Ramalho Eanes referiu como trágica a descolonização em que «milhares de pessoas foram obrigadas a partir para um país que não era o seu». Tem razão o ex-PR cujo papel importante na democracia e o silêncio o agigantou depois da infeliz aventura por interposta esposa na criação do PRD e da adesão à Opus Dei, sempre por intermédio da devota e reacionaríssima consorte, que devolveu o agnóstico ao redil da Igreja. Eanes distinguiu-se no 25 de novembro, como Dinis de Almeida no 11 de março, ambos em obediência à cadeia de comando: Costa Gomes/Conselho da Revolução . Foi sob as ordens de Costa Gomes e de Vasco Lourenço, então governador militar de Lisboa, que, nesse dia, comandou no terreno as tropas da RML. Mereceu, por isso, ser candidato a PR indigitado pelo grupo dos 9 e apoiado pelo PS que, bem ou mal, foi o partido que promoveu a manifestação da Fonte Luminosa, atrás da qual se esconderam o PSD e o CDS. Foi nele que votei contra o patibular candidato do PSD/CDS, o general Soares...
Comentários
É necessário não confundir diálogo de civilizações com proselitismo!
Se eu fosse considerado indesejado na casa de alguém nunca mais lá poria os pés.
Questões de educação.
É necessário não confundir diálogo de civilizações com proselitismo!
RE: Eu não confundo e o título tem um carácter claramente irónico.
Diga-me uma religião do livro que não seja prosélita.
Marx escreveu que o ópio do povo é a religião e foi aí que residiu o erro brutal do comunismo. O ópio do povo é o materialismo (o dinheiro).
Um Abraço
Tem toda a razão na observação que (me) faz de dar «porrada nos católicos».
Peço-lhe desculpa mas sou mesmo assim. Acontece que sou bem mais duro com o Islão, cujo comportamento fascista é execrável, com o sionismo e com o protestantismo evangélico. Também não poupo os cristãos ortodoxos cujos exegetas são mais reaccionários do que os católicos.
As religiões, enquanto estão na esfera particular, merecem todo o meu respeito e bato-me pela liberdade religiosa mas acontece que actualmente há uma demência prosélita que ameaça lançar o mundo em guerras religiosas.
Esta minha convicção (não sou detentor de verdades absolutas) leva-me a denunciar a ânsia de poder das diversas religiões e a combatê-las por serem instrumento para a conquista do poder.
A mistura da religião na política é explosiva. Veja como são os bispos espanhóis e o ódio que têm ao PSOE. São fascistas de mitra e báculo.
Um Abraço
Mas enquanto nos partidos políticos há pluralismo e rotatividade, o que impede o poder totalitário, nas religiões há o desejo de domínio absoluto.
Esta é, aliás, a razão pela qual considero as ideologias totalitárias como contendo um fundo religioso.
Em comentário anterior - para usar a sua expressão - disse que era contra os crentes. Rectifico agora que sou a favor dos crentes mas contra as crenças.
É natural que a cumplicidade da Igreja católica com o salazarismo e a violência do deus apocalíptico das catequistas da minha infância me tenham moldado o carácter e feito anticlerical mas que seria do mundo que houvesse um só Deus, um só partido, uma só ideologia?
Um abraço.
P.S. Pode ser que possamos discutir um dia, pessoalmente, estes assuntos.
Um Abraço
Já tinha visto no seu perfil que tinha um blogue com Rui Nelson Dinis que também é colaborador do Ponte Europa.
Tem o mesmo direito que eu para colocar aqui os seus posts mas, que me recorde, só uma vez o fez.
Um abraço para ambos.
Ah,ah,ah,ah,ah...
Nada (ou quase nada) vai mudar, portanto...
Você tem jeito para humorista, como eu já disse! Até porque gosta de se mascarar de democrata, de socialista, etc, e desempenha na perfeição o papel de idiota útil.
«Questões de educação»
De educação e de burrice: se você se conseguisse olhar ao espelho poderia ver como as avaliações que faz dos outros encaixam em si na perfeição. Só que como você é burro não se consegue reconhecer. Mas como eu já disse, e repito, continuarei a andar por aqui a lutar contra a cretinice dos sócretinos! E essa luta passa por contrariar o seu espírito censório e pidesco.
Finalmente! O Esperança reconheceu que é um ordinário e mal-educado, e um pide das religiões (mas não só)!
E contra a crença no sócretino, já não é? Olhe deixe-me ser paternalista como você: eu também não tenho nada contra si; só sou contra a crendice na sócretinice!