foi expulso por desconfiança quanto às suas convicções democráticas e ao cepticismo em relação à Europa no consulado de manuel Monteiro.
Não deixa de ser irónico que o actual Presidente do CDS, Ribeiro e Castro, merecendo a confiança internacional, não consiga conquistar a do partido que ainda lidera. O velho CDS, com que Freitas do Amaral e Adelino Amaro da Costa procuraram reconciliar os salazaristas menos conhecidos com a democracia, ameaça voltar de novo ao espírito reaccionário da dupla desfeita Paulo Portas/Manuel Monteiro.
Esta semana o CDS recebeu uma carta, assinada por John Howard, primeiro-ministro australiano e dirigente da IUD, anunciando a reintegração.
Convém lembrar que o CDS/PP foi expulso por desconfiança quanto às suas convicções democráticas e ao cepticismo em relação à Europa no consulado de manuel Monteiro.
Não deixa de ser irónico que o actual Presidente do CDS, Ribeiro e Castro, merecendo a confiança internacional, não consiga conquistar a do partido que ainda lidera. O velho CDS, com que Freitas do Amaral e Adelino Amaro da Costa procuraram reconciliar os salazaristas menos conhecidos com a democracia, ameaça voltar de novo ao espírito reaccionário da dupla desfeita Paulo Portas/Manuel Monteiro.
Comentários
Quem leu a imprensa de fim-de-semana apercebeu-se disso.
A Nova Democracia não acredita em si mesma e, obviamente, no Manuel Monteiro;
O CDS (com ou sem PP, como a Direita já se auto-pune) tenta reunir os salvados de uma experiência populista (Portas e seus "muchachos") e, em fogo lento, vai devorando o seu actual lider (com requintes de malvadez).
É exemplar o afunilamento do espaço político à Direita.
A "ocupação" do centro pelo PS de Socrates, empurra o PSD para a Direita.
Desta maneira, o CDS caí na sajeta e a Nova Democracia não sai da valeta.
Esta movimentação tem,contudo, o seu reverso. Paulatinamente, sem se perceber porquê (não tem feito qualquer oposição digna desse nome), o PSD vai subindo nas intenções de voto.
É o grande recolector dos tresmalhados desta Direita orfã.
Por isso clarificar o espectro político português - facto importante em termos partidários - passa, em meu entender, pelo Congresso do PS.
Ou se discute a ideologia e a prática socialista ou será um congresso "à albanesa" e tudo ficará na mesma.
Não falta muito tempo para sabermos...