Antes das 11 horas da manhã, uma numerosa comitiva de polícias, militares da GNR, e alguns outros do Exército, tomaram posições em frente à Igreja de Santa Cruz. Bem ataviados esperavam a hora de deixarem a posição de pé e mergulharem de joelhos no interior do templo do mosteiro beneditino cuja reconstrução e redecoração por D. Manuel lhe deu uma incomparável beleza. Não era a beleza arquitetónica que os movia, era a organização preparada de um golpe de fé definido pelo calendário litúrgico da Igreja católica e decidido pelas hierarquias policiais e castrenses. Não foi uma homenagem a Marte que já foi o deus da guerra, foi um ato pio ao deus católico que também aprecia a exibição de uniformes e a devoção policial. No salazarismo, durante a guerra colonial, quando as pátrias dos outros eram também nossas, não havia batalhão que não levasse padre. Podia lá morrer-se sem um último sacramento!? Éramos o país onde os alimentos podiam chegar estragados, mas a alma teria de seguir lim...
Comentários
É necessário não confundir diálogo de civilizações com proselitismo!
Se eu fosse considerado indesejado na casa de alguém nunca mais lá poria os pés.
Questões de educação.
É necessário não confundir diálogo de civilizações com proselitismo!
RE: Eu não confundo e o título tem um carácter claramente irónico.
Diga-me uma religião do livro que não seja prosélita.
Marx escreveu que o ópio do povo é a religião e foi aí que residiu o erro brutal do comunismo. O ópio do povo é o materialismo (o dinheiro).
Um Abraço
Tem toda a razão na observação que (me) faz de dar «porrada nos católicos».
Peço-lhe desculpa mas sou mesmo assim. Acontece que sou bem mais duro com o Islão, cujo comportamento fascista é execrável, com o sionismo e com o protestantismo evangélico. Também não poupo os cristãos ortodoxos cujos exegetas são mais reaccionários do que os católicos.
As religiões, enquanto estão na esfera particular, merecem todo o meu respeito e bato-me pela liberdade religiosa mas acontece que actualmente há uma demência prosélita que ameaça lançar o mundo em guerras religiosas.
Esta minha convicção (não sou detentor de verdades absolutas) leva-me a denunciar a ânsia de poder das diversas religiões e a combatê-las por serem instrumento para a conquista do poder.
A mistura da religião na política é explosiva. Veja como são os bispos espanhóis e o ódio que têm ao PSOE. São fascistas de mitra e báculo.
Um Abraço
Mas enquanto nos partidos políticos há pluralismo e rotatividade, o que impede o poder totalitário, nas religiões há o desejo de domínio absoluto.
Esta é, aliás, a razão pela qual considero as ideologias totalitárias como contendo um fundo religioso.
Em comentário anterior - para usar a sua expressão - disse que era contra os crentes. Rectifico agora que sou a favor dos crentes mas contra as crenças.
É natural que a cumplicidade da Igreja católica com o salazarismo e a violência do deus apocalíptico das catequistas da minha infância me tenham moldado o carácter e feito anticlerical mas que seria do mundo que houvesse um só Deus, um só partido, uma só ideologia?
Um abraço.
P.S. Pode ser que possamos discutir um dia, pessoalmente, estes assuntos.
Um Abraço
Já tinha visto no seu perfil que tinha um blogue com Rui Nelson Dinis que também é colaborador do Ponte Europa.
Tem o mesmo direito que eu para colocar aqui os seus posts mas, que me recorde, só uma vez o fez.
Um abraço para ambos.
Ah,ah,ah,ah,ah...
Nada (ou quase nada) vai mudar, portanto...
Você tem jeito para humorista, como eu já disse! Até porque gosta de se mascarar de democrata, de socialista, etc, e desempenha na perfeição o papel de idiota útil.
«Questões de educação»
De educação e de burrice: se você se conseguisse olhar ao espelho poderia ver como as avaliações que faz dos outros encaixam em si na perfeição. Só que como você é burro não se consegue reconhecer. Mas como eu já disse, e repito, continuarei a andar por aqui a lutar contra a cretinice dos sócretinos! E essa luta passa por contrariar o seu espírito censório e pidesco.
Finalmente! O Esperança reconheceu que é um ordinário e mal-educado, e um pide das religiões (mas não só)!
E contra a crença no sócretino, já não é? Olhe deixe-me ser paternalista como você: eu também não tenho nada contra si; só sou contra a crendice na sócretinice!